Apagar a minha Estrela

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⁠No décimo segundo dia do ano
em Rodeio

No décimo segundo dia do ano
na minha cidade de Rodeio
que fica no Médio Vale do Itajaí,
Estou pensando em ti
e em tudo aquilo que nos põe
no mesmo trilho e no amor
que nos surpreendeu no destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Poesias matutinas para Rodeio

Cobrir a minha cidade de Rodeio
com poesias matutinas
para o canto da passarada
com afeto agradecer,
por este dia de céu azul
me inspirar e por ter
você no meu peito para amar:
Não canso por dois de sonhar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Pescador de Rios

Navegando pelos rios
poéticos com toda
a minha Humanidade,
Que nos mantém
sempre limpos,
que saciam a sede
e que nos dão peixes,
Sobre a gratidão reflito
e sobre a sobrevivência
do pescador que vive
do que o rio concede
e muitos não veem,
A agonia coloquei
no coração porque
mesmo longe dele
os meus olhos veem
e o meu coração
também percebe
imensamente porque
sem a bênção do rio
eu também não vivo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No décimo sétimo dia do ano em Rodeio

No décimo sétimo dia do ano
na minha amada Rodeio,
Embalo a poesia sonora
do canto dos pássaros
que tornam sempre
os meus passos felizes
e serenos rumo aos teus.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠É noite ancestral de Lua
do resiliente Lobo-Guará,
a tua boca vadia pela
minha ainda não está
com beijos de guaraná.

Destino fatal sem avisar
que cortejou os ponteiros
do tempo das Américas
para dançar na escuridão,
quero colo e o teu coração.

É noite paranormal de Lua
em ares sinistros de rua
vazia e silêncio estranho,
mas pensar no envolvente
e tão lindo olhar castanho:
distrai e me põe no colo.

No rio suspenso da noite
o girino cósmico desafiou
as vitórias régias do céu
da nossa América do Sul,
o atroz e o mundo nos parou.

De ti não vou desistir
mesmo sem previsão
do que possa acontecer,
pelo siderado condão
mais do que deveria ser:
indômita em inundação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nesta nossa
Pátria do Condor
reitero sempre
a minha total
responsabilidade
por cada linha,
possível engano
ou registro de dor:

Muitos nadando
afogados nesta
caixa de Pandora,
que até agora
vem gritando
que nada tem.

Assim minh'alma
vem chorando,
sangrando e com
o povo se enterrando
em vala comum
em Manaós e remando
onde preciso for,
indo pelos arredores.

Muitos estão voltando
para casa e sendo
mal recebidos
por quem lê a Bíblia
e ignora que deste
mundo somos
todos peregrinos,
já era tempo esta
lição terem aprendido.

Vigio fixa a tragédia
autoritária que
da mais frágil filha
de Bolívar tem
desarticulado líderes,
calando vozes,
prendendo a quem
ao povo oferta frutas
e levando a infância
ao suicídio por fome,
por culpa de uma
rastejante autoproclamada.

Expectadora de tudo
o quê tem passado
em nossas vidas
venho querendo saber
sobre a injustiça que
levou um General
à injusta prisão,
e pedindo por ele
e por toda a tropa
de uma Pátria
que não é a minha
a reconciliação
que só ela é capaz de trazer a libertação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Em alto e perpétuo
tom denunciarei
tudo o quê estão
fazendo conosco
desde essa minha
Capitania de Santana
às avessas onde
a vida de todos
segue mortífera e lenta:

A minha, a sua,
a nossa Abya Yala
nasceu livre,

Flor nativa em
rebelião sou assumida.

Fizeram dela terra
de pesadelos
e de massacres
até a luz do dia
e outros silenciosos,

Daqui na pouco
esquecem que
as Malvinas
são da Argentina:

Assim sou mais
uma flor nativa em rebelião
que roubaram tudo.

Roubaram tanto que
roubaram até o meu medo
do jeito pregado pelo
ancestral indígena adágio,

Roubaram a democracia
e a saída do mar para a Bolívia,
Há flores nativas entre
as sessenta e sete vozes
em perigo de silenciação
por processos em abreviação,

A impunidade há pouco
mais de cinco meses
do massacre de Senkata
permanece espargindo
à todos o seu letal veneno,
e Yapacaní e Sacaba
que o digam: o mesmo
fantasma agarrado no Governo.

O preço do petróleo caiu
e foi levado abaixo de zero,
Não quero pensar o pior
para os nossos destinos,
com tudo isso que vem
acontecendo ainda insisto,
porque é verdade:
que o Sol da Venezuela
é no Esequibo que ele nasce.

Aguardo notícias de liberdade
do General que ainda
está preso injustamente,
e minha franca torcida
vem sendo repartida
entre outros como ele
que são presos de consciência;
não entendo e ninguém entende
o porquê a justiça não alcança
nunca autoproclamado demente.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Há por aqui nesta
minha terra um
museu de grandes
novidades que foi
previsto pelo poeta,
Estamos sentindo
como ele pesa
em nossas carnes.

