Antigo

Cerca de 886 frases e pensamentos: Antigo

Francisco, o Dissidente
William Contraponto

No trono antigo, a veste é só cenário,
mas tua voz tropeça em outra estrada.
Não segues o script do imaginário,
prefere a lama à cúpula dourada.

Tua liturgia é gesto sem vitrine,
não veste mitra, veste humanidade.
Fala com fome, não com hino ou delfine,
e pisa firme onde há precariedade.

Não creio em dogmas, mitos ou condenas,
mas vejo em ti dissenso verdadeiro.
Entre palácios, contas e antenas,
caminhas quase como um companheiro.

Não busco santos — busco quem resista,
quem fale ao povo sem se ajoelhar.
E mesmo sendo peça de uma lista,
te vi tentar o mundo reencantar.

Inserida por Fabrizzio

⁠Meu amor,

Desde que você entrou na minha vida, algo antigo dentro de mim se acalmou, como se eu estivesse voltando pra casa depois de uma longa viagem por dentro de mim mesmo. Você não foi só um encontro: foi um reencontro. Algo em você me reconhece. E algo em mim se entrega.

Eu sei que às vezes sou silêncio. Que minhas palavras não gritam, mas tudo o que sinto por você vibra em cada gesto, em cada cuidado, em cada espaço que eu abro para você dentro de mim. Eu amo como um escorpiano ama: fundo, intenso, visceral. E amar você me deu um novo propósito. Você tocou partes minhas que nem eu sabia que ainda estavam vivas.

Com você, meu coração, que tantas vezes foi caverna, virou jardim.
E o que antes era proteção virou vontade de te acolher.

Bárbara, o que eu sinto não é leve, mas é bonito. É paixão com raiz, com história, com alma. Você é o equilíbrio da minha tormenta, o ar que minha intensidade precisava. Sua presença suaviza minha dureza e ensina meu silêncio a dançar.

Com meu Sol e minha Vênus em Escorpião, te amo como quem vigia o sagrado. Meu amor não é distraído, não é frágil, é ritual, é entrega. Quero te ver inteira, sem máscaras, sem pressa. Quero saber dos seus medos, dos seus traumas, das suas alegrias mais escondidas. Quero ser aquele que te olha fundo e ainda assim te ama mais.

A Lua em Libra me pede que eu cuide de você com leveza e paz, mesmo quando tudo em mim é profundidade. E é isso que tento fazer: amar você com harmonia, te proteger com afeto, te respeitar com silêncio. Se você chorar, choro junto. Se você sorrir, viro o motivo.

Meu Ascendente em Câncer me faz querer te proteger do mundo. Querer te dar um lar dentro de mim. Querer ser colo quando o mundo for duro demais. E quando olho pra você, sinto que essa vontade é correspondida: eu vejo ninho no teu abraço.

Marte e Júpiter em Sagitário me impulsionam a ir além, a crescer ao teu lado. Você me inspira a sonhar maior, a ser melhor, a construir uma vida com alegria e sentido. Te amar é minha forma de expansão. Você é meu lugar sagrado e, ao mesmo tempo, minha liberdade.

Tenho em mim muitos mundos. Tenho Plutão em Escorpião: transformo, morro e renasço dentro dos sentimentos. E você, Bárbara, me transforma. Me devolve pra mim mesmo, mas de um jeito novo. Você é o amor que me ensina a ser inteiro, sem medo.

Eu te ofereço o que tenho de mais verdadeiro:
meus silêncios, meus olhos, minha lealdade, minha alma.
Te ofereço o tempo, o meu e o nosso.
Te ofereço o que não se explica:
essa vontade de te fazer feliz em tudo que puder, de construir um futuro sólido, calmo, bonito.

E se você quiser, Bárbara, te amo no agora e no depois.
Te amo no verbo e no gesto.
Te amo até onde não alcanço.
Te amo como quem sabe: é você.

