Davi Marcelo Galdino

Em vez de buscarmos nos sentir melhores do que as outras pessoas, devíamos nos concentrar mais em compartilhar o nosso melhor com elas.

Crescer em graça está intrinsecamente ligado à compartilhar, não só o pão, mas as angústias, dores e dificuldades.

Quem cresce na fé e não cresce em graça, pode crescer em conhecimento, mas não em sabedoria.

Viver sonhando qualquer um pode viver; morrer sonhando apenas quem crê que existem sonhos melhores do que já foram realizados neste mundo por vir.

Promessas não são confiáveis devido à viabilidade lógica de seu conteúdo mas sim pela integridade daqueles que as professam.

Quando buscamos realizar com amor tudo o que fazemos, deixamos de nos preocupar em sermos perfeitos em tudo. A perfeição está no amor, não em nós.

Deus nunca exigirá do homem uma suspensão teleológica do amor. Se o fizesse, entraria Ele mesmo em um paradoxo, pois Deus é amor.

Não há como buscar intimidade com Deus querendo submetê-lo às nossas vontades. Só a fé despretensiosa nos livra do jugo de um egoísmo espiritual.

A maior prova de amor não se encontra na alegria; A maior prova de amor se expressa no perdão, que significa, entre outras coisas, aprender a amar na dificuldade. Entretanto, perdoar não é submeter-se passivamente ao erro do outro, mas também é ser proativo em amor diante do arrependimento.

Amamos conforme o que há em nosso coração: na amplitude da graça que há em nós e nos limites dos 'pré-conceitos'.

Melhor do que ser hipócrita ao forjar um caráter humilde é ser humilde em admitir a soberba em seu caráter.

Jesus não promete aos cristãos uma vida sem dificuldades. 'No mundo terei aflições', disse. Entretanto, em Cristo, por mais que vivamos uma sucessão intermitente de alegrias e dores, contentamentos e dissabores, desfrutamos a vida em uma dose contínua de esperança.

Pessoas se tornam mais felizes quando submetem as abstrações de suas intelectualidades à simplicidade que há no amor.

Inspiramos graça quando expiramos o egoísmo.

Viver sem reflexão torna-se viagem sem orientação, orientação sem bússola, bússola sem norte.

Refletir apenas na circunscrição dos nossos problemas é definir fronteiras para o infinito nos limites das nossas conveniências.

A compreensão do homem, por mais que seja limitada, pode levar à uma reflexão infinda.

Não é uma alegria que finda a tristeza, não são sorrisos que definham mágoas. Serão apenas placebos enquanto não absorvermos lições em meio à dor.

Não devemos nos contentar em sermos espalhados como um grão direcionado aleatoriamente pelo vento. Ao invés disso, sejamos o vento que mostra a direção à este mundo.

Palavras 'mal-ditas' podem ecoar no coração, reverberar na alma, transtornar a mente. Somente o perdão pode neutralizar a frenquência emitida por elas.

Pessoas, quando se mostram capazes de mudar, demonstram nossa incapacidade de julgá-las.

Os frutos das conveniências geralmente são amargos ou insípidos; viver apenas para sustentar aparências imobiliza a alma, que agoniza.

Inveja é quando uma vida deseja projetar, de forma cônscia ou não, sua realidade em outra que não é a sua. Promove-se então um choque de realidades no coração de quem inveja: quando a beleza da 'realidade invejada' é patentemente inalcançável pela 'realidade invejante', a inveja pode agregar outros sentimentos, como ódio, amargura, e um desejo de vingança pela aparente miséria na alma do invejoso provocado pelo 'choque de realidades'.

Inveja não deixa de ser um tipo de admiração, mas que ao invés de desejar construir uma imagem, busca desconstruí-la.

Melhor é enfrentar as duras ondas da realidade do que mergulhar em um mar sereno de ilusão; da primeira situação emerge-se fortalecido; da segunda, alienado.