Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

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Mundo?
Posso dizer que voce é o melhor pedaço dele
Historias?
Posso entender que a nossa é a mais bela
Vida?
Posso dizer que valeu apena passar do seu lado
Mesmo que tão pouco
Memorias?
Simples,so voce
Mudanças?
Talvez as piores,mais necessárias
Entender?
Pois é ne,é a vida

How can all change in a second?
For now it will be asim

DEPOIS QUE TUDO FICA ESCURO...

Poderes... Nuvens...
Sol... Mar...
Sal... Vento...
Calor... Lua...
Brilho... Calor...
Frio... Brisa...
Sono... Estrelas...
Pássaros... Nasce...
SONHOS...
Você... Graça...
Sentido... Existiria...
Banquete... Momentos...
Glorioso... Mundo...
Louco... Chama...
Escurece... Chega...
Escurece... Iniciam...
Imagem... Comigo...
Criando... Cenas...
(...)
ESCURO... Olho...
Descubro... Nunca...
Presente... Toquei...
Senti... Sempre...

Se poderes tivesse, te levaria para as nuvens, nos banharíamos ao Sol escaldante, na vastidão do mar te molharias, espremeria uma pequena nuvem onde tiraria todo o teu sal.
Te secarias com o vento e o calor do sol, agora morno por já esta se pondo.
Em uma grande, magnífica e estupenda vista de um incrível pôr-do-sol com você, esperaríamos a lua chegar com sua imensidão de Beleza e Brilho me permitindo ter duas maravilhas para admirar, e, se calor ou frio sentires, faria uma brisa de sua necessidade passar para te cobrir.
E quando o sono chegasse, com o brilho da lua e das estrelas no céu te colocaria para dormir e deixaria o canto dos pássaros a te minar.
Passaria todo o tempo cuidando para que sono pudesse ser tranquilo.
Instantes antes do grande astro rei mostra-se novamente para a humanidade, te despertaria e te levaria onde o sol nasce mais belo...
"EM MEUS SONHOS"
Mas ele não é o mais belo por ser em meus sonhos, e sim, pelo simples fato de você esta em meus sonhos.
Sem você ele não teria graça, sentido... Nada disso teria sentido ou existiria.
Um banquete te serviria, faria chegar até você.
Após, te proporcionaria OS mais belos momentos de apreciação de uma vista exuberante ao seu redor.
Findando estes pequenos instantes gloriosos contigo vividos, te retornaria para o teu mundo. Louco para ter-te novamente.
E algo chama... Tudo escurece...
(...)
E algo chega... Tudo escurece...
Meus sonhos se iniciam formando a sua imagem, formando você, você comigo. Criando cenas onde só podem ser vividas aqui...
Mas, DEPOIS QUE TUDO FICA ESCURO...

Abro os olhos...
Descubro que nunca te tive...
Que nunca esteve comigo...
Mas era Tão presente, eu te toquei...
Te senti...
Você não estava aqui, comigo...
Mas te tenho sempre...

INFINITOLHOES DE BEIJOS.
FERNANDO LÊDO

Feliz Ano Novo

Era final de uma noite,
ou talvez o começo de um dia,
o céu brilhava muito mais,
além das estrelas que tinha.

Vozes e canções se ouvia,
algo diferente acontecia,
Naquele minuto, entre a noite e o dia.

Luzes coloridas anunciavam a mágia,
os rostos se enchiam de pura alegria,
e os corpos vibravam de tanta energia.

As pessoas se abraçavam em demasia,
esquecendo as angustias que o coração trazia
e enxugavam a lágrima que no rosto escorria.

Mas o que de fato acontecia,
era um novo ano que surgia.
Do céu o amor que vinha,
embalavam a todos
como um som de uma sinfonia.

NASCER... CRESCER... MORRER... RENASCER PRA VENCER!

(Interagindo com a poesia de Vera Jacobina NASCER, CRESCER, MORRER...)

