Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
Para uma garota
Quem fala, perde a língua.
Quem perde a língua, perde sua verdade.
Coitado do guri , enterrado com seus pés vivo
Fazeres um arem em demasia
Acabe logo com seu suco de veneno
A noite gira tanto e tudo parecem não ter fim
E quando te dei o céu das minhas palavras
O chicote do homem branco sorriu como a um escravo
Ta doendo tanto e já nem sei em qual estação estou,
Vou matar este soldado de minha alma militar
Aproveitando que estou sangrando de ilusão
Sangrando a carne talvez cure o coração.
Para onde vão as palavras de amor não ditas?
Esquecidas em orfanatos por serem precoces demais
Envelhecidas em asilos..
por terem enrugado e perdido a independência
Amarradas em camisa de força
por serem insanas e incontroláveis
Suplicando nas sarjetas
por precisarem de ajuda
Nas fotos dos desaparecidos
por um dia ter virado saudade
Se por ventura elas forem vistas por ai
diga que sinto fala.
sinto muita falta.
Tem gente que subestima o amor. Acha que pode ir e seguir deixando-o para trás. Que o tempo fará o seu papel e cumprirá a sentença do fim. Que termina e não volta, mesmo com o coração pedindo pra voltar. Que prefere morrer de saudade, a morrer de amor.
Só que o orgulho e a vontade não ocupam o mesmo lugar. Um só vence a batalha interna no coração da gente. Beijam-se outras bocas. Viajam pelo mundo ou através dos sonhos. Aumenta a intensidade do som e quantidade da bebida na balada. Mas a gente sempre se esbarra com a lembrança do que tem que ser da gente, né?
E a cada tombo de realidade que a gente toma, um gole de esperança desce pela nossa garganta quando concluímos que esquecer não será tão fácil como imaginávamos que fosse.
É que não há dinheiro no mundo que suborne um coração para ele esquecer uma história. O amor não se vende. Não se entrega a felicidade momentânea que sentimos ao acreditar que estamos prontos para seguir. O amor luta pela nossa felicidade, apenas isso.
Não existe casa na praia. Lanchas ou bebidas caras.
Melhor balada? Esqueça. O amor não se deixa iludir pelo excesso de coisas que fazemos para despistar os nossos maiores sentimentos.
Por isso a gente larga tudo por ele e vai até os braços onde os nossos abraços conseguem ter paz. Por isso os antigos diziam que o amor não tem preço. Por isso ele não vem com etiqueta. Muito menos encontramos nas vitrines em promoção.
Atravessamos o oceano se for preciso. Movemos céus e terras pelo amor com ainda mais intensidade do que tínhamos quando queríamos esquecer que o amor existe. E quando mais uma batalha é vencida, a torcida vibra.
Porque não é o casal que vence, sabe? É o amor que fez mais um gol no jogo da vida! E a gente consegue acreditar na sua força com mais coragem pra viver a nossa própria - até então inevitável - história de amor. #OxenteEd
Tenho visto muitos textos
de mulheres a dizer como os homens têm que ser,
um claro sinal de insatisfação feminina.
Mas, afinal, essas mulheres já se perguntaram
como os homens acham que elas têm que ser?
Estão tão convictas da satisfação masculina com elas?
Homem é mesmo um idiota para o qual apenas
ser bonita e gostosa basta? Pensamento medíocre, não?
Afinal, são apenas os homens que precisam de dicas
sobre como deveriam ser, queridas mulheres?
Nossa alma tem estranhas veredas.
Podemos ouvir ou ler, chocados em maior ou menor grau, a notícia de um massacre de crianças e esquecer o fato no instante seguinte, continuando a viver como se nada tivesse acontecido.
No entanto, se na rua um amigo estimado nos nega o cumprimento, voltamos para casa abalados e passamos uma noite insone, a nos revolver na cama e pensar no "fato" com uma impressão de catástrofe.
Carrego seu coração- poema de E. E. Cummings)
Eu Carrego seu coração comigo
(Eu o carrego no meu coração)
Eu nunca estou sem ele
(onde quer que eu vá, você vai, minha querida;
e o que quer que eu faça sozinho, eu faço por você, minha querida)
Eu não temo o destino
(porque você é o meu destino, minha doçura)
Eu não quero o mundo por mais belo que seja
Porque você é meu mundo, minha verdade.
Este é o maior dos segredos que ninguém sabe.
(Você é a raiz da raiz, e o botão do botão
e o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce mais alta do que a alma pode esperar
ou a mente pode esconder.
Este é o milagre que distancia as estrelas
Eu Carrego seu coração
(carrego no meu coração)
Se uma imagem vale por mil palavras, por não estar me vendo agora é que preciso de mil palavras pra te descrever o que sinto. Eu filho do sol de corpo imortal encontrei em ti, moça dos olhos serenos, uma paixão lunar.E a tua luz refletida no mar me faz querer andar por sobre as águas como se eu pudesse mesmo caminhar por sobre elas.
Ah essa condição humana marcada pela transitoriedade, esses laços que se desfazem com qualquer vento contrário, esses momentos que acabam. O mundo foi feito para girar e enquanto ele roda, tudo se transforma ou acaba. O que poderia essa minha paixão contra todas essas probabilidades?
