Apagar a minha Estrela
Beijar na minha imaginação
Rezar por nós
Imaginar momentos
Sensuais a sós
Algo que faço entre auroras
A minha esperança
ainda que utópica
a ponto de ser insana
ainda acha que pode
acabar com a guerra
na Terra Santa
e por outros lugares,
mesmo sabendo que o pior
todos os dias corrói as liberdades,
e eu seja o camelo passando
pelo buraco de uma agulha
que são as mentes convencidas
dos governantes pelo Mal supremo,
Não vou pelo lado supérfluo
porque acredito que nada é eterno.
Rejeito o Deus da Guerra
insinuar a sua dança
seja na minha Terra,
no meu continente
ou em outro lugar
para tirar a paz da gente.
(Poema anti-guerra)
A minha poesia
é vela votiva
que não se apaga
pedindo proteção
para as tropas
da nossa sagrada
Nação pedindo
integral proteção
e paz aos Afuzilados
como manda a tradição,
para que nenhuma guerra
nunca finque os pés
na nossa Amada Terra.
A minha palavra é igual
criança que precisa
aprender a falar depressa,
Água dou para ela
onde o bilro oculto
de fazer renda está de molho
e a alimento com
a crença mais popular.
Minha Sardinha nacional,
Manjuba... Manjubinha...
Pititinga desaparecida!
Manjuba, Manjubinha,
Pititinga amada...
Minha Sardinha nacional,
que em porção tinha
um sabor sem igual!
Manjubinha querida,
volta aqui sua sumida!
No desabrochar e no esconder
das flores azuis do tempo,
a minha cidade é Rodeio
em pleno Médio Vale do Itajaí,
Aqui é o lugar que a Lua
bailarina sempre vem dançar
para enamorar o magnífico
Pico do Montanhão do destino
nesta Santa Catarina
onde em companhia
das estrelas sempre acabam
no final escrevendo poemas
para o Hemisfério Celestial Sul.
Cruzeiro do Sul,
minha Arapari
sobre a Pindorama,
que me une a ti
e que te mantém
apegado a mim,
E assim nos guardo
de amor em mim.
Berimbau-de-barriga
toca a fundo,
Comigo você não se cria,
Minha voz e Capoeira,
e também é poesia.
Aiacó, Mãe da noite,
minha divina confessora,
me acalanta e consola,
Para que mantenha
a alma plena e amorosa
de fé e de poesia
para que tudo em mim
se ergue com o raiar do dia.
A minha poesia
não está a venda,
É Atapu na mão
de Jangadeiro
para chamar só
quem leia e entenda,
Para quem sabe
virar poeta ou poema.
Sem perceber
sou o próprio Mamulengo,
sou que nem Babau
com o bloco na rua
com a minha cara de pau
para mostrar o quê
eu quero é porque
você também está querendo.
A minha boneca
de Salvador
veste traje típico
com pano da Costa,
Memória de infância
amorosa deste tempo
que não volta,
E não há nada que
nos impeça de fazer
o caminho de volta,
A vontade abre
mais de uma porta
muito além
do que se imagina...
O som do Berimbau-de-Barriga
tem algo da tua alma
sempre que encosta na minha,
Coração e mente
começam a se encontrar
e a gente querer a se amar.
