Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
Tenho tempo
(e gosto disso)
fecho um livro
e abro outro.
Gosto do tempo
porque me permite ter
preguiça
me permite deixar
algo inacabado
e mesmo assim relaxar
agora mesmo eu estava
lendo Jorge; o Amado
Jubiabá
pra lá
Jubiabá
pra
cá
adormeci
Além dos Girassóis
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o tempo me permite
a lentidão
Jubiabá pode esperar
daqui a pouco
abrirei Broquéis e Faróis
em qualquer página
um soneto
outro
e mais outro...
mas antes
um café,
pois o vício,
o vício tu
sabes como é.
Ainda sou um vazio
nada construí
só senti a tempestade
impulsiva me invadir
tento caminhar,
mas pisar descalço
no calor da emoção
queima injustamente
o coração
não sou o tabuleiro
sou apenas o jogador
se o sonho é um blefe
o que importa dormir?
melhor andar pelo bosque
totalmente distraído
soltar os pensamentos
num voo da esperança
a utopia é um destino
e o mundo, uma criança.
Mundo
Há crianças famintas
neste nosso mundo.
Há mulheres sendo violentadas
neste nosso mundo.
Há profissionais explorados
neste nosso mundo.
Há idosos abandonados
neste nosso mundo.
Há tantas coisas
para serem mudadas
neste nosso mundo.
Há revolta
e sensação de impotência
neste nosso mundo.
Ergamos a voz
num grito de esperança.
Memórias
Quando a porta fechou
o silêncio já estava dentro…
Na sala
a cadeira de óculos
acomodando infindáveis
memórias.
A existência fecunda de outrora
morrendo lentamente
nas lembranças de agora
pela janela vê-se
o cavalo arrocinado
sem montaria
suando saudades galopantes
dos campos de outrora.
Imortais
Famílias inteiras migraram
atravessando iludidas
mares de incertezas
alguns chegaram enlutados
a dor cortando-lhes o peito,
― fazer o quê ― diziam
― não tem outro jeito.
No Campo Santo antigo
sinto a angústia estampada
jazem os entes queridos
Francescos, Tomazzos,
Lorenzos, Mattias
e os meus antepassados,
mas estão bem vivos
e nunca morrerão
os seus legados.
Viva l'America!
Fora da curva
O mundo anda rápido
e nos cobra de imediato
as contas do supermercado
da água
da luz
(ainda assim
se vê a lua)
seria uma poesia
fora da curva?
Pede remédios
pede comida
pede clemência
(ainda assim
se encontram flores)
o filho da rua
perde a ilusão
ouve vozes
se sente invisível
talvez mantenha
a esperança, ou
será só a inocência
da solitária criança?
Página do meio
Uma pessoa bebe café
e folheia um livro
na praça alguém
senta-se e faz o mesmo
a cozinheira mexe a panela
e lê a página do meio
o passageiro,
na poltrona,
verifica a título
e abre o livro
na sala de espera
não é diferente
à sombra do guarda-sol,
na areia,
tem outro que folheia
a poesia impoluta
está em toda a gente
ao fundo, o mar:
verdadeiro
poema natural!
Tuas orelhas
Ter você no digital
não me satisfaz
não é igual
quero tocá-lo
tê-lo em minhas mãos
embarcar
em suas histórias
em seus voos
em suas fantasias
sentir
seu cheiro único
inspirando emoções
manuseá-lo
antes de
repousá-lo
em minha cabeceira
nas expressões
das suas orelhas
reconhecê-lo belo
e inesgotável.
Moacir Luís Araldi
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sentir o mundo
no abre e fecha
das suas páginas
quero-o
lido
liberto
livre
quero-o
Livro.
Nasce e morre
O relógio solitário
com seus ponteiros
barulhentos mete medo
o silêncio não se cria
nasce e morre
nasce e morre
domina tudo
minha mente
minha concentração
desperta minha ira
e não se abala
tortura-me o cérebro
tic…
tac…
A pilha
(de nervos)
retiro
a vida serena
...adormeço.
Fragmentos de um Evangelho apócrifo
27. Não falo de vinganças nem de perdões; o esquecimento é a única vingança e o único perdão.
30. Não acumules ouro na terra, porque o ouro é pai do ócio, e este, da tristeza e do tédio.
33. Dá o santo aos cães, atira tuas pérolas aos porcos; o que importa é dar.
41. Nada se edifica sobre a pedra, tudo sobre a areia, mas nosso dever é edificar como se fosse pedra a areia...
Ao espelho
Por que persistes, incessante espelho?
Por que repetes, misterioso irmão,
O menor movimento de minha mão?
Por que na sombra o súbito reflexo?
És o outro eu sobre o qual fala o grego
E desde sempre espreitas. Na brunidura
Da água incerta ou do cristal que dura
Me buscas e é inútil estar cego.
O fato de não te ver e saber-te
Te agrega horror, coisa de magia que ousas
Multiplicar a cifra dessas coisas
Que somos e que abarcam nossa sorte.
