Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

Cerca de 98952 frases e pensamentos: Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

Hemisférios

Meus hemisférios diferem entre si com muita clareza.
O norte é durão.
Odeia as convenções sociais, os bons modos e gentilezas.
Adora destruir o inimigo.
Golpeia com força para danificar o mais que pode.

O sul é doçura, é ingenuidade é amável em qualquer situação.
Tem bons modos é gentil. É prestativo, está sempre disponível.
É de uma ternura invejável.
O sul ama as pessoas.

O norte é possessivo, grosseiro.
É egocêntrico ao extremo.
É cheio de paranoias.
Estressado, violento e nublado.

O sul é humilde,
Relax, límpido e ensolarado.
Ah... O sul.
O sul é um amado.

Inserida por Moapoesias

Pedinte

Não. Não quero ver o dia amanhecer.
O amanhã será como hoje.
Talvez mude o clima,
A chuva,
O sol,
Mas amanhã e outros amanhãs
Serei o mesmo.
Incontestavelmente o mesmo.
Acho que é assim,
Nem bom,
Nem ruim,
Risco do meio.
Amanhã será escuro.
O pão,
Será seco,
A mesa - o beco,
A porta - a pedida.
Meu amanhã será teu hoje,
Pois vivo do que você sobra.

Inserida por Moapoesias

Ruído

Ao ouvir o ruído lacrimoso
Da desalegre chuva que chora
Senti-me beijado por todo o lodo
Da angústia que me invade agora.

Não sei como explico,
Só pra mim isso importa,
Neste momento solitário fico
E a chuva traz-me a vida morta.

Cada pingo é uma lágrima,
Cada lágrima uma lembrança,
Há, pudera outra vez criança.

Inserida por Moapoesias

Observante

Espio pela janela,
Coberta pela cortina telada
E vejo ao longe, pés enormes de figo.
Por entre eles desce uma
Pequena estrada em forma de meia lua.
À direita segue uma tira de mato
Como um satélite que se alonga.
Ah, antes que eu esqueça.
Acima. Muito acima.
Está o céu, parcialmente nublado.

Inserida por Moapoesias

Desocupados
Ocupam-se das noites,
Vagando vaga-lumes.
Tocando campainhas.
Quebrando lâmpadas.
Chutando papel.
Ocupam-se das noites,
Pichando muros.
Murando morais.
Ocupam-se das noites,
Nas praças periféricas e
Centrais.
Traficando, consumindo.
Rindo sem sorrir.
Ocupam-se das noites,
Na sarjeta fétida
Cheirando caviar.
Ocupam-se das noites
No presídio deserto
Que os torna mais incertos,
Que os torna mais desonestos.

Inserida por Moapoesias

Um minuto de loucura
Perdi a conta
De quantos sou.
Sem ter verdades
Os olhos cegam.
Carrego este tormento
Este esquecimento
Psique avançada.
Não sei das horas
Não sei das datas
Nem das tristezas
E das alegrias.
Perdi-me tudo.
Fiquei sem lar.
Caí no mar.
Naufraguei
Flutuando encontrei
O que nem sei
O que não sou.
Aviões dourados
Trens zunidores
Mosca atrevida
O sapo na lata
Pirâmide branca
Não vou tomar este comprimido.

Inserida por Moapoesias

Mulher

Quero uma mulher
Linda ou não.
Que me ame de montão.
Que me receba
Enrolada de banho.
Que corra ou fique,
Tudo depende.
E que me entende
Quando a noite
Chego atrasado.
Que de manhã,
Cabelos molhados
Manda-me embora
E depois chora.
Que seja assim:
Metade dela
Metade de mim.

Inserida por Moapoesias

Vazio

Andando sem destino,
Pela rua a vagar.
Sentindo os raios da noite
Começando a declinar.

Correndo passa um menino,
Sorridente a passear,
Tentando encontrar a menina
Que o fez apaixonar.

Eu ando... Sem rumo.
Nem sei onde quero chegar.
Mais feliz é o menino
Que tem a quem buscar.