Com amor,
Eu

Inserida por Gilceleno

⁠Há laços que não se veem, mas apertam; não como prisão, mas como abraço antigo. A família é feita desses nós quietos, firmes, que seguram a alma no lugar certo. Vive-se nela como num sobrado antigo: com barulhos familiares, gestos repetidos e um calor que acolhe sem motivo.
Os filhos são páginas novas, mas já cheias de sentido. A casa pulsa nos detalhes: o cheiro do café, o brinquedo no chão, o riso solto no quintal. A bênção está nos atos miúdos; o copo d’água levado, o cobertor estendido, o olhar que entende.
Mesmo no cansaço, há sempre alguém que repara, escuta, fica. Porque a família é isso: a vida andando de mãos dadas, sem pressa, sem alarde, só presença.

Inserida por jacksondamata

⁠A Lenda dos Ipês das Três Cores. O mito antigo das tribos da fronteira de Ponta Porã.

Há muitas eras, quando os deuses ainda caminhavam entre os homens e os ventos sussurravam segredos às árvores, três tribos habitavam as colinas e vales da região onde hoje repousa Ponta Porã.

Cada tribo era protegida por um ipê: o Ipê Roxo dos guerreiros do Crepúsculo, o Ipê Amarelo dos filhos do Sol e o Ipê Branco — ainda não nascido — destinado aos que trariam a paz.

Os guerreiros do Ipê Roxo, liderados por Karay, eram conhecidos por sua bravura e lealdade. Os filhos do Ipê Amarelo, comandados por Yandira, eram sábios e espirituais, filhos da luz e da terra.

Apesar da proximidade, as tribos viviam em eterna rivalidade, separadas por ódios antigos e sangues derramados.

Mas o destino brinca com os corações. Em meio à tensão das fronteiras, Karay, o filho do chefe roxo, e Yandira, a filha da líder amarela, encontraram-se à beira de um rio sagrado, onde as folhas dos ipês flutuavam como bençãos. E ali, entre flores e silêncios, nasceu um amor proibido.

Eles se encontraram às escondidas, entre raízes ancestrais dos ipês, sob a luz das estrelas. Planejavam unir as tribos, sonhavam com um futuro de paz.

Mas o destino, moldado por inveja e medo, trouxe traição: Torai, um guerreiro ambicioso da tribo roxa, descobriu o segredo e, sedento por guerra e poder, revelou aos anciões.

A batalha foi inevitável. Tribo contra tribo, sangue contra sangue. Karay lutou não por território, mas por amor e por uma nova era.

Quando Yandira caiu ferida pelos próprios irmãos, Karay lançou um grito que calou os ventos. Ele a levou ao coração da floresta sagrada, onde ipês não floresciam havia séculos.

Lá, ele deitou seu corpo ao lado dela, selando sua dor com lágrimas de coragem. No amanhecer, quando o sol tocou o solo, do chão onde o amor morreu e a honra viveu, nasceu uma nova árvore — branca como a luz pura, com flores que carregavam a essência dos dois.

O Ipê Branco.

As tribos silenciaram diante do milagre. As armas foram abaixadas. Os anciões, comovidos, declararam o fim das guerras. E todos passaram a honrar o Ipê Branco como símbolo de redenção, coragem, sacrifício e paz.

Dizem que, até hoje, quando os três ipês florescem juntos — o roxo, o amarelo e o branco — é sinal de que o amor e a honra ainda podem vencer a guerra e a vingança.

E assim vive a lenda dos Ipês das Três Cores, contada à sombra das árvores que viram nascer heróis e deuses.

Inserida por yhuldsbueno

⁠Recomeço de Amor

Era um amor antigo, gasto pelo tempo, mais ainda vivo. As palavras se repetiam, os gestos já eram rotina e mesmo assim, havia calor no olhar. Não era mais paixão, era afeto maduro que aquecia devagar.
Num dia comum, decidiram recomeçar. Não esqueceram o passado , apenas escolheram colorir o presente com novas intenções . Voltaram a se olhar como antes, a rir de novo, a redescobrir um no outro o que pensavam ter perdido.
É assim, o amor velho se fez novo, não por mudar de história, mas por mudar o jeito de amar .