Quando eu estiver morto, copiarás outro
E depois outro, e outro, e outro, e outro…
Carazinho
Gosto de estar na terra amada
sorver um chimarrão com os familiares
admirar a avenida e as Flores
abraçar os amigos pelos caminhos.
Manifesto de coração o que sinto
pois aqui nunca estarei sozinho
me encanto cada vez mais
com as belezas de Carazinho.
Cidade da hospitalidade
nas ruas que sempre passo
sempre vejo novidades
e as que ainda não passei
são as sinto mais saudades!
Terra que me deu vida
belezas naturais
agricultura pujante
Povo fantástico
sorridente e conciso
nasci aqui e de
mais nada preciso.
A vida é como um jogo de xadrez. Movemos continuamente nossas peças em busca de lances impressionantes e grandes mates, mas, no final, sabemos que ela é imbatível. O xeque-mate virá inevitavelmente. No entanto, podemos ajustar nossas peças para os melhores lances possíveis, lutando contra nossa finitude e buscando nosso propósito existencial. Por isso, a vida é bela: sabemos que perderemos ao final do jogo, mas isso não nos impede de jogar da melhor forma possível, valorizando cada movimento e cada peça promovida em nosso tabuleiro.
Às vezes, precisamos sacrificar peças que consideramos importantes para promover outras que, até então, pareciam de pouca relevância. Essas peças revelam um mundo de oportunidades e riscos que são essenciais para transformar nossos peões em rainhas. É isso que representa o jogo com a vida, não um confronto, mas um acordo comum. Não podemos evitar seu xeque-mate final, mas podemos aprender continuamente com as peças perdidas e, o mais importante, podemos realizar vários mates ao longo dessa jornada.
A Tragédia Gaúcha...
A Enxurrada, a enchente, a devastação,
O Rio que sobe, a barreira que desce, a destruição...
Os prejuízos incalculáveis, as perdas irreparáveis, a desilusão.
Os bens perdidos imensuráveis, os sonhos falidos inimagináveis desolação...
De tudo que sobra, destroços de obra, esforço redobra, que Situação!!
Em meio à escombros, deslizes e tombos, de ombro a ombro, a intervenção!
Solidariedade, Voluntariedade, na intensidade do Coração ❤
A mão amiga estendida, a ajuda concedida, uma Nação unida, interação...
A integridade, a boa vontade, a benignidade, em prontidão!
O Valor de cada Vida, cada alma envolvida, procurando uma saída, a Solução,
O mais triste dessa história, em meio a trajetória, é ver que há uma escória, sem qualquer uma noção...
Gente oportunista, de uma Ganância egoísta, fria e calculista, sem dó e sem compaixão!
Gente muito abaixo da média, que se aproveita da tragédia, pra se dar bem com a situação!
Se dar bem é uma ova, cavam sua própria cova, mergulham na condenação!
Nossa Fé em Deus permaneça, que a esperança prevaleça, que dias melhores virão !
Cada prece, cada pedido, cada coração envolvido, traga paz e restauração !
Deus abençoe o NOSSO BRASIL!
LCS...ENJ
Quero Cantar um Cântico Novo
Ah como quero cantar a ti uma nova canção
Daquelas que brotam do peito, no pulsar do coração.
Sem texto premeditado
Sem nenhum traço editado,
No ritmo, na melodia, na harmonia da Adoração.
Como quero teu nome exaltar
Sua Face contemplar
Sua grandeza exaltar
Com a mais pura inspiração
Quero cantar um cântico novo
Dizer meu Senhor, te amo de novo
Como se fosse a primeira vez!
Cantar a Alegria e o Renovo
Nos Teus átrios diante do Teu povo,
Te dando Glórias Oh Rei dos Reis!
Como quero Te surpreender
Com Acordes de dedicação
Demonstrar o meu maior afeto
Com a mais sincera emoção!
Como anseio tocar as Tuas vestes
Nas belas mansões celestes
Pela Graça que nos destes
No Calvário a Salvação!!!
LCS....ENJ
A Vi...(A Morte)...da!
A interrupção , a divisão, a frustração, a tristeza, a partida , a saudade...
A Separação!
A Angustiada lacuna , a vertiginosa amargura, a desesperada secura, a inveterada procura de explicação...
A sina humana é forte, não se trata de azar ou sorte, essa certeza da morte , gera uma enorme interrogação!
Tratamos com indiferença, tentamos criar a crença, pra amortecer a desilusão...
Buscamos na teologia, criamos filosofia, de posse de ideologia, burlamos a aflição...
Morte é morte e é dolorosa, na sua capa impetuosa, carrega escondida seu aguilhão...
Embora saibamos que a carne é Pô,
E para o pó volta, sem piedade e sem dó
A realidade não faz confusão!
O fim da historia e da trajetória, parece derrota e não vitória, mesmo esperando a Redenção...