De tanto extremismo
todo o dia vigiar
os meus olhos
andam exaustos
por sobrevivência
neste momento
que buscar a calma
é a urgência
até a curva abaixar
na América Latina
e pelo mundo afora.

Falta ainda muita
serenidade
na minha terra
e por todo o lado,
Quem está sofrendo
mais os efeitos
é quem está
menos capitalizado.

Falta clareza para
uns discernirem
aquilo que não é
furar o isolamento
para abusos não
virarem uma onda
popular de tormento
por toda a região,
e para vir aumentar
o sofrimento e a dor
da nossa população.

Ninguém suporta
mais aturar o peso
de tramas, bloqueios
e falta de paz,
Que por aqui querem
que aceitemos como
conviver com eles
como normais fossem.

Ainda estou nos panos
roxos das janelas
frontais colombianas
morrendo de medo,
fome e de desgosto
por este sofrido povo;
E na força da minha
gente das favelas
desinfetando caminhos
e auxiliando como
irmãos o povo do asfalto.

Vendo tudo por uma tela,
contando histórias
de sobrevivência,
a espera da liberdade
de gente que abraçou
de maneira heróica
a própria consciência:

Uma tropa e um General
preso há mais de dois anos
(injustificadamente),
uns como ele que presos
jamais deveriam ter sido,
e não devem continuar
porque criticar nada
tem a ver com desestabilizar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Virou rotina ser confundida
como ativista porque
a minha mística, letras e rimas
caminham com os povos,
erguem bandeiras,
escalam fortalezas
atravessam as grades
de penitenciárias
de segurança máxima
e estão presentes nos apertos
de mãos entre tropas
de todas as fronteiras,...
Não tenho o quê esconder:
apenas sou mais uma voz
dentre tantos outros poetas
das nossas Américas,
Sou mais uma que escreve
aos ventos que
correm pelo meu país
onde as cidades
voltaram a ser feudos
e os Estados a ser capitanias;
Por aqui atiraram a nossa
sagrada unidade pela janela,
e ninguém mais sabe chegar
a um comum acordo nesta terra,
Em mil partes me divido
pelo continente para mostrar
que na Bolívia e por tantos
outros lugares vozes
podem ser silenciadas
rapidamente muito mais
que sessenta e sete vezes,...
A cada instante por cada
preso político seja no
Chile silencioso ou por
quem precisar uma
prece todo o dia elevo
e poemas para tropas
escrevo e notícias
de liberdade para um
General que foi preso
inocente ainda espero,
porque alguém
haverá de surgir
e toda esta gente libertar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Numa porção da minha
terra que anda enamorada
do autoritarismo por todos
os lados já até tem lei
proibindo cachorro de latir.

Todo o dia a nossa lucidez
está sendo danificada.

Não há como descrever
o quê vem ocorrendo
nesta Pátria do Condor,
o General e revolucionários
estão presos injustamente.

A inocência segue insultada.

A liberdade que para uns
foi concedida de forma
seletiva cento e dez vezes,
ela não alcançou militares,
policiais e petroleiros.

A inocência segue sem
descanso castigada.

As perguntas de todos são
as mesmas que as minhas,
há muita gente desaparecida,
houve até subtração de sigla,
e não é mais surpresa a falta de justiça.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Por aqui todos
os poemas
são de minha
responsabilidade,
Mas sozinha
para escrever
creio que
não teria
essa capacidade:
de trazer
à tona frutos
de histórias
que comovem
e me trazem
impressões
transcendentais.

A orquestra
da diáspora
venezuelana
tocou uma
canção que
escorreu pelos
meus olhos:
ela é debutante.

Aprende que
qualquer pedido
só é ouvido com
a delicadeza
necessária
para entrar
no coração
que é
o universo
do outro,
Do General
injustamente preso
e desaparecido
e de cada um
na mesma
condição:
quero fé
de vida
porque tempo
mais não há
para que
seja despacito.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A pergunta não é minha:
"Ruído de sabres?"
Não me arrisco em afirmar,
Dizem que suspenderam
a parada militar;
Preferia ouvir
brados de liberdades,
Serão 3 meses de agonia.

Com as marcas
nos corpos dos sete
comandantes torturados,
Ao redor de mim estão
presentes os caídos,
Serão 3 meses de agonia.

O oficial com o melhor
rendimento acadêmico
recebeu como prêmio
o seu desaparecimento,
Serão 3 meses de agonia.

Mais mil historias também
por sebastianas letras,
Desta estrela na escuridão
me aproprio do brilho,
Para que você
não se esqueça:
Mais uma obra de arte
do Inferno de cinco letras,
Serão 3 meses de agonia.

E pelo General preso
injustamente sigo
insistentemente a procurar,
Serão mais 3 meses de agonia:
por quem está desaparecido
pelas mãos que tinham
o dever de notícias dele dar,
E nem sequer por um dia
aprisionar e tampouco isolar,
Serão três mais meses de agonia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Benedito Novo da minha vida,
os teus ribeirões e cachoeiras
valem mais do que meu poemas.

Benedito Novo cheia de belezas,
do africano que buscou a liberdade
assim sagrou-se com nome e mística.