É mesmo assim e quando me refiro a morte é nesse sentido... Sem temê-la por tê-la como referência óbvia da vida. Morrer é o mesmo mistério que temos em relação a Deus. A gente nada sabe, mas sabe com certeza que ambos existem. Agora, a gente morre, inclusive, todo dia e renascemos em plena vida, diariamente - a cada derrota ou adiamento das soluções dos nossos problemas, assim como um treinamento cotidiano para encararmos a própria morte, que afinal, não deixa de ser a grande solução! "Quando não há mais nada a se fazer..." Tudo já ter-se-á sido feito, porque:

"Quem não tem mais nada a perder, só vai poder ganhar!" (Vinícius de Moraes / Edu Lobo)

Flores no dia das mulheres...
Flores no dia dos namorados...
Flores no dia das mães...
Flores e flores...
Mais valem flores num dia qualquer, pois todo dia é dia de vocês mulheres, quer sejam mães, namoradas, amigas. Seres perfeitos mesmo nas suas imperfeições. Ser que gera a vida, eis que divino! Amo, admiro, respeito e considero as mulheres da minha vida...
Um carinhoso beijo e abraço apertado nelas!

A caixinha......

Em uma pequena caixinha,
queria poder colocar,
o que uma fadinha,
sugeriu para te presentear.

Ela sussurrou no meu ouvido,
como se estivesse a cantar,
-Coloque na caixinha:
Um pouco do céu, da terra e do mar.

Fiquei imaginando,
de que forma colocar.
Para que tudo coubesse,
e a caixinha pudesse fechar.

Do céu peguei uma estrela,
mas uma estrela toda não caberia,
então peguei a poeira do rastro,
que ela deixava quando caía.

Da terra, eu queria colocar,
a mais bela rosa que eu pudesse encontrar.
Mas lá a rosa não poderia sobreviver,
então coloquei a semente para que você pudesse ver,
a rosa um dia nascer......

E por fim ainda restava,
um espaço para colocar,
algo da imensidão,
de todo aquele mar.

Então eu coloquei,
no espaço que faltava,
uma pequena conchinha,
que trazia dentro dela,
um pouco do mar em uma única gotinha.......

Depois de fechar a caixinha,
eu pude perceber,
que lá dentro estava,
um pedaço do mundo, de presente para você............

⁠Sou procurado vivo ou morto nesta terra, mas não tem recompensa alguma. É que alguns corações que parti no caminho querem a minha cabeça, imploram por alguma justiça. Se ao menos eles soubessem que a dívida já foi cobrada a muito tempo, por outra pessoa que coleciona corações.

@fer_machado_escritor

⁠Fome
A pobreza nos tornou Africanos.
Nossa África nos tornou vítimas da colonização.
Nós somos Africanos de raíz.
A pobreza nos faz acreditar no amanhã.
Nós somos pobres Africanos, a esperança nos faz crer no amanhã.
Nós somos pobres, pôs somos africanos.
Mas tenho que lutar sim
Lutar contra essa maldita pobreza, pôs sou Africano.
Sim acreditar no amanhã não sentirei mais fome.
Sim sou Africano ter esperança me faz não sentir a pobreza.

⁠E assim se passaram 10 anos...

Pois é, aqui estamos nós, quem diria, não é mesmo? Há exatos 10 anos, no dia 30 de dezembro de 2014, me preparava para deixar Imbariê, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, e iniciar uma nova etapa da minha vida em Rio Doce, Olinda. Durante o ano de 2014, trabalhei intensamente na praça de Imbariê, despedindo-me das minhas clientes. A cada mês, adquiria um novo item para a casa: geladeira, fogão, máquina de lavar. As entregas desses produtos eram feitas diretamente em Olinda, na casa da minha prima, aqui em Rio Doce.

Nasci em São Paulo, na zona leste, na maternidade Leonor Mendes de Barros, mas foi uma passagem rápida. Antes mesmo de completar um aninho de vida, já estava novamente em Olinda. E foi aqui que passei toda a minha infância, até os 14 anos, vivendo a experiência única de crescer no Nordeste. Foi aqui que aprendi a me conectar com as raízes nordestinas, com as pessoas e com a cultura local, que ficaram no meu coração para sempre.