Criados nós fomos pra eternidade,,
o pecado entrou na humanidade.
Cessou a inocência e a santidade
A morte surgiu como condenação...
Só há uma chance e uma esperança,
A Cruz do calvário e sua herança
Onde Cristo sangrando a todos alcança
Basta crer e aceitar com Convicção!
Creia e Viva!!!
ARTIFICIAL
produzido pela mão do homem, não pela natureza; postiço,
que envolve artifício.
Que não é natural, dissimulado, fingido.
EM TEMPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL...
A audição é artificial, a visão é artificial, o aroma é artificial, o Sabor é artificial, a grama, a flor, o calor, o frio, o cabelo, o som, tudo é artificial!
Automaticamente, tecnologicamente, influenciávelmente, estamos nos tornando ARTIFICIAIS...
O sorriso é KKKKKK 😀😃😄🤣😂🙂, O choro é bua bua 😪😥😢😭, o afeto é 🥰😍🤩😘, o sentimento 🥵🤮🤢🥶🥳😡🤬😠, O abraço é virtual, o olhar é via câmera, enfim...
A busca pela "Facilidade", a comodidade, o conforto e a conveniência geram em nós uma espécie de frieza e isso tem causado males terríveis.
Há uma necessidade urgente de retomarmos os VALORES NATURAIS!
Não nos deixemos dominar pelos "Atalhos" do Caminho da Superficialidade!
Converse mais ao vivo e a cores, fale ao pé do ouvido, olho no olho, abrace pele com pele, dê gargalhadas reais.
Vamos nessa!
Composição: Segura forte
Compositor Eduardo Queiroz
Senhor, sou tão frágil pecador
Mas tenho sua graça em meu favor
Mesmo que, eu não mereça
Sempre estás ao meu lado
Ouvindo o meu pranto
No silêncio do meu quarto
Jesus, eu confesso não mereço
Mas tenho a tua graça sobre mim
Mesmo que, eu não mereça
Sempre estás ao meu lado
Segurando minhas mãos
E guiando os meu passos
Segura forte em minhas mãos
Pra que eu não pereça
Segura forte em minhas mãos
Pra eu não tropeçar
Segura forte em minhas mãos
Mesmo que eu não mereça
Eu tenho medo meu Jesus
Das suas mãos escorregar
Apartai-vos de mim, todos os que praticam a iniquidade, o senhor, acolhe minha oração.
Porque a palavra do senhor é reta e todo seu proceder é fiel. Ele ama a justiça e o direito, a terra está cheia de bondade do senhor.
Senhor, Tu serás a minha fortaleza. Deus será a Rocha onde me abrigo. Senhor, meu Deus, de dia eu Te peço auxílio e, de noite, eu grito em Tua presença. Em Ti confiam os que conhecem o Teu nome, pois não abandonas os que Te procuram, Senhor.
Os meus passos se afizeram às Tuas veredas, os meus pés não resvalaram. Eu Te invoco, ó Deus, pois Tu me respondes. Regozije-se a terra, os céus anunciam a Tua justiça e todos os povos veem a Tua glória. Senhor será a minha fortaleza, Deus será a Rocha onde me abrigo.
Do mestre de canto, sobre a harpa o homem reflete a grandeza de Deus. O Senhor é teu guarda, o Senhor é teu abrigo, está sempre ao teu lado. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar, de longe entendes o meu pensamento. Viva o senhor! Bendito seja o meu protetor! Glorificado seja Deus que é a minha salvação!
Eis o vasto mar, com braços imensos, onde se movem inumeráveis seres e animais, tanto pequeninos quanto grandes. Grande é o Senhor, Ele merece todo o louvor. É incalculável Sua grandeza. O Senhor é compaixão e piedade, lento para a cólera e cheio de amor para dar. Ele olha a terra e ela estremece, toca as montanhas e elas fumegam.
Senhor, eu sei que as Tuas normas são justas e que, por fidelidade, me fazes sofrer. O Senhor estabeleceu no céu o Seu trono e Seu domínio se estendem por todo o Universo. Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na Sua misericórdia. Amém.”
Morena dos cabelos longos
Lá vem ela passando.
Vou ficar olhando.
Pra quando ela passar
A gravação de tela do meu celular
Vou pedir pra ela digitar.
Os números.! Da felicidade
Tão feliz eu tava
Não sabia que um toco ela dava.!
Não vou chorar
Já estou acostumado.
Nunca ser amado.
Morena dos cabelos longos
Tomara que tu caia.
E rasgue tua saia
E faça mondrongos… na tua cara.
Quem vai cuidar dos ferimentos sou euuu.
Se uma chances tu me der
Vou te nanhar até quando Deus quiseres.
Não vou chorar
Já estou acostumado.
Nunca ser amado.
Morena dos cabelos longos
Tomara que tu caia.
E rasgue tua saia
E faça mondrongos… na tua cara.
Poeta Antonio Luís
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