As vezes Tinha que ser assim
Ela era linda. Ela tinha tudo para ser feliz. Ela estava a ponto te ser a mulher mais feliz do mundo. Mas ela não enxergava isso. Pois ela tinha ele.
Peste
vendi meu coração ao ladrão
coloquei tudo que tinha dentro no prego
matei as pestes que moravam dentro de mim
de fome
nada pra comer
nada pra infestar
só restou o vácuo
vazio
só
na madrugada ainda escuto-os
se revirando e roendo o último pedaço de alma
que sobrou
ratos
baratas
gafanhotos
a carne se desmancha
o osso se corrói
a vida se cansa de te carregar
e então você vira pó
A única coisa que eu tinha quando era criança eram livros. Eu costumava viver neles. Eu costumava ir dormir sonhando que acordaria dentro de um porque eles tinham significado. Este lugar, isto é como se eu tivesse acordado dentro de uma dessas histórias. Acho que só quero descobrir o que isso significa.
Houve, uma vez, um rei que tinha uma filha extraordinariamente linda, mas tão soberba e orgulhosa que pretendente algum lhe parecia digno dela; repelia-os todos, um após outro e, ainda por cima, fazia troça deles.
Certo dia, o rei organizou uma grande festa e convidou, das regiões vizinhas e distantes, todos os homens que desejassem casar. Foram colocados todos em fila, de acordo com as próprias categorias e nobreza: primeiro os reis, depois os duques, os príncipes, os condes, os barões e, por fim, os simples fidalgos. Em seguida, fizeram a princesa passar em revista a fila dos candidatos mas ela criticou um por um, em todos encontrando defeitos; um era muito gordo: - Que pipa! - dizia; o outro muito comprido: - Comprido e fino não dá destino! - o terceiro era muito pequeno: - Gordo e baixo graça não acho; - o quarto era pálido: - A morte pálida! - O quinto multo corado: - Peru de roda: - o sexto não era muito direito: - lenha verde secada atrás do forno; - e assim por diante. Punha defeitos em todos mas, especialmente, visou e divertiu-se a troçar de um bom rei que estava na primeira fila, o qual tinha o queixo um tanto recurvo.
- Oh, - exclamou, rindo-se abertamente, - esse tem o queixo igual ao bico de um tordo.
E daí por diante, o pobre rei ficou com o apelido de Barba de Tordo. Mas o velho rei, ao ver a filha caçoar do próximo e desprezar todos os pretendentes lá reunidos, encolerizou-se violentamente; e jurou que a obrigaria a casar-se com o primeiro mendigo que aparecesse à sua porta.
Decorridos alguns dias, um músico-ambulante parou sob a janela, cantando para ganhar uma esmola. Ouvindo-o, o rei disse:
- Mandai-o entrar.
O músico-ambulante entrou, vestido de andrajos imundos; cantou na presença do rei e da filha e, quando terminou, pediu-lhes uma esmolinha. O rei disse-lhe:
- Tua canção agradou-me tanto que vou dar-te minha filha em casamento.
A princesa ficou horrorizada, mas o rei disse:
- Jurei que te daria ao primeiro mendigo que aparecesse e cumprirei meu juramento.
De nada valeram os protestos e as lágrimas. Foram chamar o padre e ela teve de casar-se com o musico. Depois do casamento, o rei disse-lhe:
- Não é lógico que a mulher de um mendigo fique morando no palácio real; portanto, deves seguir teu marido.
O mendigo saiu levando-a pela mão, e, assim, ela teve de caminhar a pé, ao lado dele. Chegaram a uma grande floresta e então ela perguntou:
- A quem pertence esta bela floresta?
Pertence ao rei Barba de Tordo;
Se o tivesses querido, pertenceria a ti.
Ah! como fui tola, meu bem,
Porque não quis ao Rei
Que a Barba de Tordo tem!
Depois atravessaram um belo prado verde jante e ela novamente perguntou:
- A quem pertence este belo prado?
Pertence ao rei Barba de Tordo;
Se o tivesses querido, pertenceria a ti.
Ah! como fui tola, meu bem,
Porque não quis ao Rei
Que a Barba de Tordo tem!
Mais tarde chegaram a uma grande cidade e ela perguntou mais uma vez:
- A quem pertence esta grande e bela cidade?
Pertence ao Rei Barba de Tordo;
Se o tivesses querido, pertenceria a ti.