Cheguei a Olinda em 2014 com a casa praticamente toda comprada, tudo planejado minuciosamente para montar o lar assim que chegasse. Tinha acabado de vender minha casa e possuía recursos para adquirir um kitnet ao chegar aqui. As expectativas eram grandes. O principal motivo que me levou a decidir morar em Olinda foi a praia. Sempre desejei viver próximo ao mar, apreciar o amanhecer e o entardecer, viver a vida à beira-mar. Esse sonho, que não consegui realizar durante tantos anos, foi finalmente concretizado aqui.

A vida em São Paulo era uma correria constante: metrô, ônibus, trabalho estressante. Mas foi um grande aprendizado; chego a sentir saudade dos momentos vividos naquela cidade. Olinda, com seu ritmo tranquilo e sua energia calorosa, me ofereceu o oposto: um lugar onde pude respirar mais livremente. Sempre fui um paulistano com alma nordestina, e quando cheguei aqui, senti que finalmente encontrava o meu lugar. Olinda, conhecida como cidade dormitório, oferecia uma vida mais simples, mais calma, mais conectada com a natureza. Aqui, fui acolhido por uma cultura cheia de cores e sons, que, no fundo, sempre senti que fazia parte de mim.

Nos últimos 10 anos, ao longo de tudo que vivi, conheci poucas, mas pessoas altamente significativas para minha vida. Pessoas que, até hoje, têm sido a minha família. Agradeço do fundo do coração pelas dificuldades que enfrentei aqui e, principalmente, pelas pessoas que estiveram ao meu lado durante esse processo. Essas pessoas se tornaram parte de mim, e com elas aprendi a ser autêntico, a me entregar e a construir minha história com humildade. Não posso deixar de agradecer a elas, pois sem elas, não teria chegado até aqui. Obrigado! Obrigado! Obrigado! Sou grato por tudo, pela paciência, pelo apoio e pela amizade. Cada passo dado foi possível graças a essas pessoas maravilhosas, e sou eternamente grato.

Cheguei em Olinda na madrugada do dia 31 de dezembro de 2014, cheio de expectativas e felicidade por essa nova fase. No entanto, ironicamente, George e Valdir se esqueceram de me buscar no aeroporto. E lá estava eu, mais uma vez, vivenciando a experiência de viver sozinho... Felizmente, a tia Lúcia me salvou, acordando-os para que fossem me buscar.

Os primeiros anos em Olinda foram de adaptação e descobertas, mas a verdadeira conexão com a cidade aconteceu quando encontrei meu lugar à beira-mar. No início da minha trajetória aqui, busquei vários trabalhos e foi então que me encontrei na orla, vendendo coco verde gelado. Foi sensacional! Eu estava na praia de Barro Novo, em Zé Pequeno, e vivi ali por oito anos, vendendo cocada, refrescando turistas e moradores, e sentindo a vibração única daquele paraíso nordestino. Trabalhar à beira-mar, com o som das ondas ao fundo, foi simplesmente maravilhoso. Viver fazendo o que gosto, em plena paisagem de Olinda, foi um presente.

Hoje, já não trabalho mais à beira-mar; a idade, o tempo e a saúde já não me permitem mais, mas continuo fazendo da praia meu porto seguro para descanso, reflexão e passeios. Mesmo sem as vendas de coco verde, continuo sentindo a energia boa da orla de Olinda em meu coração.

Hoje, ao completar 10 anos em Olinda, reflito sobre toda minha jornada. Embora não seja mais festeiro, sempre sonhei com uma festa de aniversário à beira-mar. Tentamos, há 10 anos, organizar uma festa havaiana para os meus 50 anos, à beira-mar, com muitos frutos coloridos, sem álcool, uma celebração lúcida de amor e agradecimento por estar exatamente onde sempre deveria ter estado. Mas naquele dia choveu, e a festa dos meus 50 anos acabou sendo realizada na garagem da casa da Geórgia. Sensacional!

