Andre Saut
Ela era uma sapa simpática com uma voz rouca maravilhosa, destas de sapa mesmo. Cantava na beira das poças d'Água de chuvas fazendo com que dezenas de príncipes quisessem virar sapo só para coaxar com ela. Era gordinha, fofinha e com cada ruguinha mais linda que a outra. Ela coaxava assim Croack, croack e croak. Para alguns parecia que os ouvidos iriam estourar, mas para outros era música para se apaixonar. Nunca soube o nome dela, chamava só de Sapa, com “s maiúsculo” porque não era uma sapa qualquer que ficava por aí comendo insetos e vendo o tempo passar. Era única, porque a gente amava, ouvia e cantava com ela croack, croack e croack.
Somos como aqueles bonecos "joão bobo", balaçamos para um lado, para outro porque sem conteúdo, não conseguimos ficar de pé.
Quando já me estressei o suficiente, já é noite, então durmo e acordo com a oportunidade de ser feliz, de novo!
Eu faço arte logo, sou arteiro! Pratico a divertida arte de pular em poças d’água e subir nos galhos das árvores, aprendendo a conhecer a profundidade das poças e a resistência dos galhos.
Meu corpo é uma democracia onde o cérebro diz não o coração diz sim e os lábios ficam no talvez. E isto vai de um beijo a uma torta de maça.
De bem com a vida
dá bom dia ao dia que nem escuta,
dá boa tarde a tarde que resoluta
espera a noite que sem convite
termina o dia,
mais dia,
um bom dia.
As lombadas dos livros são o que me faz diminuir a velocidade do tempo para não passar correndo por esta vida sem pensar, sem amar, sem sonhar.