Assassino
Uma loucura não deve promover outras loucuras. Admite-se que o assassino das crianças em Blumenau sofreu um surto psicótico. Isso não deve isentá-lo de sofrer as devidas penalidades, pq não se sabe quando pode ter outros surtos.
Ele deve ser tratado atrás das grades. Mas, os pais também devem receber os devidos tratamentos para evitar eventuais paranóias de quererem trancafiar os seus filhos, ou mesmo transferirem esses traumas e temores a eles, que podem gerar prejuízos irreparáveis.
É tempo de melhor reflexão e ponderação.
Mortifero
Nunca fui assassino, Mas compreenda o meu temor, Quero matar a saudade, Antes que eu morra de amor.
Assassino esse sorriso teu, matou toda tristeza e insegurança dentro de mim. Teu olhar, ressuscitou todas as esperanças e boas sensações que um dia, por algum motivo, foram embora.
Ele foi o mais forte, era temido por todos os malfeitores sem exceção. E não havia assassino algum que não o admirasse. Porém, certo dia, ele se apaixonou perdidamente.
O perdão é um desafio santo de um coração transformado por Deus: ele expulsa o assassino que continua matando o próximo pelo ódio, quer por pensamentos, atos ou palavras; mas, pelo arrependimento a alma volta à essência do amor.
Dentre todos o que eu menos esperava que fossem o meu assassino, foi a única pessoa em quem confiei de verdade e a única que literalmente a destruiu com uma arma. Jonathan aponta a arma para minha cabeça e pronuncia aquelas frases cafonas que me destruíram internamente.
_Então, o que vai ser minha amada Blue? Quais são as suas últimas palavras para mim?
Fico firme de pé, segurando minhas lágrimas e digo, olhando em seus olhos azuis, tão azul quanto o céu e tão frios quanto um iceberg.
_Devo confessar que nunca acreditei em contos de fadas, uma vez que sempre pensei que o amor e a magia nunca seriam meus tesouros pessoais. Você está demonstrando que, no final das contas, estava certa. O seu “eu te amo” sempre foi precedido pelo prefixo “você”. O seu amor, tão vazio e sem vida, é tão angustiante quanto as palavras que saem da sua boca.
_Ouço um tiro e essa é a minha última memória e depois acordo aqui!
Uma espada nunca matou ninguém; é apenas uma ferramenta nas mãos do assassino.
O amor é aquele tipo de sentimento que é assassino, pois por um momento, o coração assassina o cérebro.
Ao divino assassino
[...] Talvez na pressa,
no pânico de Pedro, eu negue um dia
e trate de escapar, mas hoje não;
hoje sofro com fé e, sem poesia,
metrifico uma dor sem solução,
mas não vim negar nada! Faz efeito
essa dor: faz sangrar, mas faz questão
de defender-me como um parapeito
contra a queda e a revolta. Um Botticelli
despedaçou-se todo, mas que jeito,
se por Lear enforcam uma Cordélia
e encarceram a Ariel por Calibã...?
Alvorece, a manhã beata velha
enfia agulhas no Teu céu de lã,
antenas às Tuas cenas de TV,
e eu penso: ela morreu... Hoje, amanhã,
enquanto Te aprouver e até que dê
a palma do prego e o último verso à traça,
vai dor – mas Amém! Não há porque
amar a morte, mas que venha a Taça,
aceito suar sangue até o final,
como não... Tudo dói, menos a graça,
mata, Senhor, que a morte não faz mal!
Paray-le-Munial, 1979
Entre o Assassino e a Vítima
Quem sou eu?
Um humano imperfeito,
destroçado entre o espelho e a carne,
cometendo crimes contra mim mesmo,
atentados sutis que corrompem a alma
e rasgam a pele da consciência.
Sou vítima ou assassino
daquilo que me tornei?
Voluntário no ato de me ferir
ou involuntário na arte de desmoronar?
Sou necessidade que enlouquece,
psicose que se veste de razão,
ou um delírio lúcido que encena
a tragédia de ser quem sou?
Sou mesmo louco?
Ou a loucura é a máscara
que uso para não ver a verdade
do caos que me habita?
Sou mesmo eu?
Ou sou um espectro fragmentado,
uma nota dissonante
na sinfonia do que jamais fui?
Indizível.
Como nomear o vazio que preenche
os espaços entre meus gestos?
Como afirmar com certeza
que sou algo além do que falha
ao tentar existir por completo?
Se a dúvida me define,
sou tanto a ferida quanto a lâmina,
a mão que acolhe e que esmaga,
o vulto que se esconde atrás de um rosto
que mal reconhece sua própria sombra.
E se o espelho estilhaçado
reflete múltiplos eus
que coexistem na fissura do real?
Serei eu o caco que corta
ou o reflexo que sangra?
Sou a colisão entre o ser e o não ser,
o vértice do abismo onde a dúvida ecoa
e a própria identidade se desfaz.
Há um grito que rompe o silêncio,
uma palavra que treme na garganta,
como se nomear-se fosse desabar
e aceitar-se fosse um pacto
com a dor que me habita.
E no limiar dessa guerra interna,
sou o paradoxo que respira,
uma verdade que mente para si mesma
enquanto tenta sobreviver ao próprio fardo.
Ser é ser incompleto.
Sou a imperfeição que sobrevive
no abismo entre razão e caos,
desafiando a lógica
com um coração que ainda pulsa
mesmo quando a mente implora por trégua.
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