Essa viagem no tempo da minha vida, de Olinda para o Rio de Janeiro, depois para São Paulo, para o mundo, e finalmente de volta ao Rio de Janeiro e, por fim, a Olinda, me fizeram refletir que jamais deveria ter saído daqui. Hoje, vivendo aqui em Olinda, percebo que o lugar especial não é apenas a cidade, mas a capacidade de encontrar em mim mesmo a paz e a conexão que sempre busquei.

Olinda, 30 de dezembro de 2024.

#fernandokabral13

⁠Acho que finalmente envelheci.
Hoje, quando o passado bate à porta,
não me viro mais, não paro para responder,
e continuo caminhando.
Aprendi que, quando tudo desaba
e a vida me desafia,
é apenas um lembrete: o tempo que me resta
é para ser vivido, não desperdiçado.
Carrego anos suficientes para saber:
o passado não é um lar, é uma lição.
Não se vive dele, se cresce com ele.
Não apago o que fui, nem renego o que vivi.
Mas entendi que há guerras que só se vencem
quando temos coragem de abandoná-las.

E a verdadeira vitória? Seguir em frente.

Fernando Garcia

Hora absurda

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso...

Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte...
O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto...
Minha ideia de ti é um cadáver que o mar traz à praia..., e entanto
Tu és a tela irreal em que erro em cor a minha arte...

Abre todas as portas e que o vento varra a ideia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões...
Minha alma é uma caverna enchida pela maré cheia,
E a minha ideia de te sonhar uma caravana de histriões...

Chove ouro baço, mas não no lá-fora... É em mim... Sou a Hora,
E a Hora é de assombros e toda ela escombros dela...
Na minha atenção há uma viúva pobre que nunca chora...
No meu céu interior nunca houve uma única estrela...

Hoje o céu é pesado como a ideia de nunca chegar a um porto...
A chuva miúda é vazia... a Hora sabe a ter sido...
Não haver qualquer coisa como leitos para as naus!... Absorto
Em se alhear de si, teu olhar é uma praga sem sentido...

Todas as minhas horas são feitas de jaspe negro,
Minhas ânsias todas talhadas num mármore que não há,
Não é alegria nem dor esta dor com que me alegro,
E a minha bondade inversa não é nem boa nem má...

Os feixes dos lictores abriram-se à beira dos caminhos...
Os pendões das vitórias medievais nem chegaram às cruzadas...
Puseram in-fólios úteis entre as pedras das barricadas...
E a erva cresceu nas vias férreas com viços daninhos...

Ah, como esta hora é velha!... E todas as naus partiram!
Na praia só um cabo morto e uns restos de vela falam
De Longe, das horas do Sul, de onde os nossos sonhos tiram
Aquela angústia de sonhar mais que até para si calam...

O palácio está em ruínas... Dói ver no parque o abandono
Da fonte sem repuxo... Ninguém ergue o olhar da estrada
E sente saudades de si ante aquele lugar-Outono...
Esta paisagem é um manuscrito com a frase mais bela cortada...

A doida partiu todos os candelabros glabros,
Sujou de humano o lago com cartas rasgadas, muitas...
E a minha alma é aquela luz que não mais haverá nos candelabros...
E que querem ao lado aziago minhas ânsias, brisas fortuitas?...

Porque me aflijo e me enfermo?... Deitam-se nuas ao luar
Todas as ninfas... Veio o sol e já tinham partido...
O teu silêncio que me embala é a ideia de naufragar,
E a ideia de a tua voz soar a lira dum Apolo fingido...

Já não há caudas de pavões todas olhos nos jardins de outrora...
As próprias sombras estão mais tristes... Ainda
Há rastos de vestes de aias (parece) no chão, e ainda chora
Um como que eco de passos pela alameda que eis finda...

Todos os ocasos fundiram-se na minha alma...
As relvas de todos os prados foram frescas sob meus pés frios...
Secou em teu olhar a ideia de te julgares calma,
E eu ver isso em ti é um porto sem navios...