Ah! como fui tola, meu bem,
Porque não quis ao Rei
Que a Barba de Tordo tem!
O músico-ambulante, então, disse:
- Não me agrada nada ouvir lamentares-te por não teres outro marido: achas que não sou digno de ti?
Finalmente chegaram a uma pobre casinha pequenina e ela disse:
- Ah! meu Deus. que casinha pequenina
A quem pertence a pobrezinha?
O músico respondeu:
- É a minha casa e a tua; aqui residiremos juntos.
A porta era tão baixa que, para entrar, a princesa teve de curvar-se.
- Onde estão os criados? - perguntou ela.
- Qual o que criados! - respondeu o mendigo; - o que há a fazer deves fazê-lo tu mesma. Acende logo o fogo e põe água a ferver para preparar a ceia! Eu estou muito cansado e quase morto de fome.
Mas a princesa não sabia acender o fogo, e nem serviço algum de cozinha, e o mendigo teve de ajudá-la se queria ter algo para comer. Tenho engolido a mísera comida, foram deitar-se; na manhã seguinte, logo cedo, ele tirou-a da cama para que arrumasse a casa. E assim viveram, pobre e honestamente, diversos dias até se consumir a provisão que tinham. Então, o marido disse:
- Mulher, não podemos continuar assim, comendo sem ganhar. Tu deves tecer cestos.
Saiu a cortar juncos e trouxe-os para casa; ela pôs- se a tecê-los, mas os juncos muito duros feriam-lhe as mãos delicadas.
- Vejo que isso não vai, - disse o homem, - é melhor que fies! Talvez consigas fazer algo.
Ela sentou-se e tentou fiar, mas o fio duro cortou-lhe logo os dedos finos até escorrer sangue.
- Vês, - disse o marido, - não sabes fazer coisa alguma; contigo fiz mau negócio. Vou tentar o comércio de panelas e potes de barro: tu poderás vendê-los no mercado.
"Ah! - pensou ela, - se vier ao mercado alguém do reino de meu pai e me vir sentada lá a vender panelas, como irá escarnecer de mim!"
Mas não tinha remédio, ela foi obrigada a ir, se não quisesse morrer de fome. Da primeira vez, tudo correu bem; porque era muito bonita, a gente que ia ao mercado comprava prazerosa a mercadoria e pagava o que exigia; muitos, aliás, davam-lhe o dinheiro e não levavam objeto algum. Com o lucro obtido, viveram até que se acabou, depois o homem adquiriu novo estoque de pratos; ela foi ao mercado, sentou-se num canto e expôs a mercadoria. De repente, porém, chegou desenfreadamente um soldado bêbado, atirando o cavalo no meio da louça e quebrando tudo em mil pedaços. Ela desatou a chorar e na sua aflição não sabia o que fazer.
- Ah, que será de mim! - exclamava entre lágrimas; - que dirá meu marido?
Correu para casa e contou-lhe o sucedido.
- Mas, quem é que vai sentar-se no canto do mercado com louça de barro! - disse ele. - Deixa de choro, pois já vi que não serves para nada. Por isso estive no castelo do nosso rei e perguntei se não precisavam de uma criada para a cozinha; prometeram-me aceitar-te; em troca terás a comida.
Assim a princesa tornou-se criada de cozinha; era obrigada a ajudar o cozinheiro e a fazer todo o trabalho mais rude. Em cada bolso, trazia uma panelinha para levar os restos de comida para casa e era com o que viviam.
Ora, deu-se o caso que iam celebrar as bodas do filho primogênito do rei; a pobre mulher subiu pela escadaria e foi até a porta do salão para ver o casamento. Quando se acenderam as luzes e foram introduzidos os convidados, um era mais bonito que o outro; em meio a tanto luxo e esplendor ela pensava, tristemente, no seu destino e amaldiçoava a soberba e a arrogância que a haviam humilhado e lançado naquela miséria.
