CAROLINA MARIA DE JESUS ( ESCRITORA ) em "quarto de despejo"...

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Nas grandes crises, o coração parte-se ou endurece.

Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.

O homem sério é perigoso, pode transformar-se em tirano.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. The Ethics of Ambiguity,1947

O escravo constrói o seu orgulho em função do ardor do patrão.

Contra quem cala não há castigo nem resposta.

Há muita gente infeliz por não saber tolerar com resignação a sua própria insignificância.

A vantagem do amor sobre a libertinagem é a multiplicação dos prazeres.

Não são as pessoas que são responsáveis pelo falhanço do casamento, é a própria instituição que é pervertida desde a origem.

Simone de Beauvoir

Nota: Citação encontrada em "O Casamento", Jurandir Araguaia, Clube de Autores, 2010

Se fosse possível somente deslizar para os braços da mulher e no entanto não cair nas suas mãos.

Quando se ama, a fidelidade nada custa.

Quando o ateísmo quiser mártires, que o diga, o meu sangue está pronto.

Uma máxima admirável: nunca mais falar das coisas depois de elas já estarem feitas.

Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo.

A força sem inteligência é como o movimento sem direção.

Um amante revela a qualquer mulher tudo quanto o marido lhe oculta.

Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.

É o comer que faz a fome.

Nunca faças o que te desagrada ver fazer a outros.

A falsa modéstia é o último requinte da vaidade.

Com trabalho, inteligência e economia só é pobre quem não quer ser rico.

A ideia de Deus é, confesso, o único erro que não posso perdoar ao homem.

Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade.

O pensamento, único tesouro que Deus põe fora do alcance de todo o poder e guarda como um elo secreto entre os infelizes e Ele próprio.

Arte e vida se misturam.
Fantasia e realidade se acrescentam.

O destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).