Ergueram-se a um tempo todos os remos... Pelo ouro das searas
Passou uma saudade de não serem o mar... Em frente
Ao meu trono de alheamento há gestos com pedras raras...
Minha alma é uma lâmpada que se apagou e ainda está quente...

Ah, e o teu silêncio é um perfil de píncaro ao sol!
Todas as princesas sentiram o seio oprimido...
Da última janela do castelo só um girassol
Se vê, e o sonhar que há outros põe brumas no nosso sentido...

Sermos, e não sermos mais!... Ó leões nascidos na jaula!...
Repique de sinos para além, no Outro Vale... Perto?...
Arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula...
Porque não há-de ser o Norte o Sul?... O que está descoberto?...

E eu deliro... De repente pauso no que penso... Fito-te
E o teu silêncio é uma cegueira minha... Fito-te e sonho...
Há coisas rubras e cobras no modo como medito-te,
E a tua ideia sabe à lembrança de um sabor de medonho...

Para que não ter por ti desprezo? Porque não perdê-lo?...
Ah, deixa que eu te ignore... O teu silêncio é um leque —
Um leque fechado, um leque que aberto seria tão belo, tão belo,
Mas mais belo é não o abrir, para que a Hora não peque...

Gelaram todas as mãos cruzadas sobre todos os peitos...
Murcharam mais flores do que as que havia no jardim...
O meu amar-te é uma catedral de silêncios eleitos,
E os meus sonhos uma escada sem princípio mas com fim...

Alguém vai entrar pela porta... Sente-se o ar sorrir...
Tecedeiras viúvas gozam as mortalhas de virgens que tecem...
Ah, o teu tédio é uma estátua de uma mulher que há-de vir,
O perfume que os crisântemos teriam, se o tivessem...

É preciso destruir o propósito de todas as pontes,
Vestir de alheamento as paisagens de todas as terras,
Endireitar à força a curva dos horizontes,
E gemer por ter de viver, como um ruído brusco de serras...

Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!...
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã — como nos desalegra!...
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra...

Suave. como ter mãe e irmãs, a tarde rica desce...
Não chove já, e o vasto céu é um grande sorriso imperfeito...
A minha consciência de ter consciência de ti é uma prece,
E o meu saber-te a sorrir uma flor murcha a meu peito...

Ah, se fôssemos duas figuras num longínquo vitral!...
Ah, se fôssemos as duas cores de uma bandeira de glória!...
Estátua acéfala posta a um canto, poeirenta pia baptismal,
Pendão de vencidos tendo escrito ao centro este lema — Vitória!

O que é que me tortura?... Se até a tua face calma
Só me enche de tédios e de ópios de ócios medonhos...
Não sei... Eu sou um doido que estranha a sua própria alma...
Eu fui amado em efígie num país para além dos sonhos...

Fernando Pessoa
Poesias. Lisboa: Ática, 1942.

⁠Clarice,

Esta é a quarta carta que inicio para responder a sua. A primei­ra eu deixei no Brasil, só trouxe a primeira página, que vai junto. A segunda eu rasguei. A terceira eu não acabei, vai jun­to também. Você por favor não ligue para isso não. Pode ter certeza de que não te esquecemos. Daqui de Nova York não posso te contar nada além do que você calcula. Tenho tido muitas dores de cabeça, Tenho tido muitas oportunidades de ficar calado. Tenho tido muita decepção com os Correios. Tenho tido cansaço, saudade e calma. Tenho escrito muitas cartas para você. Tenho dor­mido muito pouco. Tenho xingado muito o Getúlio. tenho tido muito medo de morrer. Clarice, estou perdido no meio de tantos particípios passados.
Como vai indo o seu livro? O que é que você faz às três horas da tarde? Quero saber tudo, tudo. Você tem recebido notícias do Brasil? Alguém mais escreveu sobre o seu livro? É verda­de que a Suíça é muito branca? Você mora numa casa de dois andares ou de um só? Tem cortina na janela? Ou ainda está num hotel? Qual é o cigarro que você está fumando agora? Clarice Lispector só toma café com leite. Clarice Lispector saiu correndo no vento na chuva, molhou o vestido, perdeu o chapéu. Clarice Lispector sabe rir e chorar ao mesmo tempo, vocês já viram? Clarice Lispector é engraçada! ela parece uma árvore. Todas as vezes que ela atravessa a rua, bate uma ventania, um automóvel vem, passa por cima dela, e ela morre. Me escreva uma carta de sete páginas Clarice. Me escreva.”
- Fernando Sabino.

