Autenticidade
Chamaram-me de doida.
De exagerada. De intensa. De esquisita.
Disseram que eu sentia demais, falava demais, era demais.
E eu acreditei — por um tempo.
Achei que tinha que abaixar o volume,
diminuir o riso, o choro, o pulso.
Tentei caber no molde dos normais.
Mas os normais…
matam com frieza,
traem com etiqueta,
assaltam com terno e gravata.
Os normais adoecem o mundo e se chamam de ajustados.
E eu? Eu fui a louca.
A louca que sentia. Que via. Que dizia.
Que não vestia máscara.
Minha intensidade assustou.
Assustou homens que queriam uma mulher domesticada.
Assustou amigos que só sabiam lidar com raso.
Assustou familiares que chamaram coragem de desrespeito.
Mas hoje eu sei:
Minha “loucura” era lucidez demais pra um mundo viciado em ilusão.
Meu riso alto era cura.
Minha raiva era bússola.
Minha dor era alerta.
E minha fé em mim… era revolução.
Não sou doida.
Sou lúcida num mundo que enlouqueceu de fingir.
Sou selvagem num sistema que premia adestramento.
Sou rara, e por isso fui chamada de errada.
Mas agora, agora eu sei quem eu sou.
E não me traduzo mais pra idioma de quem nunca quis me entender.
Aos que se afastaram: vão com leveza.
Aos que ficaram: vocês merecem.
Aos que virão: venham prontos.
Aqui, só fica quem aguenta verdade.
Decidi não mais me preocupar com o que os outros pensam a meu respeito...
Sou assim, autêntico, ... sou eu mesmo.
Posso me adaptar, dependendo das circunstâncias ... mas jamais deixarei de ser EU.
Vestir-se deve ser uma coisa boa, permitir movimento, reconhecimento no que se vê no espelho, confiança e paz de espírito.
Se maltrata e lhe deixa infeliz ou insegura, você precisa rever se está a se vestir para si, para a sua vida e propósitos ou apenas para impressionar outras pessoas.
Quanto da nossa mente, dos nossos pensamentos, permanecem focados em coisas, que na verdade, não estão em concordância com a nossa autenticidade ?
o que realmente importa?
"o que realmente importa?"
por um tempo me perguntei
não bastou, na pele cravei
esse farol pra me ajudar a abrir as portas
de onde veio, só hoje descobri
da minha criança, que sempre esteve aqui
e hoje mais forte ela me mostra o que interessa
enquanto dela cuido sem nenhuma pressa
de mim ela quer escuta, amor e carinho
dela recebo vida, frescor, alegria
nuvens de cores a iluminar meus dias
e assim seguimos bem nosso caminho
com minha criança, hoje sou muito mais feliz
sem ela chata e opaca fico; a vida, gris
sem ver beleza a um palmo do meu nariz
me irritando volta e meia por um triz
sei que a mim cabe nutrir a minha criança
e permitir sua atuação em minha vida
os benefícios? fluidez de uma dança
nesta que pode ser uma vida bem vivida
o que realmente importa?
experimente perguntar pra sua criança! :)
A "perfeição" não consiste em não cometer erros, mas em aprender com eles. Não existe perfeição e sim a beleza do ressignificar e ser autêntico(a). Errar é humano, aprender com os erros é tornar-se cada vez mais humano.
Trate-se como você merece, respeite a sua essência e várias possibilidades alinhadas surgirão para você. Jamais negue a sua autenticidade para ser validado(a).
A aceitação e validação da sua história e caminho inicia por você.
Aceite-se!
Ame-se!
Você é único(a) e importante!
A forma mais plena de ser leve é está com a consciência tranquila.
Leveza não se trata de tom de voz, ela está na veracidade das suas ações e emoções.
Na jornada da vida, aprendemos uma valiosa lição: nunca devemos nos apegar em demasia às pessoas ao nosso redor. Por mais doloroso que possa parecer, um dia elas podem acordar com novos planos nos quais não fazemos parte.
A melhor maneira de se viver é justamente viver sendo você mesmo, com seus defeitos, qualidades... tudo que é autêntico, real é singular!
Flávia Abib
Ser autêntico exige muita coragem, pois vivemos em um mundo que nos pressiona a seguir padrões e comportamentos estabelecidos, mesmo que isso não seja realmente quem somos. Ser autêntico significa resistir a essas pressões e ser fiel a nós mesmos, o que pode ser um desafio, mas é fundamental para alcançar a verdadeira realização e satisfação na vida.
Talvez não queiramos ser nós mesmos, no nosso comportamento infantilizado, queremos ser ousados, com a sensualidade e a elegância – confortável – de capa de revista. Há quem talvez queira, ser atrapalhado e ansioso a ponto de implorar por desculpas por não conseguir controlar sua natureza. Se envolver com a própria laia - se encontrá-la — . Mas talvez não queiramos.
Seja você mesmo, dance com seus sacolejos medonhos, se destaque com suas piadas sem graça, suas músicas peculiares. Fique no canto, com o seu antissocialísmo. Talvez você queira, mas talvez não queiramos.
(Texto: Talvez) (Fala Abstrata)
Todos nós nascemos autênticos, os que não são é porque escolheram escondê-la atrás de uma máscara qualquer.