E nossa saída para essa impossibilidade terrena é o Nosso destino cósmico, que sempre quis que feito duas estrelas, cada um em sua galáxia,brilhássemos.E assim desconectados nossa esperança sempre foi que os nossos raios de luz um dia pudessem em algum confim do universos se encontrar.E eles se encontraram!
Por isso não te quero como um prolongamento meu, nem desejo amar-te feito uma criança, que ama pela necessidade de sobrevivência.Amo-te pelo que me faz sentir, pelo significado que dá a minha vida e pelo que vejo refletido de mim em ti.
Ao unir a minha luz a tua luz juntos iluminaremos o caminho que se abre infinito a nossa frente, mesmo em meus momentos mais solitários, naqueles de mais vazio, sempre senti no fundo a sua presença, porque no fundo sempre soube que embora na distancia, jamais fomos separados....
Eu li num livro
Que amar nem sempre é sinônimo de dor
Que a gente deve acreditar no destino seja o que for
E que o sentido da vida é nada mais que o amor
Eu li num livro
Estava escrito nas entrelinhas
Que um erro pode ser consertado
E que uma pessoa não deve ser julgada apenas pelo seu passado
Eu li num livro
Que a esperança é a ultima que morre
Que o covarde é o primeiro que corre
E que um sonho as vezes é só um sonho
Estava escrito em cada linha
Que as vezes a culpa não é sua nem minha
Que uma pessoa pode até viver sozinha
Mas sempre vai precisar de alguém em seu coração
Eu li num livro
As palavras que eu gostaria de ter escrito
Porque o que é belo nem sempre é bonito
E um sussurro dito aos ouvidos
poderá soar como um grito
"...Passou tempo e eu não esperava que, um dia, chegasses. Mas passou tempo. Um dia, chegaste.
Caminhávamos na rua. Eu pensava em qualquer coisa que não era a ideia de chegares,
como uma avalanche que arrasta tudo à sua passagem, como uma multidão a pisar cada pedaço
de terra. E a rua ficou deserta quando nos aproximámos. Éramos desconhecidos no instante
em que olhámos um para o outro. Passou esse instante e, dentro de nós conhecemo-nos.
Chegaste. Eu não te esperava. Contigo trouxeste a ternura, o desejo e, mais tarde, o medo.
Chegaste e eu não conhecia essa ternura, esse desejo. Em casa, no meu quarto, neste quarto,
revi os teus olhos na memória, a ternura, o desejo. E, depois, aquilo que eu sabia, o medo.
E passou tempo. Eu e tu sentimos esse tempo a passar mas, quando nos encontrámos de novo,
soubemos que não nos tínhamos separado..."
As sete verdades do bambu
Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô, corre aqui!
Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e…
…este bambu tão fraco continua de pé ? Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.
A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.
Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.
Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sòzinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.
A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.
A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ). Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.
A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é : ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.
As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam d pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!
Quinze anos! é a idade das primeiras palpitações, a idade dos sonhos, a idade das ilusões amorosas, a idade de Julieta; é a flor, é a vida, e a esperança, o céu azul, o campo verde, o lago tranquilo, a aurora que rompe, a calhandra que canta, Romeu que desce a escada de seda, o último beijo que as brisas da manhã ouvem e levam, como um eco, ao céu.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar...
Nota: Trecho de texto de Marla de Queiroz. Por vezes, é atribuído de forma errônea a Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector.
...MaisSois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.
Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade.
Não acredito que existam qualidades, valores, modos de vida especificamente femininos: seria admitir a existência de uma natureza feminina, quer dizer, aderir a um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas. Não se trata para a mulher de se afirmar como mulher, mas de tornarem-se seres humanos na sua integridade.
Então você está confusa com seus sentimentos. Ele apareceu tão de repente na sua vida, com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz, sem pedir coisa alguma, meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteróide. A princípio você nada percebeu de diferente. O susto veio quando você se lembrou das palavras da raposa, explicando ao Pequeno Príncipe o que era ficar cativo: É assim. A princípio você senta lá e eu aqui. Depois a gente vai ficando cada vez mais perto. Os passos de todos os homens me fazem entrar dentro da minha toca. Mas os seus passos me fazem sair…
Discutir com o ignorante é uma das tarefas mais difíceis deste mundo. As razões do debatedor inteligente, culto, são transparentes: exibem-se no conteúdo do seu discurso, porque ele mesmo as pensou e as colocou ali. As do ignorante, sendo desconhecidas dele próprio, vêm de uma atmosfera social difusa, entre obscuras associações de ideias,automatismos de linguagem e mil e um pressupostos mal conscientizados. Desencavá-las é como analisar um sonho. Você tem de mergulhar fundo no inconsciente coletivo para descobrir de onde o cidadão tirou os motivos de crer naquilo que afirma.
Não entendo a tristeza como ausência de felicidade. Acho que elas coexistem. Somos felizes e tristes. Felizes porque tentamos entender a nossa missão. Tristes porque assim tem de ser. A tristeza nos empresta respeito ao outro e percepção mais aguçada da dor. Talvez tristeza seja ausência de alegria, de riso fácil, não de felicidade.
Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!
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