Lágrimas

As lágrimas que correm em meu rosto
São lágrimas que por ti derramo todas as noites
São lágrimas que caem por que eu não te tenho
Lágrimas que desejo que não venham
Talvez essas lágrimas parem de caírem
Talvez essas lágrimas nunca mais percorrem meu rosto
Essas lágrimas que eu derramo por ti
Isso pode acontecer se você
Quem sabe um dia
Possa ser minha, ser minha pra sempre
E se algum dia
Essas lágrimas não percorrerem meu rosto
Essas lágrimas ainda não se vão
Por que, por mais triste que foram essas lágrimas
Essas lágrimas foram verdadeiras
Essas lágrimas nunca serão esquecidas
Elas representaram o meu sentimento
O sentimento que agora você sabe
O quanto ele é eterno.
Por mais que você não fique comigo
Essas lágrimas estarão presentes
Eu posso até deixar de te amar
Mas minhas lágrimas
Não deixarão eu esquecer de ti
Elas não deixarão eu negar
Que algum tempo na minha vida eu sofri por amor
Então por mais que fiquemos juntos ou não
Essas lágrimas,
Essas lágrimas simplesmente
Serão para sempre...
...Eternas!!!

Talvez

Talvez possa ficar com você
Talvez possa nunca mais te ver

Talvez o mundo possa melhorar
Talvez ele possa piorar

Ninguém sabe nada de ninguém
Ninguém sabe nada de tudo

Para tudo eu deixo um talvez
Talvez possa ser esperança...
Pode ser quem sabe alegria...
Ou talvez tristeza.

Pode ser tudo...
...ou nada!

Talvez você possa ser feliz
Talvez você possa ser triste
(O meu talvez para ser feliz seja você)

Talvez amar
Talvez odiar
Talvez viver
Talvez morrer
Talvez...

Talvez os corruptos sejam honestos
Talvez...
Sempre no meio há um Talvez.

Pra que mentiras? Se meus olhos não mentem.
Pra que fingir que nada acontece? Se as coisas sempre mudam.
Pra que sonhar? Se nem sempre no final você se realiza completamente.
Pra que parar para pensar? Se os melhores momentos veem do acaso.
Pra que olhar pras estrelas? Se aqueles brilhos ja se apagaram a anos.
Pra que tudo isso? Eu te digo... pra você acordar toda manhã e poder dizer... Eu um dia Amei alguem.

A pequena mistura do clássico ao moderno , do preto no branco ,
da velha escola californiana envolta ao estilo do novo mundo.
Mescla da esperança de dias melhores envolvida a realidade momentanea ,
mas com a certeza de que um destino ainda desconhecido seja a a grande surpresa
de um tempo que ainda nos causa ansiedade !
Sou a sombra e o impacto de um sonho distinto ,
algo ...que poderia definir como chocolate amargo !

Ainda vejo o mundo com os mesmo olhos voltados a aquilo que desejo ,
poderia eu sim, me perguntar , mais isso só em si já não é o suficiente ?
Realmente não acho que um dia irei me confomar com o comodismo tal qual
insiste em adoecer aqueles que pelos caminhos escolidos decidiram se
estabelecer com algo .. posso eu sim ser um pouco egoísta mas afinal nada é eterno
e sejamos francos melhor deixar algo bom na lembrança que seja sincero , do que apenas deixar
fotografias apagadas
de algo que quemou de forma abstrata .

Poderia sim encontrar algo a sombra ofuscada de pele morta , envolvida em cores desbotadas ,
que nos mostra cicatrizes de um tempo passado de um momento vivido ,
tranformando tinta colorida em eternidade .