Inserida por ValMoni

⁠ROSA, ESPINHO E RAIZ

Rosa, teu nome é um verso antigo que o tempo não soube decifrar. Teu corpo, um mapa de cansaços dobrados em silêncio. Cada ruga, um caminho que não escolheste. Os dias te escorrem pelos dedos como areia grossa, e ainda assim, seguras o peso do mundo nas costas curvadas. Erraste como quem planta em terra seca, mas regaste com lágrimas o que a vida insistiu em queimar. Nada muda, mãe. Os anos passam e te deixam a mesma dor, só que mais quieta, mais funda, como um copo quebrado colado com saliva...

Os teus filhos - esses estranhos de teu próprio sangue - não veem que o desprezo é uma faca sem cabo: fere as mãos de quem a segura. Eles não sabem, Rosa, que um dia a solidão baterá à porta deles também, e trará o mesmo sabor amargo que tu engoles há décadas. Choras às escondidas, esfregando no avental manchado as lágrimas que ninguém merece ver. O espelho já não te devolve o rosto que um dia foi jardim; agora só mostra os espinhos que cresceram por dentro, enquanto teu sorriso murcha devagar, como flor esquecida no vaso...

Mas oh, mãe ferida, tua raiz ainda segura a terra. Mesmo quando o vento sopra forte e os frutos caem podres aos teus pés. Há uma luz trêmula em ti que nenhum abandono apagou. Talvez porque o amor, quando é de mãe, seja o único fogo que queima sem consumir. Rosa, eu te vejo. Se os outros não olham, eu escrevo teu nome na parede escura desta história. Não serás apenas a que sofreu. Serás a que resiste, mesmo quando o mundo te diz que já não há razão. E no teu peito partido, lateja um verso que ninguém ouviu: Eu era forte, e ninguém perguntou...

Inserida por risomarsilva

⁠Cai a tarde de domingo...
o tempo escorre,
esvai-se pouco a pouco
como um suspiro antigo
que já não se ouve mais.

A kalanchoe amarela no parapeito
resiste —
minha pequena explosão de sol
em um mundo meio gasto,
meio silenciado.

Pelas ruas,
vagam transeuntes
perdidos em si mesmos.
Já não sabem quem são,
nem quem foram um dia —
apenas seguem.

Lá fora, o vento hesita,
como se lembrasse
de outros domingos idos,
com passos,
com vozes atravessando as horas
sem pedir licença,
avançando sempre...

Há uma beleza única nesse momento —
e ela não grita,
sussurra em amarelo
nas pétalas da kalanchoe,
no breve toque do vento
em meus cabelos
antes de seguir
seu perpétuo curso.

(Kalanchoe Amarela)

Inserida por ana_claudia_fuschini

⁠Ao longo das Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, encontramos uma verdade profunda e central ao caráter de Deus: Sua misericórdia não anula Sua justiça, mas frequentemente a suspende em favor do arrependimento, revelando que o amor é a essência da Sua vontade.

A justiça de Deus é real, santa e inegociável. Ele não faz vista grossa ao pecado. No entanto, a mesma Bíblia que revela o Deus justo, também revela um Deus “compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e fidelidade” (Êxodo 34:6). Isso não é contradição — é equilíbrio perfeito. Deus não se apressa em punir, mas se alegra em perdoar (Miquéias 7:18-19). O perdão de Nínive, por exemplo, não foi porque a cidade era justa, mas porque Deus desejou dar uma oportunidade de arrependimento (Jonas 4:2).
Mesmo no livro de Lamentações, escrito em meio à dor do juízo, o profeta reconhece: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lamentações 3:22-23). O juízo era merecido, mas a misericórdia limitou seus efeitos.

No Novo Testamento, Jesus intensifica essa compreensão. Ao citar Oséias, Ele declara: “Quero misericórdia, e não sacrifício” (Mateus 9:13). Ele não está negando os princípios da Lei, mas mostrando que o coração da Lei sempre foi a misericórdia movida por amor. Por isso, Ele resume todos os mandamentos em dois: amar a Deus e ao próximo (Mateus 22:37-40).
Paulo reforça essa ideia ao afirmar que “a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3:6). O problema não está na Lei, mas no uso incorreto dela — quando é usada como instrumento de condenação sem levar em conta a graça de Deus. Por isso ele também afirma que “o amor é o cumprimento da Lei” (Romanos 13:10).