Inserida por Moapoesias

Chuva

Caminhos,
Cheios de gente.
Indo e vindo.

E o menino dormindo.
A mosca zunindo.
O cão latindo.

O redemoinho fazendo zoeira.
Você evitando a poeira.

O mato tremendo.
Janelas batendo.

...A nuvem rompeu.
Em
Pouco
Tempo
Muita
Chuva
Desceu.
Chuá
Chuá
Chuáááá...

Inserida por Moapoesias

Como vai você?

Madrugada lenta,
Onde escondeste o dia que não chega?
Morto neste colchão,
Abraço o silêncio e a solidão.

Atrasado chega o dia, bocejante,
E pede que me levante.
O hotel se torna borbulhante.
Já sei que a rotina será maçante.
Sem escolhas vou adiante.

Bom dia. Como vai?
Olá. Tudo bem?

As pessoas bem dormidas,
Não sabem da minha vida.
Das esquinas descabidas.
Das péssimas investidas.

À tarde os importunos se multiplicam,
Ficam ainda mais pedantes.
Sem escolhas vou adiante.
Tentando não parecer arrogante.

Boa tarde. Como vai?
Olá. Tudo bem?

A noite outra vez me escolta,
Sábia e cheia de contra indicações.
Sigo cabisbaixo conduzindo minha revolta.
Ainda encontro uma multidão
Chata e sem emoção.

Boa noite. Como vai?
Olá. Tudo bem?

Em fim fico só comigo,
Empalideço a fisionomia.
Deito em meu jazido.
Meu corpo parece
Embalsamado pra aula de anatomia.

Entre paredes melancólicas deste mausoléu.
Refaço minhas angústias.
Minha consciência atrevida,
Pra infernizar ainda mais minha vida,
Pergunta destemida:

Olá. Tudo bem?
Como vai tua vida?

Inserida por Moapoesias

Ternura
Aos poucos vou percebendo que o mundo, a cada dia, distancia-se de mim.
Eu que sou meio a moda antiga. Não badalo adereços. Abro mão de usar brincos. Não acho graça nenhuma em piercing. Não penso em fazer nenhuma tatuagem.
Não falo: “tipo assim,” e nem uso outras gírias da moda. Não mostro as cuecas ao me vestir.
Não dirijo bêbado, não brigo em festas ou baladas, pra quem prefere assim.
Eu que beijo o rosto dos meus filhos homens, que abraço meus amigos. Que ainda cumprimento as pessoas na rua, me preocupo e gosto delas. Eu que valorizo mais o ser humano em detrimento de outros valores.
Escrevo louco com “uc” e não com “k”. Costumo pedir licença para entrar e dizer obrigado pelas gentilezas e favores.
Ouço músicas antigas pra por a saudade em dia.
Vejo fotos três por quatro de pessoas que, de alguma forma, passaram pela minha vida. Na memória e em meus álbuns, já amarelados, guardo vastas lembranças.
Eu que brigo com esta máquina chamada computador.
Estranho falar com este interlocutor sem reações, sem rosto, sem gestos, sem sorriso, sem cara fechada. Todas as fotos de redes sociais são de pessoas sorridentes.
Sinto uma ânsia de mostrar ternura, de olhar nos olhos, de ver o semblante das pessoas, de ficar mais doce e agradável com a conversação. De demonstrar simpatia. Mas me adapto e gosto de novidades.
Eu que tenho esta alma dominada e doentia em devaneios.
Que romantizo as relações. Vejo presságios de amor em todas as direções. Eu que costumo pedir perdão quando erro. Admito sentir saudades, pergunto se queres contar seus problemas. Eu que quero saber onde está seu sorriso e, se preciso, faço palhaçada para que ele volte ao seu rosto.
Vou à igreja, creio em Deus.
Amo a natureza e convivo bem com animais.
Mesmo assim, relaciono-me bem com diferentes gerações, com iguais e com desiguais, pois não é isso que uso como parâmetro para gostar de alguém.
Não furo filas. Não quero vantagens pessoais.
Fico fascinado com um sorriso sincero de uma criança. Emociono-me com aquele “abracinho” infantil tão terno e verdadeiro. Adoro escutar pessoas mais velhas e aprender com suas experiências de vida.
Eu que envelheci junto com este mundo que, hoje parece não ser o mesmo.
Quanta pressa. Quanta falta de educação no trânsito. Quanto desamor. Em fim, quanta dureza nos corações humanos.
No fundo, no fundo acho que se manteve o mundo eu é que amoleci.

