Daniel Melgaço
Nós só nascemos no mundo quando praticamos o bem, entramos em coma quando nos ausentamos disso. Aos que nunca praticaram, não nasceram ainda, aos que praticaram o contrário, morreram mesmo antes de nascerem. Aos que estão no meio termo, não nasceram, nem morreram, apenas mantiveram-se inertes. E assim, como já disse Allan Kardec: cada um terá que dar conta da inutilidade voluntária de sua existência.
Não adianta dizer que não consegue comer mais, quando estiver de barriga cheia; também não adianta dizer que consegue comer demais, quando estiver de barriga vazia. A fome vai e vem, passa e volta, e as vontades se invertem.
Se pudéssemos voltar no tempo, não agiríamos diferente, pois o aprendizado adquirido também retornaria ao estado original. Porque se voltar no tempo fizesse com que rejuvenescêssemos, por que a experiência até o momento da volta estaria isenta disso?
A indiferença não é ingratidão. Podemos ser gratos, indiferentes e ingratos. A gratidão purifica nossa alma; a indiferença significa não ser grato, nem ingrato, não nos alterando em nada, nem nos outros; porém, a ingratidão é uma doença, quem a pratica com certeza não vale nem o que pode oferecer, ingratidão é ir contra uma pessoa que nos foi solidária, e ainda assim não dar valor aos feitos dela para si.
Seja sempre grato à Deus. Porque se quando uma pessoa a qual por ela fazemos muito, se mostra grata por isso, nós continuamos fazendo mais; e quando a mesma se mostra ingrata deixamos de fazer as coisas... Por que com Deus isto seria diferente?