Eu ainda aguardo desacomodado ,
encontrar um brilho no fundo dos meus olhos acinzentados , assim como encontro nas minhas memórias ,
algo sutil , tranformando , algo fraco simples, em exemlos como benjamins , cajueiros ,
Algo encontrado como num velho carvalho plantado em um jardim centenario de algum antigo reinado ...
faço parte da antiga escola , e ao mesmo tempo pertenço ao grande centro formado
pela imensidão cinza , pela força conjunta de algo que não vivi .

Não preciso das suas falsas mentiras nem de seu censo de humor ,
alias tenha calma , não tente me forçar a nada, tudo deve ser devidamente ajustado ,
o suave e o forte , nada esagerado alias , tudo vem ao seu tempo não tente comprar aquilo
que não cabe a você decidir afinal , somos livres por nossas escolhas e apesar de
momentaneamente nos sertimos bem junto aquilo que desejamos a nós ,
o melhor momento ainda é definitivamente
quando estamos a sós e nos encontramos tranparentes como a
camisa amarelada de uma antiga memória...
Mas não espere encontrar em mim as suas respostas , cada um abraça seu caminho ,
estamos sósinhos correndo atras de algo que fortaleça a nossa escensia ,
para ser feliz . basta querer encontrar-se em si mesmo , o verdadeiro caminho ,
seeja este o caminho triste , alegre ,culto , ou apenas simples , por que como um grande homen ja dizia ,
não vale a pena se ter raiva o tempo todo .

A Infidelidade é como apanhar o seu sócio roubando dinheiro do caixa.

No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.

Não confio em produto local. Sempre que viajo levo meu uísque e minha mulher.

Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino.

Y - Letra que devia ser abolida, como fizeram com o K e o W (ou não fizeram?) e escrever logo tudo com i.

Analfabetismo - Ninguém precisa aprender a ler para trabalhar na enxada. - Não precisamos de escolas: precisamos de médicos. - Mas a ignorância é responsável pela doença e a miséria! - Saem da escola e na roça esquecem o que aprenderam. - Não querem mais voltar para a lavoura.

UM SIMPLES BEIJO
UM SIMPLES BEIJO PODE DESARMAR UMA ALMA...PODE FAZER COM O SER SE PERCA TOTALMENTE DE SEU RUMO;MAS QUANDO ESSE RUMO É TOMADO A VIDA SE TORNA BELA;SE ME APAIXONEI FOI PORQUE SEU BEIJO FEZ EFEITO EM MIM;SE NAQUELE MOMENTO ME SENTI UM LOUCO;FOI PORQUE ADORO LOUCURAS;SE FAÇO LOUCURAS É PORQUE VC ME DEIXA FORA DE MIM;QUANDO ESTOU FORA DE MIM ME ACHO EM VOCÊ;COMO É BOM ME PERDER EM SEUS BEIJOS MULHER;COMO É BOM DEIXAR-ME LEVAR POR ESTE SEU PERFUME QUE AINDA TENTO DECIFRAR;COMO É BOM ESCREVER PENSANDO EM TI;COMO É GOSTOSA A VIDA QUANDO ESTOU DO SEU LADO...
EMFIM TE DER POR AQUELES MINUTOS ME DEIXOU FELIZ POR TEMPOS

Por mais que eu tente não vou conseguir escrever o que já foi escrito, ou dizer o que já foi dito. Quero ir muito além do que já foi feito, sou um vanguardista nato, nasci pra satisfazer a necessidade que eu sentia de mim mesmo. Não vim ao mundo para agradar ou mesmo bajular vim pra discordar pra ser contra, pra não aceitar condições...
Não sou mais nem menos, sou mil em um, sou o nada no vazio...
Sempre hastearei a minha bandeira, mesmo que esta venha a sucumbi
Odeio conceitos, repudio toda e qualquer forma, pois sei que o que é realmente lindo é anômalo ou diferente.

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Fernando Pessoa, 12-1911

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