Inserida por Moapoesias

O SEQUESTRO
Após o sequestro fui roubado.
Levaram-me a vontade de escrever.
As rimas.
Os versos.
O poema da poesia.

Dureza foi ver a inspiração
Sendo carregada sem dó.
Eu que a preservava tanto.
Mas eles, pra meu espanto.
Consumiram-lhe em uma vez só.

Meu último poema
Foi arrastado ainda inconcluso.
Puxaram-no pela perna.
Ainda estava tão frágil,
Tinha versos pela metade.

Sem título definitivo.
Não entendo tal maldade.
Um bebê em gestação.
Rodando pela cidade.
Que ato de crueldade!

Não existia motivo.
A maior atrocidade.
Nunca saberei a razão.
Despi-me de vaidades
Pra fazer o pedido de prisão.

Por favor, prendam estes bandidos.
Eles foram muito ousados.
Levaram um poema inacabado.
E mantiveram o poeta silenciado.

Pensando por outro lado,
Talvez nem sejam tão culpados.
Eu tenho sido descuidado,
Ando muito distraído
Melhor perdoar estes indivíduos.

Inserida por Moapoesias

NEM SEI
Construí imaginários sobrados,
Os mesmos antigos.
Enormes abrigos.
E fiz jardim
Ao fundo.
O mundo de branco,
Pintei.
E te encontrei
Entre cervejas
Que foram abraços.
Foram beijos e desejos.
E te paguei.
Quanto? Nem sei.
E agora,
Estou envergonhado.
Por ter comprado
O que não dei.

Inserida por Moapoesias

A SAUDADE
Seguro tua cabeça entre as mãos.
Olho fundo em seus olhos,
De infinitas verdades.
De inúmeras realidades,
E sinto tremer
O seu corpo.
Aquecer o sangue.
Encaixa-se em mim
E respira fundo.
Seu mundo
Nosso desejo.
E na mágica
O beijo.
Afago seus cabelos.
Afogo as palavras.
No chão silêncio de felicidade.
E no beijo de adeus
A saudade.

Inserida por Moapoesias

ANOS DE MIM
Aprendi a cantarolar
Pra deixar o tempo passar.
Aprendi a contra balançar.
Anos de mim tento administrar.

Aprendi a interiorizar
Tudo que quero analisar.
Anos de todos que conheci
Deram-me vontade de partir.

Aprendi a viver bem comigo,
A me aceitar resignado.
Aprendi a não ficar desanimado
Quando foge um carinho anunciado.

Aprendi a falar baixinho
Pra não me acordar assustado.
A caminhar bem devagarinho
Pra não despertar meu eu menininho.

Aprendi acordar bem cedo.
Para escutar os passarinhos
A abrir a porta das minhas mágoas
E deixá-las repousadas num pergaminho.

Aprendi a conviver com as picadas.
Admirar de tudo um pouquinho.
Não fazer terra arrasada.
Buscar só o bom caminho.

