Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
Não, não alimento rancores;
Não,não ofendo as pessoas deliberadamente.
Não uso e não gosto de palavras rudes.
Prefiro sempre o afastamento ao confronto!
Não por que eu seja propriamente "boazinha",
mas por prezar a serenidade e para mim,
nada neste mundo é mais sagrada que a minha paz de espírito. Cika Parolin
Por mais que tentemos negar, nem só de bons estamos cercados.
Tanto o bem, como o contrário dele, renascem todos os dias
e podem vir aperfeiçoados em suas formas e métodos.
Mas é preciso continuar crendo que a bondade sempre sobrepujará o mal, para que não se perca, em nós, a esperança e a fé. Cika Parolin
Não sou pessoa de natureza frágil, amarga ou triste!
Acredito sinceramente que isso é uma questão de escolha.
Eu decido como me sentir diante das adversidades que todos os dias tentam assombrar o existir e não me permito curvar-me a elas. Apenas nisso se resume o meu viver: Em usufruir cada dia da melhor maneira que eu puder; sem ferir e sem permitir que me firam. Cika Parolin
Há ocasiões em que basta uma crítica negativa dirigida a nós
que nos deixamos abater
e nos desmotivamos a seguir nossos planos...
É preciso aprender a sublimar os julgamentos alheios,
sem arrogância... mas ter em mente que nem sempre,
as opiniões vindas de forma pouco construtiva,
devem ser levadas em consideração.
Cika Parolin
É da minha natureza compreender e seguir regras...
Entendo que desde o momento em que as aceito,
mesmo que seja difícil cumpri-las,
deverei seguir honrando minha palavra.
Há uma premissa inglesa que diz :
" É difícil, é duro, mas se é a lei ..." e de alguma forma a sigo.
Tudo isso para falar da falta de observância, de algumas pessoas, às regras básicas de boa convivência como a pontualidade, o cumprimento à palavra empenhada, o aceitar as regras combinadas...Simplesmente compreender que: "Nada que tenha sido acertado com antecedência custa caro demais".
Cika Parolin
Talvez fosse setembro... não se sabe ao certo o ano... mas era de tenra idade e já tinha de ser mais adulta do que de fato era. Sentia culpa por poder correr e brincar... enquanto seu gêmeo apenas olhava com o rosto contra a vidraça.
Um tempo em que tudo o que ela pedia a Deus, aquele Senhor de barbas brancas, era que ELE ajudasse a inventar algo que fizesse seu irmão a andar. Claro que ele não inventou nada a tempo e o levou bem antes disso. Ficaram lembranças de um menino inteligente, que desenhava e adorava orquestrar travessuras que ela cumpria passo a passo.
Muitos e muitos anos depois, ainda restam os porquês dos desígnios e ironias da vida que "premiam" alguns com cruzes demasiado pesadas e outros com cruz nenhuma.
Parece algo triste, mas não... são as lições de humildade que se aprende à duras penas e que se carregam até o fim.
Cika Parolin 29 de outubro de 2017
Vagas lembranças do que fomos...
O encontro dos nossos olhos já nada diz
e eles quase não se buscam mais.
Nossas bocas já sem juras, sem palavras...
Nenhum gesto... tudo se diluiu.
Nossa história naufragou
nas ondas do silêncio
que se fez escuridão...
E agora só há essa noite
que abafa os sussurros agonizantes
do amor que tenta fazer-se ouvir, em vão.
Cika Parolin
Qual é o mérito e o que uma alma ganha
depreciando o sofrimento alheio?
De minha parte fico chocada com a dureza de certos corações que não se comovem, não se solidarizam
e muito menos mantém um silêncio respeitoso diante da morte.
Como se não tivessem família, filhos, pais...
Triste, feio, desumano... julgar sentimentos
e a forma como cada um expressa sua dor.
Cika Parolin
Se só por alguns instantes nos colocássemos no lugar do outro
(amigo ou não) e nos perguntássemos:
"Como eu me sentiria se estivesse no lugar dele?" ,
muitas atitudes desrespeitosas não seriam cometidas.
A insensibilidade, o desrespeito, a falta de solidariedade
são atos que só se corrigem quando nos doem na própria carne.
Cika Parolin
É NATAL... pensemos:
MENOS na roupa que queremos exibir.
MAIS em quem tão pouco possui
e nada tem para vestir.
MENOS nas comidas elaboradas para a ocasião.
MAIS na falta de remédios e alimento
que aflige quem não tem ao menos o pão.
MENOS em presentes
a quem não precisa
e nem deles faz tanta questão.
MAIS nas crianças desvalidas
para quem um agasalho, um caderno, um calçado...
facilitaria imensamente a vida
e lhes traria alento ao coração.
Que a lembrança do Menino Jesus, na manjedoura,
nos faça pensar mas, acima de tudo,
que nos motive a AGIR como irmãos.
Cika Parolin
Ah... não discuto miudezas...
Há tantos momentos bonitos para se viver,
tanto carinho para retribuir,
tantas belezas para apreciar
que me recuso a competir
por uma ínfima restiazinha de sol.
Se usarmos apenas o sol que nos cabe
e permitirmos que o outro se aqueça nele também..
não haverá por que discutir
aquilo que o PAI para todos criou.
Cika Parolin
Quando se trata de "Ser Feliz",
não faço concessões...
Aprendi, desde muito cedo, a não dar tanta importância
a acontecimentos desagradáveis.
