Os pensamentos são como as flores, aquelas que apanhamos de manhã mantêm-se muito mais tempo viçosas.
Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza; e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar.
Um bom mestre tem sempre esta preocupação: ensinar o aluno a desenvencilhar-se sozinho.
2.6 mil compartilhamentos
Cada desejo enriqueceu-me mais do que a posse sempre falsa do objecto do meu desejo.
Há aquilo que se sabe e há aquilo que se ignora. Entre uma coisa e outra está aquilo que se supõe.
Quando um filósofo completa uma resposta, já ninguém se lembra qual foi a pergunta.
Invejar a felicidade alheia é loucura: não nos saberíamos servir dela. A felicidade não se quer de confecção, mas sob medida.
A liberdade é difícil de se alcançar, mas o que fazer com a liberdade é muito mais difícil.
Passamos três quartos da vida a preparar a felicidade. Mas quantos gozam o último quarto?
Sinto em mim a imperiosa obrigação de ser feliz, mas toda felicidade obtida às custas dos outros me parece odiosa.
Não se descobrem novas terras sem se largar da vista a costa durante muito tempo.
Acredito na virtude dos pequenos números, o mundo será salvo por um punhado de homens.
Aquilo a que chamo fadiga é a velhice, de que a morte constitui o único repouso.
Não há problemas; apenas há soluções. O espírito de homem, depois, inventa o problema.
As ações mais decisivas das nossas vidas são muitas vezes ações inconsideradas.
Se um jovem escritor conseguisse abster-se de escrever, não deveria hesitar em o fazer.
A maior infelicidade dos que são bafejados pela felicidade, é não saberem dizer: basta!
Tudo quanto nós próprios descobrimos ou voltamos a descobrir são verdades vivas; a tradição convida-nos a aceitar somente os cadáveres da verdade.
Já escrevi e estou sempre disposto a voltar a escrever o seguinte, que se me afigura de uma evidente verdade: "É com os bons sentimentos que se faz a má literatura." Nunca disse, nem pensei, que só se fazia boa literatura com maus sentimentos.
Para bem julgarmos é preciso afastarmo-nos daquilo que julgamos, depois de havermos estimado. Isto é verdade quanto aos países, aos seres e nós próprios.