Às Vezes
Espelho, espelho meu
Diga a verdade
Quem sou eu?
Se às vezes me estilhaço
Se às vezes viro mil
Se quero mudar o mundo
Se quero mudar o rosto
Se tenho sempre na boca
Um gosto de água e de céu.
Se às vezes sou tão só
Quando me viro do avesso.
Se às vezes anoiteço
Em plena luz do sol
Ou então amanheço
Com vontade de voar.
Espelho, espelho meu
Diga a verdade, quem sou eu?
Eu sofri, me machuquei, mas aprendi. Já caí inúmeras vezes, achando que não iria me reerguer, e já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais…
É que às vezes não tem como mudar, a vida já te deu uma direção, não adiantar querer voltar. Eu vi pessoas me deixando quando eu mais precisei!
É como dizem, as únicas pessoas que fariam tudo por você, são aquelas que já te amavam antes de você nascer.
Manter a cabeça erguida, esse é o segredo da vida...
Às vezes, eu queria poder te dizer todos os dias o quanto eu gosto de você; outras vezes, eu só queria poder olhar dentro dos seus olhos, e deixar você ver por si mesma.
Às vezes, eu queria poder juntar todas as palavras bonitas do mundo na mesma frase, para te dizer tudo que eu sinto por você; outras vezes, eu acho que você é a única palavra bonita que realmente me importa.
Às vezes, eu queria poder segurar a sua mão, te abraçar bem forte e me sentir no espaço; outras vezes, eu só queria estar perto de você, e me sentir o próprio espaço.
Às vezes, eu queria poder ser o seu sorriso e a sua proteção, só para você saber o quanto eu me importo; outras vezes, eu só queria poder te dar um beijo que durasse a vida toda, e que te explicasse tudo.
Quantas vezes você já ouviu a frase: Ninguém é insubstituível?
Pensando bem, ninguém é insubstituível, no sentido de que todos os seres humanos somos transitórios. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquer momento, poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, na realização da tarefa que nos devotamos.
E essa é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoas são descartadas, por qualquer motivo ou motivo algum.
Contudo, ao se repensar bem a frase, percebemos que ela é inverídica sob variados aspectos.
Basta se faça um passeio pela História da Humanidade e logo descobriremos pessoas que fizeram a grande diferença no mundo.
No campo de arte, recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem o substituiu? Embora tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias como ele o fez. Nunca mais houve outra Sonata ao luar. Ele foi único. E ouvindo as suas sonatas, seus concertos quem recorda que ele era surdo?
Único e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista e principal personalidade da Independência da Índia. Quem ensinou a não violência como ele o fez? Quem, depois dele liderou uma marcha para o mar, por mais de 320 quilômetros para protestar contra um imposto? Quem conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez?
E o que falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguém teve um sonho que custasse a própria vida? Um sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos se sentassem à mesa da fraternidade. Um sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter. Ele morreu em 1968. Quem o substituiu?
Quem substituiu Madre Teresa de Calcutá, com seu amor, seu bom senso, sua capacidade de entender a necessitada alma humana?
Quem substituirá o colo de mãe ao filho pequeno? Quem poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, do esposo que realizou a grande viagem?
Tudo isso nos leva a pensar que cada pessoa tem um talento especial, uma forma de ser particular e, com isso, marca sua passagem por onde passa.
Outros virão e tomarão seu lugar, realizarão suas tarefas, dispensarão amor, farão discursos importantes, mas ninguém como ela mesma.
Um órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposo poderá tornar a se casar mas nunca será uma substituição. A outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma de ser.
Pensemos, pois, que, de verdade, cada um de nós onde está, com quem está, é insubstituível.
O que cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade que dispensa, o carinho que exprime é único.
Isso porque somos Criação Divina inigualável. Criados à imagem e semelhança do Criador, com nuances especiais, conquistadas ao longo das eras e que se expressam no sentir, no agir, no falar.
Pensemos nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dos amigos, familiares, colegas, conhecidos, tendo em mente que cada um deles é insubstituível.
E valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coração das pessoas e no mundo.
As vezes me pergunto como me apaixonei por você que é uma pessoa doida, desequilibrada, estressada, teimosa, orgulhosa, agressiva. Enquanto repetia essas características na mente ficou tão óbvio o porque de eu te amar que até sorri.
Muitas das vezes, nossos próprios animais de estimação demonstram para nós seres humanos o verdadeiro significado de um amor puro, sincero e verdadeiro.
E também às vezes, quando estou deitada o medo volta a assaltar-me, o terror profundo do silêncio e do que me poderá sair desse silêncio para me atingir.
Eu então bato nas paredes, no chão, para acabar com o silêncio. Bato, canto, assobio com persistência até mandar o medo embora.
Nem todos os anjos chegam em nossa vida com a missão de ficar, às vezes, chegam apenas com a função de curar, de acordar o riso que dorme sob a letargia dos nossos dias sem cor.
Por mais que muitas vezes eu me sinta cansado e me passe pela cabeça a idéia de largar tudo e sumir, eu jamais vou parar de tentar. Eu acredito que uma hora as coisas irão se acertar.
E esse desejo sufocador de presença, eu também senti. Eu sinto; eu relevo e às vezes ignoro por defesa. Eu já pedi, implorei, fiz novena, quase sucumbi; chorei até me sentir seca por dentro. Mas compreendi que sentimento verdadeiro plantado na alma da gente quando não floresce cria raízes. Desse jeito! Remédio, cura ou algo parecido? Esqueça! Respire fundo e aguarde o tempo certo das coisas.
Talvez ainda não seja o tempo certo pra algumas coisas…Mas é que às vezes cansa tanto esperar que acabo fazendo escolhas erradas e me arrependendo depois.
Soldados são como peões numa partida de xadrez,muitas vezes são inúteis mas sem eles você não ganha a partida.
Às vezes é preciso bater com a cabeça na porta várias vezes, para se dar conta de que não é a porta que está no lugar errado e sim você.
Apaixonar, uma palavra que os românticos usam para tentar explicar um sentimento que muita das vezes muitos não entendem. Querer, um fato que explica a sensação de estar perto ou ter algo para si.
Sentir, uma das mais complicadas de se explicar sendo algo relativo ao que se quer ou o que se tem ou não tem, uma coisa que de fato depende do entender.
Entender, complicada expressão que muitos querem para si, além de ajudar muito ela conforta também.
Admirar, de fato uma ação perigosa, pois muitas vezes mal interpretada e mal utilizada. AMAR, para mim minha favorita entre todas, ela e um complemento de tudo e uma peca na qual se encaixa em tudo. De certa forma não compreendida por muitos e jogada fora por outros como um pedaço qualquer de algo que não se quer, para mim e a palavra chave para tudo isso se você a entende.
Se não tiver essas palavras na sua vida, tente ao menos entendê-las.
Vamos combinar que muitas vezes não há segredo algum, inimigo algum, interrogação alguma, nenhuma entidade obsessora além da nossa autosabotagem. A gente sabe que esticar a corda costuma encolher o coração, mas a gente estica. A gente sabe que nos trechos de inverno é necessário se agasalhar, mas a gente se expõe à friagem. A gente sabe que não pode mudar ninguém, que só podemos promover mudanças na nossa própria vida, mas a gente age como se esquecesse completamente dessa percepção tão sincera. A gente lembra os lugares de dor mais aguda onde já esteve e como foi difícil sair deles, mas, diante de circunstâncias de cheiro familiar, a gente teima em não aceitar o óbvio, em não se render ao fluxo, em não respeitar o próprio cansaço.
Eu pensava em todas essas armadilhas enquanto caminhava na Lagoa, um dia de céu de cara amarrada, um tiquinho de sol muito lá longe, tudo bem parecido comigo naquela manhã. Eu me perguntei por que quando mais precisamos de nós mesmos, geralmente mais nos faltamos. Que estranha escolha é essa que faz a gente alimentar os abismos quando mais precisa valorizar as próprias asas. Como conseguimos gostar tanto dos outros e tão pouco de nós. Eu me perguntei quando, depois de tanto tempo na escola, eu realmente conseguirei aprender, na prática, que o amor começa em casa. Por que, tantas vezes, quando estou mais perto de mim, mais eu me afasto. Eu me perguntei se viver precisa, de fato, ser tão trabalhoso assim ou se é a gente que complica, e muito. Como conseguimos ser tão vulneráveis, ao mesmo tempo que tão fortes. Somos humanos, é claro, mas ser humano é ser divino também.
Eu não tenho muitas respostas e as que tenho são impermanentes, como os invernos, os dias de céu de cara amarrada, os lugares de dor, os abismos todos, o bom uso das asas, os fios desencapados, as medidas e as desmedidas. Tudo passa, o que queremos e o que não queremos que passe, a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza. Eu não tenho muitas respostas. O que eu tenho é fé. A lembrança de que as perguntas mudam. Um modo de acreditar que os tiquinhos de sol possam sorrir o suficiente para desarmar a sisudez nublada de alguns céus. E uma vontade bonita, toda minha, de crescer.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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