De quando em quando os criados atiravam-lhe alguma migalha daqueles acepipes que iam levando de um lado para outro, e cujo perfume chegava às suas narinas; ela apanhava-as, guardava-as nas panelinhas a fim de levá-las para casa. De repente, entrou o príncipe, todo vestido de seda e veludo, com lindas cadeias de ouro em volta do pescoço. Quando viu a linda mulher aí parada na porta, pegou-lhe a mão querendo dançar com ela; mas ela recusou espantada, pois reconhecera nele o rei Barba de Tordo, o pretendente que havia repelido e escarnecido. Mas sua recusa foi inútil, ele atraiu-a para dentro da sala; nisso rompeu-se o cordel que prendia os bolsos e caíram todas as panelinhas, esparramando- se a sopa e os restos de comida pelo chão. A vista disso, caíram todos na gargalhada, zombando dela; ela sentiu tal vergonha que desejou estar a mil léguas de distância. Saiu correndo para a porta, tentando fugir daí, mas um homem alcançou-a na escadaria e fê-la voltar, novamente, para a sala. Ela olhou para ele e viu que era sempre o rei Barba de Tordo, o qual, gentilmente, lhe disse:
- Nada temas, eu e o músico-ambulante que morava contigo no pequeno casebre, somos a mesma pessoa.
Por amor a ti disfarcei-me assim, e sou, também, o soldado que quebrou a tua louça. Tudo isto sucedeu com o fim de dobrar o teu orgulho e punir a arrogância com que me desprezaste.
Chorando, amargamente, ela disse:
- Eu fui injusta e má, portanto não sou digna de ser sua esposa.
Mas ele respondeu:
- Consola-te, os maus dias já acabaram; agora vamos celebrar as nossas núpcias!
Vieram, então, as camareiras e vestiram-na com os mais preciosos trajes; depois chegou o pai com toda a corte, a fim de apresentar-lhe congratulações pelo casamento com o rei Barba de Tordo e, só então, começou a verdadeira festa.
- Ah! como gostaria de ter estado lá contigo nessas bodas!
ELA
Ela queria voar...
Pena que não tinha asas nos seus pés.
Pois ...
Seus sonhos eram terrenos
E por isso: jamais alcançariam os céus que ela
Tanto almejava em seus dias.
Perdi meu tempo
Com quem não tinha tempo para mim
Hoje perco meu tempo
Com quem me ama, me cuida e valoriza
Os meus sentimentos.
E se porventura
Sentir in-diferenças, recuo...
E não volto ao mesmo erro.
Pois aprendizados
Jamais...
Serão erros novamente!
Acredito que o tempo voa, ontem tinha 18 e hoje tenho 20 anos, acredito que o msm cura, espero ansioso para que ele cure essa ferida em meu peito de um relacionamento destruído pelo tempo.
Quando criança eu tinha a ideia de que Deus era um Homem de idade avançada, cabelos e barbas branca, longos, bravo, com um cajado na mão e quando contrariado e irado o apontava para o pecador e o castigava sem piedade.
Eu tinha muito medo Dele, porque era assim que os religiosos o descrevia.
Fui crescendo e com o crescimento, fui tomando conhecimento da vida, e em algum momento dela, conheci os ensinamentos de Jesus que aos poucos foram desfazendo essa terrível imagem que tinha de Deus.
Ao contrario do que diziam os religiosos, Jesus pregava um Pai misericordioso, um Deus que nunca pune Seus filhos, porque simplesmente Ele jamais condenaria quem Ele criou com tanto amor, sob Sua imagem e semelhança. Aprendi que Deus apaga as chamas do fogo do inferno com os ventos brandos da renovação, da esperança e do amor.
Hoje me pergunto: Porque os religiosos ainda insistem em dizer para seus seguidores que Deus é punitivo?
Que Deus mataria uns para salvar outros?
Que Deus é esse que mataria Seus próprios filhos, mesmo que eles fossem desajustados?
Estas afirmações simplesmente não tem sentindo.
Hoje de madrugada na hora que tinha ido dormir, quis chorar. Chorar de saudade, de dor. Chorar de colocar tudo para fora. De gritar e espernear que nem uma criança quando não ganha algo. Mas claro, eu não fiz igual ontem.. Semana passada... E nem mês passado.
Não sei o que é pior... Não saber explicar e terminar falando:"Estou bem" ou guardar dentro de si mesma, com um vazio de dor.
Não se ter mais vontade de levantar e fazer algo, enfrentar a sociedade e a família com um sorriso. O que acalma mesmo é os fones e uma boa música enquanto que o mundo fica Off. Lágrimas caem sem motivos enquanto que o cérebro, por pura tortura, trás lembranças nada boas para o momento.
O mais difícil pode ser se socializar, ir trabalhar e estudar. Isso é bem difícil, quando que você não tendo vontade de fazer nada, ficar na cama sem nada. Sem celular e se for, com o wi-fi desligado e o som alto.