Poupo-me para viver intensamente os momentos felizes
e me fortalecer para as perdas e vicissitudes
que realmente não estão ao meu alcance evitar. Cika Parolin
Não vim ao mundo para arrastar as correntes das mágoas e dos rancores. Creio que o precioso dom da vida me foi concedido para algo melhor que isso e não pretendo desperdiçar um único segundo com o que não seja para o bem-viver. A serenidade e o entendimento me interessam sobremaneira.
Cika Parolin
Minha saudosa Mãe,
em sua simplicidade era um ser de extrema sabedoria.
Quando alguém ou algo nos feria,
dizia com a maior naturalidade:
" Na vida é como escolher feijão: Você separa o que não presta e joga fora. É só separar o bom do resto, senão você vai acabar engolindo coisa bichada ou até mesmo algumas pedras".
É minha querida Dona Marichen tinha a tão apregoada "Inteligência Emocional", mesmo sem imaginar o que era isso.
Cika Parolin
Todos os dias faça um exercício de "bem-se-querer".
Tire uns minutinhos para você e se olhe detalhadamente no espelho. Não pense na sua idade, no seu peso, no que você veste, nas linhas da sua pele e nem nos problemas que enfrenta. Apenas olhe com carinho para a pessoa que se reflete no espelho: VOCÊ! Pense que ali está alguém que você admira!
Pelo ser bonito em que se transformou, pelos erros e acertos que o(a) prepararam como gente; pela alma iluminada que possui.
Você é único(a)! E foi premiado(a) com o presente mais precioso
que possa existir: A SUA VIDA!
Agora sorria para você e diga: "Eu me amo, eu sou alguém que distribuo e atraio o bem. Todos ao meu redor gostam da minha companhia, pois minha alma vibra de amor, solidariedade e
respeito por mim e por meus semelhantes".
Cika Parolin
Florestas, mares montanhas...
Entre nós levantaram-se tantos obstáculos!
Mas cá estamos:
Sobreviventes do sentimento que não mede distâncias,
muito menos o cruel passar do tempo!
Da mata escura, das pedras removidas,
das águas que pretendiam nos afogar
restou o nosso imensurável afeto,
eterno como as nossas almas.
Cika Parolin
Na entrada de uma antiga cidadezinha, na divisa entre a Itália e a Suíça, há uma placa com os dizeres que em português corresponde a : " Nada a temer, se praticas o bem".
Não lembro mais o nome da cidade, mas tal pensamento passou a me acompanhar. Diante de um receio qualquer
pergunto-me se ele provém de algo ruim que eu possa ter feito.
Caso a resposta seja "não", imediatamente afasto-o da minha mente e sigo em paz.
Cika Parolin
Talvez por eu ter aprendido, desde a concepção, a dividir espaços(sou gêmea), esteja em meu DNA aceitar com naturalidade que todos têm exatamente o mesmo direito
à luz do sol, ao oxigênio, a escrever livro,
a realizar o que quer que seja.
Falo em esquecer competições e mesquinharias bobas.
Falo em não permitir que o nosso reduzido tempo no Universo
seja consumido por atitudes de natureza escura;
falo em compreender que nosso caminhar pode
e deve ser realizado com leveza
e com sentimento de espírito coletivo.
Juntos seremos mais fortes. Cika Parolin
Quantos caminhos percorri!
Os de pedras que feriram os meus pés;
os de relva úmida que os refrescaram;
os de pétalas aveludadas
que tornaram a caminhada inesquecível;
os difíceis e os agradáveis,
os belos e os nem tanto.
Foram as minhas veredas
e nelas ninguém além de mim
poderia transitar, faziam parte
dos meus rumos.
Cika Parolin
Para se falar em homenagear a Mulher dos tempos atuais, independente, emancipada, dona do seu corpo... é preciso antes viajar no tempo.
Ao tempo das gerações de mulheres que chegaram antes de nós, das décadas anteriores aos anos sessenta que passavam do jugo do pai
para o do marido e lhes cabia apenas a obediência cega, uma vez
que dependiam primeiro de um e depois de outro.
Em seguida vieram as mulheres da geração sessenta/ setenta
(onde me incluo) que mudaram tudo:
Não queriam mais ouvir, do pai, que filha mulher não precisava estudar, apenas fazer um bom casamento e que lhes restasse a esperança que o tal marido não fosse violento.
Não queriam mais repetir o modelo de dependência masculina
e foram à luta, mesmo passando a exercer dupla jornada.
Não queriam que a natureza decidisse quando e quantos filhos teriam, mesmo servindo de cobaias para a recém descoberta pílula anticoncepcional.
Não queriam mais o rótulo de "largadas", "separadas", "desquitadas",
queriam o divórcio.
Queriam, estudar, trabalhar, viajar, namorar, morar no estrangeiro e principalmente tomar as próprias decisões.
A par da emancipação política do País, lutaram por sua própria
emancipação como Mulher e abriram caminho para as mulheres das novas gerações, deixando-lhes como legado a liberdade de ser e fazer, coisa por muitas décadas sonhada.
As jovens mulheres de hoje, quando as veem envelhecidas, caminhando pela rua, não supõem que ali estão as mulheres
valentes que levantaram bandeiras, que conquistaram os direitos ora transformados em lei. Muito se deve a essa geração de mulheres que ainda hoje alguns chamam pejorativamente de "feministas". Cika Parolin
