Demétrio Sena - Magé-RJ.

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Minha boca sabe que amordaça... A causa deste silêncio é a timidez. Também sinto que amortalha o corpo inteiro de angústia e pavor da solidão.
Apesar de tudo, este sentimento é contraditório... Quando mais dói, parecendo isuportável, percebo que amortece. Acalma o todo e sempre me faz querer um novo caso,se mais um se acaba.
Com seu conjunto indecifrável de nuances, o mais cultuado entre os sentimentos tem suas armadilhas. Amo e me deixo amar, mas não ignoro que amorfina, mesmo sem encerrar o ciclo da vida.
...Sempre haverá uma amoreira no meio do caminho, apesar da pedra, para reabastecermos o desejo e a esperança do amor perfeito; verdadeiro; eterno... Sem amorragia.

Patrícia Poeta:
Beleza, graça e simpatia...
Patrícia Poesia.

Inserida por Verissimoandrade

Quem é "o máximo", tem muito a melhorar... basta reconhecer que não é o máximo.

Inserida por demetriosena

Como sonhar com um mundo sem violência,se até pelo telefone podemos enviar torpedos?

Queremos pás... há muitos mortos para sepultar.

Os bandidos do Rio decidiram: "Acabou esse negócio de zona norte, zona sul, zona oeste e por aí afora... O Rio inteiro, agora, é uma zona".

A vida é ácida.
E só se vive
por acidente.
Ou acidez.

Inserida por demetriosena

cada vez que o presidente da república ou um ministro aparece em cadeia nacional, via tevê, um sonho nasce em mim: O de que eles estejam em cadeia nacional de segurança máxima.

O ator de verdade não é aquele que atua ou representa... É aquele que é, enquanto está.

Haja sempre de acordo com a consciência, mesmo contrariando a conveniência.

Inserida por Verissimoandrade

Sabendo que seu filho será tudo aquilo que aprender, certifique-se de que você é tudo isso que ensina.

Inserida por demetriosena

Uma atitude errada é sempre uma atitude errada, mesmo se quem a pratica sou eu.

Inserida por demetriosena

A verdade que honra e dignifica é aquela que dizemos mesmo quando nos prejudica e depõe contra nós... afinal, quando é fácil fazê-lo, até um grande mentiroso diz a verdade.

É normal e compreensível crucificar a policia porque inocentes são feridos e mortos pelas balas perdidas nos combates entre policiais e bandidos. A explicação? É que a polícia tem, ou deveria ter, um compromisso que a bandidagem não tem, com a vida humana; com a integridade física dos inocentes.

O tráfico de influências é a porta de entrada para o tráfico de drogas.

Inserida por demetriosena

O sonho é legítimo... Mas o sono pesado de nossa indignação atrai o caos. Precisamos acordar para o fato de que as mudanças sociais começam dentro de nós.

A chuva que agora lava o zinco encardido sobre meu casebre, põe estes olhos cansados e suplicantes na linha do infinito. Ela tamborila e resvala no telhado, numa espécie de ritual silencioso que envolve a brisa e me torna estátua momentânea.
Esses raios que riscam a distância e vão pousar nas montanhas que não vejo, hipnotizam minh´alma. São lampejos que acendem cá no íntimo, algum mundo secreto sonhado por meu ser. Um cenário que acompanha minha inconsciência desde a idade que foge ao poder investigativo que penso ter.
Extático, vejo da varanda esse vitral. É um show do cosmo, nessa temporada fiel; compromisso anual da estação. Momento em que céu e chão se grudam; se amam. Sequer atentam prá insignificância de minha presença; plateia solitária.
O que eles não sabem é que nada quero além disto. Nada mais que o silêncio deste show e o bocejo que me flagra numa entrega solene... solene e livre... Um desejo de ficar para sempre nesta moldura... figurar na magia deste quadro.

Se você cobra
por tantos sapos,
pelos seus micos
e vira bicho,
eu fico inseto
sobre o que faço...
Mas deixe estar,
sei que não monstro,
no entanto pássaro
a minha vida
a cantar.

Inserida por demetriosena

A voz de assalto dos pedintes é dizer aos "senhores passageiros" que "pedir é melhor do que roubar".

Inserida por demetriosena

Se você mede o seu sacrifício, comparando-o com o de mais alguém na lida por um ente querido enfermo, isto quer dizer que o ente não é tão querido... pelo menos por você.

Apesar do implante de solidariedade
que a cidade às vezes emergencia,
isso é via de acesso pontual...
Um instante no todo que nada muda...
... Há um dane-se fixo em cada semblante.

Gentileza gera gente... ilesa.

O amor está nas lojas. Tem de todas as cores, modelos, utilidades e preços... Preços ótimos! Amor a partir de “um e noventa e nove”, para quem não pode fazer declarações mais caras; amor de cem reais, duzentos, mil, até milhões... Já pensou, declarar um amor de milhões de reais? Talvez de dólares? É o natal que está vindo... À sua frente, chegam os ares que se refletem no ensaio de cada olhar, cada braço, cada voz... Pessoas mudam, ou sofrem mutações, para o desempenho da trégua natalina, que se estende até o trinta e um de dezembro. Chega o dia de amar o inimigo, para desamá-lo novamente no comecinho do próximo ano. Ano que já será velho no dia dois ou três. Data de perdoar os que nos ferem, porque passa logo, não custa nada ou quase nada, pois em menos de uma semana poderemos desperdoá-lo.
À nossa volta o apoio das lojas, que tornam o amor democrático. Pobres e ricos podem amar, no natal, pois existe amor para todos os bolsos. Há um sentimento forte no ar comprimido pelas axilas que se cumprimentam no silêncio ruidoso das compras. Das caixas registradoras. Até mesmo dos pregões que incentivam esse sentimento, balançando os artigos bregas ou de luxo que têm a tarefa de pescar sorrisos, palavras e reciprocidades em formas de outros presentes... Outras demonstrações embaladas por papéis coloridos e seladas por cartões que registram palavras previsíveis, criadas e impressas por quem não conhece os seus compradores... Mas as mensagens são universais. Servem para qualquer um, nessas datas. E aceitam complementos de quem quer enfeitar um pouco mais.
Nas marquises e viadutos, há os que não podem comprar o amor... Dar nem receber. Nem aquele mais baratinho. Também não podem comê-lo nas formas vistosas de pernis, farofas, rabanadas e outras guloseimas. Nem bebê-lo, nos vinhos e champanhes que se revezam em taças. Mesmo assim, feliz natal para todos! Para quem pode ou não, afinal, o natal é um grande teatro! É o espetáculo fabuloso que demonstra o ser humano em sua inexistência ideal, íntima, projetada no inconsciente relutante! Na fraqueza universal de criaturas que disputam espaço em um mundo cada vez mais concorrido! Essa disputa se acirra no natal, quando o amor é medido pelo dar e receber, excluindo os que não podem entrar nessa democracia para a qual não nasceram os indigentes, porque esses perderam há muito tempo. Perderam pra mim e pra você, o que lhes era de direito.

Ler, certamente acultura e nos ajuda a decodificar o mundo, mas, a viver, só se aprende mesmo vivendo. Ninguém amadurece a partir de livros.

O ator atua; o político, atoa.