Alguns dizem que é coisa de vagabundo que não quer fazer merda nenhuma. Sim, temos casos assim... No entanto, 5 à 10% não são assim. Sabe o nome disso? Depressão. Bem vinda a ela. Talvez esteja e você não saiba... Ou talvez ache que está, mas não.
senhor, se não fosse o seu amor por mim, eu já tinha desistido de tentar toda vez que o inimigo diz acabou.
Estava exausto, porém motivado.
Liderava uma equipe técnica que tinha seus altos e baixos. Sofria pressão por conta de falhas, prazos, clientes. Clientes que pediam para falar com o responsável para agradecer pelo serviço prestado e clientes que ameaçavam de morte pelo serviço prestado.
Vivi dias bons e ruins naquele lugar.
Quando ela chegou, não tive interesse algum de imediato. Não a achei atraente, não tinha um físico que causasse inveja nas outras, porém aquela peça no anelar direito era a prova que alguém viu algo nela que eu ainda não tinha visto.
Almoçávamos juntos quase todos os dias perto da empresa, ela tem um carisma que é raro de se ver, quase sempre com um sorriso no rosto, um pouco de sotaque lá do Sul.
Seu nome é Bruna, tem namorado, eles se gostam, ela sorri diferente quando ele a vem buscar no trabalho. Comecei a perceber o sorriso diferente.
Ônibus, trem e outro trem para chegar ao trabalho. Tempo de viagem suficiente para pensar muita coisa sobre a vida, o universo e tudo mais.
Não sou de me apegar às pessoas, amigos, família. Talvez seja para não sentir falta quando acabar.
Às vezes chovia, chegava atrasado para abrir a empresa...
Aquilo se tornou maçante, chegava cedo, saía tarde, tinha problemas. Por que eu insistia naquilo? Era vontade de crescer profissionalmente? Naquele lugar? Em que direção?
Chegava a melhor hora do dia, almoço.
Sentia liberdade de falar sobre qualquer coisa com ela, era uma amiga como poucas que eu já tivera.
Senti que tive oportunidade de ir além da amizade, duas vezes. Deixei passar.
Um remix de “Called out in the dark – Snow Patrol”, tocava quase todos os dias enquanto ia para o trabalho.
Cheguei no meu limite, precisava me livrar daquela situação, não aguentava a raiva causada por algo que não me trazia grandeza.
No meu último dia de trabalho precisava terminar alguns relatórios e sairia mais tarde, deu a hora dela ir embora. A abracei, me despedi, “- até qualquer dia”. Voltei para terminar meu trabalho e não consegui.
Era a ficha caindo por estar deixando algo que eu me dediquei tanto nos últimos anos? Ou medo de como seria o dia seguinte sem aquele sorriso lindo e aquele sotaque encantador me dizendo Bom Dia? Com o passar dos dias, isso ficou claro.
Ela ficou noiva. Me contou, ela também sentia que podia falar sobre qualquer coisa comigo.
A distância fez bem o seu papel, afasta o físico e amplia o pensamento.
Acabou o noivado. Algum tempo passou, a vida precisa ser vivida, cada um à sua maneira. Queria ser para ela metade do que ela era pra mim no meu dia a dia. Mais uma vez senti que tive oportunidade de ir além da amizade, mais vezes. Deixei passar.
As oportunidades nunca são perdidas, alguém vai abraçar. SEMPRE.
Não foram meus braços.
Por mais que eu quisesse, não tenho o poder de controlar tudo.
Era a minha vida, era o meu tempo.
E deixei passar.
Assisti o filme "Deus nao esta morto" . O rapaz tinha de provar a existência de Deus , mais nao provou ! Começou a falar e citar palavras difíceis na frente da turma , tentou provar a existência de Deus sem fatos , somente com palavras .... resumindo , só captou nada , e fez desse nada uma prova !
Não tenho carinho e nem amor pra dar não por ruindade, Mas simplesmente porque tudo que eu tinha dei a ti e você levou embora
Eu poderia, ter deixado de sorrir quando não tinha motivos. Mas aí, de onde viriam as minhas forças para prosseguir? Meu sorriso parte do coração de Deus, quando eu mais preciso.
Tudo que fez parte,faz parte porque tinha que ser desse jeito...se não foi melhor,foi culpa da sua escolha...ela manda no seu livro da vida e o que poderia ser perfeito a desculpa foi a culpa.