Benedito Novo do meu peito,
amo os teus sabores postos na mesa
e a tua força de encontrar jeito.

Benedito Novo imensa e repartida
com Doutor Pedrinho,
não há quem não louve esta honraria.

Benedito Novo, cidade gentil,
a tua gente ergueu cidade preciosa
no Médio Vale do Itajaí deste Brasil.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Neste mundo
que a guerra
pertence só
a política,
A minha prece
caminha com
os Generais
que não sei
onde estão,
Mas que desejam
viver no mundo
em plena paz;
Só de saber que
eles existem
uma alegria
toma conta
com a mesma
intensidade
da alma sublime
de uma borboleta.

O General está
desaparecido,
Não sei nem
mais quantas
vezes reclamar
até ser atendida;
Não gostaria
de seguir
sendo repetitiva,
Acontece que
não estou me
sentindo ouvida.

Quem deseja pedir,
não faz crítica,
Porque tem gente
que é oportunista,
Se for criticar não
peça para não dar
vazão a tirania;
Não alimente um
clima de tensão,
e nem de vilania,
Não importa o quê
de mim você pense,
Pago o preço pela
minha franqueza.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Minha Suramérica,
és amada donzela,
Vítima imolada
por conspirações
e de mil traições
te fizeram terra;
E nos calabouços
da inconformação,
Insisto em lamentar:
O General retirado
da minha Nação,
Reverberou
inacreditável
em prisão perpétua.

Peço neste sentido
e que daqui para
frente nem próximo
disso se assemelhe
ou mais aconteça,
Precisamos que
a paz permaneça.

A Carta Magna
é regente máxima
da nossa orquestra
e bússola maior,
Contra a minha
cara não adianta
levantar a destra,
Nasci patriota
e latinoamericana,
Pela minha Pátria
sempre darei
o quê há de melhor;
E me divido com
as Irmãs do General
que foi preso
injustamente e são
da Pátria vizinha
que há quase
cinquenta dias
não recebem notícias.

Poema-canção
de mais de um ano,
Espero que o General
esteja vivo e receba
os direitos garantidos,
Não sofra mais
nenhum 'engano':
A imprensa fala
que ele está recluso
em Fuerte Tiuna,
E agora sobre onde
ele está não se sabe
mais verdade alguma.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Monte Carlo

Meu Espinilho do peito,
Campina do Leite
da minha vida
e Fita Pisani adorada,
foram os teus nomes
até ser eleito Monte Carlo
da minha poesia
em homenagem
a uma corajosa viagem.

Caminho sublime
para os jesuítas,
para os apoiadores
do Monge e base
para a Guerra do Contestado,
Sublime joia do Oeste Catarinense
que tem o meu coração apaixonado.

Meu Butiá da memória
próxima a Taquaruçu da trajetória,
e dotada de muita História
para contar coberta araucárias
do nosso destino
e imbuias ancestrais.

A tua gente Kaigang e Xokleng
desta memória gentil
que lembra destes e de outros
povos originários do nosso Brasil,
honrando todos eles nos poemas.

Por tudo o quê fostes,
és e para sempre na vida será,
Monte Carlo amada,
a tua glória desbravadora
e a tua existência poema,
para sempre a tua gente toda
amável e batalhadora
para sempre se orgulhará.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A minha poesia é feita
desta América do Sul
profunda que recorda
os presos da revolta,
os presos políticos mapuches,
E que seguem presos
uma tropa e um General,
todos presos por pensar
diferente neste mundo desigual.

Nem por um instante
não há como fingir
que nada está acontecendo,
se não houver misericórdia
o Tenente Coronel em greve
de fome vai acabar morrendo.

As flores do jardim
do tempo vem se alternando
e nada vem mudando
neste continente e região,
Há presos de consciência
em Cuba e na Nicarágua
em brutal situação,
não consigo fingir que não.

Em mim estão todos
os signos e o brio de não
compactuar com o silêncio,
não há como se calar
enquanto houver presos
por crimes de pensamento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Como os Reis Magos
visitaram o Senhor Menino
na abençoada Belém,
Que minha letras visitem
os corações de todos vocês.

Peço e insisto pela liberdade
da tropa e do General
que por todos eles persisto,
e como poeta jamais
desisto da História recordar.

O ouro do encontro,
do diálogo e da reconciliação,
é o quê desejo que haja
com os presos de consciência
de todo o meu coração.

O incenso da pacificação
seja renovado e perene
como oferta ao Pai
com os presos de consciência
em verdade e liberdade.

A mirra venha perfumar
as vossas mãos ao decidirem
libertar os presos de consciência
e a voltar a pensar no melhor
destino para si e para toda a Nação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Como poetisa de muitas luas
fundei a minha pátria
na América do Sul profunda
onde só no teu coração
tenho a mais doce morada,
e tua alma só ficará sossegada
quando entre meus braços
você se pôr como o sol
entre as estrelas para descansar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Pelos teus olhos que
iluminam como
Órion a minha noite,
a poesia almenara
que não se apaga
está mais a cada dia
mais forte em mim
para viver em ti
amorosa e apaixonada.

Inserida por anna_flavia_schmitt