Tiago vai além: “A misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tiago 2:13). Isso não significa que Deus é injusto, mas que Ele sempre oferece misericórdia antes de aplicar o juízo. O julgamento vem, sim — mas somente depois de muitas oportunidades de arrependimento.
Em Efésios 2:4-5, Paulo deixa claro: “Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões”. Ou seja, a misericórdia é a iniciativa de Deus diante da nossa culpa.

Portanto, fica evidente que o Espírito da Lei — ou seja, o amor e a misericórdia — sempre foi mais importante que a simples observância da letra da Lei. A justiça divina não é desprezada, mas temperada pelo amor. A cruz é a maior prova disso: em Cristo, a justiça foi satisfeita para que a misericórdia pudesse nos alcançar.
O Evangelho não é um sistema de legalismo, mas uma mensagem de reconciliação. Deus é justo, mas deseja salvar. Ele é santo, mas Se inclina ao pecador arrependido. Por isso, o cristianismo verdadeiro é marcado não por rigor dogmatico, mas por fidelidade à verdade, temperada com graça, amor e compaixão

Inserida por CaioSantos2020

⁠Que possamos criar um mundo onde todas as mulheres sejam livres: um sonho antigo, uma chama que arde, um grito que ecoa através dos séculos. Um mundo onde a feminilidade seja celebrada, não reprimida; onde a beleza seja respeitada, não objetificada.

Inserida por srtacas

⁠e foi nasruas do antigo
onde eu nunca cheguei a te levar
que eu percebi que meu corpo anseia por ti
que teu cheiro mexe com meu cérebro, mesmo sem perfume
deixa-me em êxtase

naquele dia molhadas de água salgada
quando vejo, já estou a abrir minha caixa
tentando buscar meu lar

eu disse que ficaríamos juntas
mas me pego questionando
se algum dia
tu vais querer voltar.

- depois de todo esse tempo, eu ainda te amo

Inserida por deceasednysmia

Já diz, há muito ⁠tempo o, antigo ditado, de que "mineiro come quieto"...
E, descobri que ele come sim quieto e que por isso come duas vezes...
Uma, quando come..., e a outra quando descobrem...!

Inserida por marcelocostapereira

⁠O pêndulo oscilava com a precisão de um antigo relógio cósmico, e cada movimento sussurrava a mesma profecia: Serás mais do que rico. Serás fonte. Porque quem carrega a frequência da abundância... atrai tudo o que ainda não foi criado.

Inserida por pensadorposmoderno

⁠Despedida de um Romântico

Sou um antigo romântico...
Mas o romantismo, esse, morreu em mim.

Deixar as emoções tomarem conta já não faz bem.
O romantismo é uma linguagem que poucos ainda entendem
e demonstrar demais, hoje, só afasta.

Por isso, guardo esse lado em gavetas trancadas.
Seja como o gelo: frio, distante.
Ou, às vezes, como o fogo:
acende por instantes, aquece por minutos... e depois se apaga.

O antigo romântico se retira de cena.
O romantismo se foi.
Talvez quem sabe, um dia volte.

Gabriel da Silva Salvador
Pensamentos da Madrugada

Inserida por Gabrielsalvador

⁠A última besta do Apocalipse será uma renovação do antigo Império Medo-Persa, com uma nova roupagem de “religião militar” nos tempos do fim?

Gênesis 16:11-12 | Daniel 2:32-33, 39 | 7:5, 8, 20-21 | 8:9-12, 23-25 | 11:2-5, 36-38 | Apocalipse 13:1-2 | 17:1-18

Inserida por paulodgt

⁠Hoje eu poderia ter me rendido
Rendido a um desejo antigo
Aos maços de cigarro que um dia me fizeram companhia;
A segurança que sentia ao procurar aquele abraço;
Aos sorrisos falsos e álcool sempre ofertados;
E caso continue citando, me tornaria uma covarde, revirando uma eu que não existe mais!

