Ateu
Por que é tão difícil admitir nossos erros, nossas falhas, nossas fragilidades? Somos humanos e a nossa marca maior é a imperfeição. Desde que a gente admita e o corrija, o erro é uma fonte poderosa de conhecimento, um processo de aprendizado e não uma coisa medonha, pela qual as pessoas precisam serem julgadas e condenadas. 😔😔
Espírita: a culpa é do obsessor.
Católico: a culpa é do demônio.
Ubandista: a culpa é do trabalho feito.
Evangélico: a culpa é do inimigo
Ateu: a culpa é do caos do universo.
Materialista: a culpa é do outro.
Espiritualista: a culpa é dos astros.
Sábio: há uma grande chance da culpa ser sua, das suas escolhas, dos seus pecados e a conta chegou.
A conta sempre chega. Tudo que fazemos e até mesmo o que não fazemos tem um preço. Não importa quanto tempo demore, a conta sempre chega. As pessoas é possível ludibriar, enganar, mas a lei do retorno, não! Essa jamais vai errar o caminho de te encontrar.
Nietzsche está morto: e, apesar da distância entre o céu e a Terra, talvez agora ele veja a sombra de Deus refletida nos Homens.
Fé e Descrença.
Eu acredito que as pessoas podem ser crentes ou descrentes,no entanto, sou veementemente contra as ditaduras e a escravidão intelectual. Ou seja, se você é crente ou descrente ; viva sua fé ou ceticismo respeitando outras linhas de pensamento. Dessa forma, no meu rol de amigos há : católicos,ateus,evangélicos,agnósticos,kardecistas,deístas...Haja vista que o que importa (na minha opinião) não é o conceito racional e/ou metafísico do cidadão,mas é se os seres humanos são exemplares.
Não sou muito de expressar sentimentos, mas há sete anos cometi o maior erro da minha vida. Você tinha sido preso, e eu fui atrás, conversei com o policial, implorei para que o soltasse. Fizemos um acordo verbal: eu cuidaria de você.
Você foi solto, e eu praticamente obriguei que fosse direto dormir. Mas o vício falou mais alto.
Desceu para comprar um cigarro. Quando o trouxeram de volta, já estava todo espancado. Tinham sido seus próprios amigos — os mesmos que compartilhavam da sua miséria.
Levamos você ao hospital, mas por estar tatuado, sujo, fora dos padrões sociais, foi totalmente negligenciado. Nem exame fizeram.
Você estava com traumatismo craniano. Mas, por causa da droga no seu corpo, parecia lúcido. Voltou para casa, deitou para descansar… e entrou em coma. E ninguém percebeu.
O dia amanheceu, e você seguia “dormindo”. Mas estava convulsionando. Chamamos a ambulância. Quando chegaram e viram seu estado, pediram logo a UTI móvel. Mas quando ela chegou, era tarde demais.
Naquele dia, um remorso profundo se instalou dentro de mim. Me perguntei, e ainda me pergunto, se ao tirar você da prisão, não assinei — sem saber — sua sentença final.
Lembro das vezes que você aprontou com a minha mãe. Te busquei até na boca de fumo. Te agredi dentro da Cracolândia. A dona da boca me conhecia há anos, e me ligou:
— Vem buscar ele, ou eu mesma vou dar uma surra.
Mas meu ódio falou mais alto. Fui pessoalmente te agredir. Muitas vezes mandei o pessoal te dar um corretivo, na esperança de que você tomasse juízo. Mas Deus não quis assim. E muito menos você.
Hoje, tudo isso virou lembrança. E remorso.
E o remorso é o pior sentimento que um homem pode carregar.
Em 2018, deixei de ser ateu. Depois de vinte e três anos sem acreditar em nada, fui parar numa igreja. Padre Cairo me viu e disse:
— Vejo que você está atribulado… e com ódio no coração.
Pediu para rezar por mim. Colocou a mão sobre minha cabeça, e orou. Pediu a Deus e a Santa Luzia que arrancassem aquele ódio, aquela vingança silenciosa que me corroía.
Naquele dia, nasceu uma chama minúscula de fé dentro de mim — quase invisível, mas real. E até hoje ela luta para não ser apagada.
Peço muito a Deus, à Nossa Senhora e à Santa Luzia que eu nunca perca essa fé. Que meus caminhos não se cruzem mais com o homem mau.
E que Deus, sempre, possa estar ao meu lado.
William Contraponto: Lucidez Entre Versos e Palavras
A poesia de William Contraponto nasce da urgência de pensar, não como quem busca respostas, mas como quem se recusa a calar diante do absurdo. Seus versos não se rendem ao consolo nem à beleza fácil: são lâminas que cortam o véu das aparências, faróis acesos no nevoeiro da linguagem. Em sua obra, cada palavra é escolha ética, cada silêncio é crítica, cada poema é um gesto de lucidez.
Filho do questionamento e irmão da dúvida, Contraponto caminha entre ideias como quem atravessa um campo minado de verdades. Sua filosofia é existencialista, mas não resignada; socialista, mas não panfletária; ateia, mas jamais vazia. O sagrado é desfeito com ironia e o poder, enfrentado com clareza. Sua fé, se há alguma, é na consciência livre, na autonomia do pensamento e na dignidade de quem se ergue sem altar.
Poeta-filósofo (ou poeta-reflexivo, como prefere ser definido) por natureza, ele escreve para inquietar, não para entreter. Não há ornamento em sua linguagem, apenas densidade. Cada poema seu é uma fresta por onde o mundo se desnuda. E é ali — entre versos e palavras — que habita sua lucidez: uma lucidez que fere, mas ilumina; que não explica, mas revela; que não conforta, mas desperta.
William Contraponto não oferece abrigo. Oferece espelhos.
A teoria ensina: amar a Deus sobre todas as coisas.
A prática mostra: amar a Deus sob todas as coisas.
A criação do senso comum surge na infância, quando estuda História na escola com desdém, e as histórias bíblicas na igreja com atenção.
O que temos de concreto é a vida nesse plano. Todo resto é especulação. Milhares delas. Certas ou não, mas nada além de especulações.
Abdiquei de qualquer crença no intangível. Porém, mantenho a crença de que o sagrado um dos elementos fundamentais para a resistência da humanidade como tal no planeta.
Em nome de “Deus”
O Brasil nunca foi descoberto, ele foi invadido. Antes de existir o Brasil, já existia. Inicialmente, o Pindorama do tupi: "pindó-rama".
E hoje é conhecido como Brasil, Pindorama foi o nome dado pelos indígenas que aqui habitavam inicialmente. Mas foi em nome de Deus que várias vidas indígenas foram ceifadas.
Em nome de Deus, várias vidas negras foram torturadas.
Em nome de Deus, o Brasil foi explorado em prol da ganância do capitalismo.
Em nome de Deus, várias mulheres foram escravizadas, apedrejadas e queimadas em fogueiras.
Em nome de Deus, várias pessoas foram alienadas. Mas esse Deus que se tornou universal é o responsável por várias destruições de vidas e bens naturais do nosso planeta.
Foi em nome de Deus que os portugueses catequizaram na ordem da força e da marra a humanidade.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp