Aprendi que Nao Importa

Na escuridão, aprendi a ser a minha própria luz.

O medo é porta fechada e eu aprendi a derrubar todas.

Caí tantas vezes que aprendi a medir a altura do chão. Levantei com precisão, passo a passo. Hoje caminho sem medo do vão.

Aprendi a olhar o perigo como mapa. Sigo a leitura em passos calculados. O erro virou sinalizador, não sentença.

Aprendi a falar pouco sobre dor, falo mais sobre resultado, minhas mãos contam o resto.⁠

A miséria de ontem virou subsídio, reapliquei o que aprendi em valor, meu capital é a lição aplicada.

Aprendi a administrar expectativas, diminuí ruído, ampliei ação, o mundo responde ao que se faz.

Já fui tempestade, hoje aprendi a chover com calma.

Já fui ferido por quem dizia me amar, e aprendi a me amar primeiro.

Aprendi que o silêncio também é resposta e das mais sinceras.

Já fui tempestade, hoje aprendi a chover sem destruir.

Aprendi que ser forte é aceitar que doer também é parte.

Já desisti tantas vezes que aprendi o gosto amargo do fim, até perceber que, no fundo, eu já havia desistido até de desistir.

Eu aprendi a esperar e isso me salvou.

Eu aprendi a ser abrigo no meio das tempestades.

Já caí tantas vezes que aprendi a voar.

Já chorei tanto que aprendi a sorrir com verdade.

A vida me empurrou contra o chão, mas foi ali que aprendi a conversar com Deus.

Eu floresci no terreno da perda e aprendi que amor também é resistência.

Aprendi que o silêncio é o refúgio das almas cansadas.