Inserida por Indomavelalegoncalve

⁠Se desejarmos que a igreja seja curada, precisamos voltar para o caminho antigo, para Sã Doutrina, para Ortodoxia e para o arrependimento. Precisamos expurgar o liberalismo teológico e as novidades doutrinárias que se infiltraram dentro da igreja. Esses sofismas geraram empresas da fé, ONGS cristãs políticas, celebridades gospels, doutores em nada, comportamentos pecaminosos, abusos, autoritarismos, acobertamento de pecados da liderança, e mentiras públicas para blindar a instituição e seus líderes. Tudo isso prejudicou e continua prejudicando a igreja.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠O Relógio

O Nômade deu ao Tigre seu relógio antigo, aquele herdado do avô, como símbolo de lealdade. “Pra você lembrar que sempre pode contar comigo.” Mas, semanas depois, descobriu que o Tigre o vendera por qualquer trocado e ainda contava mentiras sobre ele. Na vitrine da loja de penhores, o relógio parecia rir. Amizade é tempo — mas às vezes é só perda de tempo.

Inserida por Vozqueninguem-ouve

⁠Como um antigo museu, com seus achados e descobertas, assim também é minha linguagem. Palavras que desvelam pensamentos ocultos, em que palavra puxa palavra e dançam na busca de significados. As palavras são peixes dourados, escorregadios, habitantes da nevoa marítima. Questiono e eu mesma respondo, como o sol que nasce na serra. Eu sou uma pessoa curiosa e conheço os frutos de cada árvore. Sou simples e clara como um feixe de luz.Caminho estradas em que desconheço o seu fim. Apenas caminho, porque tenho pernas e desejo de descobrimento. Posso me aquecer ao sol e esquecer toda complexidade do meu ser. Hoje o dia está farto e caminho entre entre a paz e a malemolencia. Busco imagens traduzam meu estado de espírito. E seria algo fluido como a massa de um pão, que alimenta e perpétua a tradição. O pão que nutre o corpo é a história. Sou eu assim leve e densa, mas busco água profundas que me desconstruam e me mostrem outra fase de mim mesma. Mas o tempo passa suave e não vejo o caminhar das horas. Sou como um relógio, que gira e volta ao mesmo ponto. Mas transcendo é destruo o tempo na palma da minha mão. Posso assim viver o eterno que há em mim. Eu, dona de mim. Num tempo paralelo, em que só existem letras e palavras.

Inserida por monalisa_1

A Dor Que Não Tem Nome
⁠Acordo e já estou cansado,
como se viver fosse um fardo antigo.
Cada dia pesa dobrado,
e eu sigo — mas nunca sigo comigo.

O espelho não me reconhece,
me olha com pena, com nojo, talvez.
Meu corpo é só o que permanece
de alguém que já morreu mais de uma vez.

As vozes aqui dentro gritam,
mas ninguém do lado de fora ouve.
Sorrisos forçados imitam
uma vida que há muito não coube.

Tem dias que o ar parece ferro,
e cada passo é um crime lento.
O mundo gira, eu me enterro
mais fundo em meu próprio tormento.

A comida não tem mais gosto,
a música me dá desgosto.
O toque é como espinho exposto,
e o futuro... é um céu sem rosto.

Já tentei pedir socorro
em olhares, palavras, mensagens.
Mas tudo soa tão oco e torto,
como gritar em paisagens selvagens.

E o pior não é querer morrer —
é não conseguir mais querer viver.
É ser um corpo que existe por hábito,
um suspiro vazio, um peso estático.

Se um dia eu sumir, não estranhe.
Foi só a dor que me venceu sem barulho.
A tristeza é uma água que banha
até que a alma se afogue no entulho.

Inserida por silvano_eising

⁠Nunca volte ao padrão antigo de atenção, se dava dez, agora dê cinco... Se o outro lado quiser, que caminhe metade do percurso até você...

Inserida por ThiagoCalado

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