Inserida por Moapoesias

Noites Frias

Meus dias estão tristes sem você aqui Bate-me um desespero não dar pra sorrir
Fico imaginado onde tu estar
Eu errei por muito tempo vou chorar A sua ausência aflige minha alma
A saudade na porta bate palmas
O tempo vai abrir uma janela
Quero outra mulher Mais não sei viver sem ela

Noites frias Lembro cada momento
As alegrias Ficou no pensamento
E ao relento estar meu coração
Que hoje chora por não ter o seu perdão

No fracasso me acostumo A ânsia sai do prumo Já passei o pente fino
Sem ela vou seguindo meu destino

Noites frias Lembro cada momento
As alegrias Ficou no pensamento
E ao relento estar meu coração Que hoje chora por não ter o seu perdão

Poeta Antonio Luis

Inserida por PoetaAntonioLuis

BICHO PELUDO

Ela tem o bicho peludo
o bicho peludo
o bicho peludo

Pega um gilete
E Vai rapar esse sovaco

Suvaco peludo
Suvaco peludo
Suvaco peludo

Quero sair com ela
Mais da disgosto
Ela tem pelo no suvaco
Tem pelo até no rosto

Ela tem o bicho peludo
o bicho peludo
o bicho peludo

Pega um gilete
E Vai rapar esse sovaco

Suvaco peludo
Suvaco peludo
Suvaco peludo

Já falei pra ela ta tudo avisado
Pra sair comigo tem que ta raspado
Porque se não tiver
Eu arrumo outra mulher

Ela tem o bicho peludo
o bicho peludo
o bicho peludo

Pega um gilete
E Vai rapar esse sovaco

Suvaco peludo
Suvaco peludo
Suvaco peludo

Poeta Antônio Luis
1:17 AM 3 de fevereiro de 2015

Inserida por PoetaAntonioLuis

NÃO QUERO GUERRA

Não quero guerra
Eu quero é paz
Viver brigando
É ruim demais
Se você não mudar
Vai ficar sozinha
Vai ficar pra trás

O teu ciúme doentio
Me sufoca a alma
TO criando raiva
Até da sua fala

Não dar pra entender
Porque você mudou
Era tão real esse nosso amor
Mais com as brigas

Estar se acabando
São tantas mentiras
Você inventado

Não quero guerra
Eu quero é paz
Viver brigando
É ruim demais
Se você não mudar
Vai ficar sozinha
Vai ficar pra trás.

Inserida por PoetaAntonioLuis

SEU CORAÇÃO

Quando você mexe os silhos
Em seus lábios transito
E o que é mais bonito
É seu coração
Feito com as Mao,

Por mais que eu fale
Palavras não cabe
No meu coração,
Porque te abrigo
Levo-te comigo
No peito e na mente,
ES minha guia
Porque sego sou
Não enxergo o amor
Que abita em teu ser
Em teu pensamento
Só sinto a energia
A química física
E pelo que vejo
Já sei o desfecho
É desejo é desejo,

Quando você mexe os silhos
Em seus lábios transito
E o que é mais bonito
É seu coração
Feito com as Mao,

Faz um coração quem ta apaixonado
Faz um coração
E aponta pra pessoa que esta do seu lado
E diz a ela você é especial
Você especial demais pra mim

Compositor Antonio Luis

Inserida por PoetaAntonioLuis

ESQUEÇA-ME #11;#11;

To ligado na tua farça
#11;Me corrija se eu tiver errado#11;
Quando eu te queria#11;
Não me quis do seu lado#11;
Agora Ta se oferecendo#11;
E eu não to querendo.#11;#11;

Você tenta disfarçar#11;
Mais todo mundo ver#11;
Sei que Você me quer #11;
Mais tenta esconder.#11;
#11;
Me esqueça#11;
Me esqueça#11;
Você morreu pra mim#11;
Me esqueça#11;
Me esqueça#11;
Porque eu já te esqueci.#11;#11;

Fica de boteco em boteco #11;
Bebendo na solidão #11;
Você chama meu nome#11;
Eu não dou atenção.#11;#11;

Eu to na tua agenda #11;
Não saio da tua cabeça #11;
Quando estava comigo
não me deu valor #11;
Agora me esqueça.#11;#11;

Me esqueça#11;
Me esqueça#11;Você
morreu pra mim#11;
Me esqueça#11;
Me esqueça#11;
Porque eu já te esqueci.#11;#11;

Compositor Antonio Luís

Inserida por PoetaAntonioLuis

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp