Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

Cerca de 99628 frases e pensamentos: Amor Textos de Luis Fernando Verissimo

⁠Senhor, ilumina essa tristeza que nos veste, põe sobre ela seu manto de amor e proteção para que ela se dissipe. Seja o nosso norte, nos guiando por bons caminhos. Nos perdoa por nossos erros e nos impele a fazer o que é certo. Cura em nós nossas angústias e nos fortalece moral e espiritualmente. Habita em nós, Deus Pai, com toda sua bondade, sabedoria e perfeição.
Amém!
Assim seja!

Inserida por JosyMaria

⁠Falar de Deus, de amor e de fé não me faz ser perfeita. Ter fé em Deus acima de tudo, também não. Na verdade, eu nem tenho a pretensão de parecer ser perfeita aos olhos dos homens. Além de ser impossível, pela nossa natureza humana falha, colocaria-nos no patamar de Deus, pois Ele é perfeito. E só Ele. Nós não. O que quero, na verdade, é tentar ser uma obra melhorada Dele. Lutar contra meus defeitos, tornar-me uma pessoa melhor a cada dia e mais digna diante Dele, e do que Ele espera de mim. Viver sem fazer o mal aos outros e sem passar por cima de ninguém já é algo que faço. Viver sem querer crescer às custas dos outros também. É um começo. De resto, vou seguindo como uma pessoa cheia de defeitos, mas também com qualidades que nem sempre reconheço. Com minhas fraquezas humanas, mas também com minha força que faz-me sobreviver aos cansaços, às lutas, e leva-me às vitórias diárias, muitas silenciosas, mas todas permitidas por Ele. Sigo com essa força imbatível chamada fé e a qual muitas vezes é a única coisa que me sustenta. E com essa vontade de vencer na vida com minha garra e com meu suor. Sigo, honrando cada dia de vida e pedindo perdão a Deus quando cedo a algo que sei que não lhe agrada.

Sigo, imperfeita, mas firme no caminho do bem.


Josy Maria

Inserida por JosyMaria

⁠Dia dos namorados…


Celebremos o amor!
Também o respeito, o cuidado, o zelo…
Celebremos o que vem depois da conquista!
E o que fica, cada superação, cada tribulação superada juntos…
Celebremos a essência!
O que sobra depois que a aparência muda, que o tempo passa, e quando a rotina já não é a mesma, mas o amor permanece intacto…
Que Deus ilumine a cada um que ama, namorados, casados, companheiros…
E que esse dia seja de celebração, da forma que der, nas singelezas dos momentos, maseternizado em cada coração…


Josy Maria

Inserida por JosyMaria

Enquanto o amor pesar
Mais que o mal na balança,
Haverei de renascer
No riso de uma criança!
Enquanto existir bondade,
Fé, amor e temperança
Enquanto Deus nos tocar
Ofertando-nos mudança,
Haverei de renascer
No riso de uma criança!
- Poema da obra Minhas Verdades ISBN 9786598117610

Inserida por freitasjuniorpoeta

⁠"E quando seu amor lhe pede uma massagem, achando ela que tá ganhando, melhor sorri e agir naturalmente por que ela não sabe que o prêmio é seu de poder ter o privilégio de tocar aquele corpinho lindo, massagear cada detalhe dessa perfeição que Deus criou e te deu de presente"

Minha prometida

Inserida por Gilalves12

[Amor misterioso]

Tu apresenta as tuas ideias
iluminadas
De repente, minha visão dispara em
tua direção,
Tu tá mais adorável hoje do que
amanhã
E assim eu já sei o que fazer com
teu coração,

Sempre que tu se renova
através de mim
Eu sinto vontade de te conquistar
de novo,
Tu agradece a Deus por esse
amor misterioso
Que se fortifica, parece nunca ter fim,

Tu planta as tuas dúvidas em
meu coração
E os meus pensamentos começam
a querer mudar,
Sempre que eu me renovo
através de ti
Tu já tem mais amor pra me dar, ôoh

Sim!..

Tu apresenta as tuas ideias
iluminadas
De repente, minha visão dispara em
tua direção,
Tu tá mais adorável hoje do que
amanhã
E assim eu já sei o que fazer com teu
coração,

Meu doce amor, você tá linda, ôh

❤⁠

Inserida por marcelio912

[Te Amando Numa Ilha]

Exatamente onde estamos
nos conhecendo
Enquanto nosso amor cresce pelo que
estamos fazendo,
Eu te olhando deitada na areia, toda
linda perto do mar
E assim o teu olhar faz todo o meu
caminho brilhar,

Sou um Homem enfeitiçado
pelo teu encanto
Tu é uma maravilha de Mulher que eu
desejo tanto,
Tu ousa mergulhar sem medo no
meu coração
Hoje já não haverá motivos pra tanta
frustração,

Pela primeira vez minha
mente tá aberta
Porém tô te amando numa ilha cheia
de coisas eternas,
Pela primeira vez minha mente
pode sentir
Que não há necessidade de ficarmos
um sem o outro aqui,

Exatamente onde estamos
nos conhecendo
Enquanto nosso amor cresce pelo que
estamos fazendo,
Eu te olhando deitada na areia, toda
linda perto do mar
E assim o teu olhar faz todo o meu
caminho brilhar,

Quando tu entra na água
Eu já sei que o mar vai ficar doce,

Tu continua a mesma, porém
linda e melhor,

Sim, meu amor, te amo todinha, ôoh,
❤🌹

Inserida por marcelio912

[SENTIMENTOS MÁGICOS]

Tu me pede pra ser fiel ao amor que tu sente por mim
Dizendo que sempre será fiel ao amor que eu sinto por ti,
Eu vou ser, os habitantes dos céus sabem o motivo
Como também sabem que somos seres intuitivos,

Nossos destinos entrelaçados pela paixão
Continuam me fazendo acreditar que nunca vou te perder,
Sou livre pra continuar amando teu jeito de ser
Uma vez que os teus detalhes inspiram meu coração,

Sonhei contigo hoje e acordei sorrindo
Entendendo que eu não poderia viver bem sem teu amor sagrado,
Tu diz que ninguém vai te tirar do meu caminho
Porque sabe que teus beijos me trazem sentimentos mágicos,

Tu me pede pra ser fiel ao amor que tu sente por mim
Dizendo que sempre será fiel ao amor que eu sinto por ti,
Eu vou ser, os habitantes dos céus sabem o motivo
Como também sabem que somos seres intuitivos,

Minha Mulher,

Sim,

Inserida por marcelio912

CONEXÃO ESPIRITUAL

⁠Ela o abraça forte e diz:

— Nem tudo que é bom dura pouco, meu amor.

— Uma vez que seguimos mais vivos do que nunca — diz ele enquanto olha no fundo dos olhos dela.

— Vamos continuar nos amando sem desperdiçar tempo com banalidades.

— Sim, minha linda.

Inserida por marcelio912

UMA MENTE POÉTICA

Dois amigos caminham enquanto conversam entre si:

— Ele a ama pelo amor que ela sente por ele. Eles têm uma mente poética.

— Está falando de quem?

— Daqueles dois ali caminhando atrás de nós.

— Em função disso, eles vivem uma paixão elevada.

— Verdade.

— Dá pra ver que existe um vínculo de confiança entre eles.

— Sim.

___❤__________________

Inserida por marcelio912

[Por Toda Uma Noite]

Amor, quando eu te der aquele beijo quente
Imagine que estamos flutuando por todo o universo...
Então não teremos o futuro e nem o passado
Pois você será meu eterno presente,

Vamos aproveitar essa noite preciosa
O que é bom pra você é bom pra mim também,
Esqueça a pista de guerra girando lá embaixo
Esqueça tudo que não nos faz bem,

Vamos ficar animados a noite inteira
Assim que começarmos, o cronômetro vai disparar
E continuar, e continuar por toda uma noite
Isso não vai acabar até o fim chegar,

Amor, quando eu te der aquele beijo quente
Imagine que estamos flutuando por todo o universo...
Então não teremos o futuro e nem o passado
Pois você será meu eterno presente,

Meu amor,

Sou feliz por você saber que eu te amo,

Sim,
Sou feliz por você saber que eu te amo,
❤️

Inserida por marcelio912

SOMOS SALVOS PELO AMOR

Eles se encontram, não só para se deleitarem um no outro, mas também para conversarem sobre a vida.

Ela diz a ele:

— Algo me diz que um relacionamento sem desafio não vale a pena existir.

— Sim, meu amor, mas qual desafio? — pergunta ele.

— Aquele pra ver quem de nós dois ama mais que o outro.

Ele beija o cangote dela e diz:

— Somos ligados a Deus antes mesmo de termos nascido, sabia disso?

Ela responde:

— Sim, por isso estamos aqui, vivos, dispostos a nos amar.

— Sempre estarei disposto a te dar meu amor, sempre...

Ela diz:

— Os sábios dizem que tudo tem o seu fim.

Ele dá um abraço apertado nela e diz:

— Verdade, menos o meu amor por ti. Nunca estaremos perdidos, porque o nosso amor está sempre nos lembrando quem somos.

Ela dá um sorriso carinhoso e diz:

— Tu me faz sentir o prazer do amor.

— Eu sei, meu bem, somos salvos pelo amor.

— Te amo.

— Também te amo.

_________________________❤️___________

Inserida por marcelio912

[Um Amor Misterioso]

Sempre que você se apresenta
Minha visão dispara em tua direção
Te vejo mais adorável hoje do que amanhã
Então já sei o que fazer com teu coração

Sempre que você se renova através de mim
Eu começo a querer te conquistar de novo
Você é grata a Deus por esse amor misterioso
Que se fortifica, parece nunca ter fim

Meu amor

Você planta tuas dúvidas em meu coração
E meus pensamentos começam a querer mudar
Sempre que eu me renovo através de você
Você já tem mais amor pra me dar

Sim

Sempre que você se apresenta
Minha visão dispara em tua direção
Te vejo mais adorável hoje do que amanhã
Então já sei o que fazer com teu coração

Meu docinho
❤️

Inserida por marcelio912

Sentimentos perdidos

Eu o amava como fogo ardente
eu me idolatrava do seu amor ausente
e depois que você sumiu
eu nem senti sua falta.

Eu estava perdida
tentando achar alguma saída
para meus sentimentos oblíquos...
sentimentos confusos da mente
a saudade de um ser ausente
e a falta de um ser presente

Perdi meus sentimentos dentro da alma
agora, sem sua presença, consigo manter a calma
⁠Perdi a ansia de possuir
perdi o medo de perder
perdi a vontade de existir
e a vontade de viver.

Perdi todos os sentimentos
que são personificados
agora os meus sonhos
são apenas idealizados.

Inserida por Missbelle

⁠NÃO HÁ ARCO-IRIS NO MEU PORÃO.

Nunca me disseram que a ausência de amor poderia cavar subterrâneos dentro da alma.
Apenas fui percebendo, dia após dia, que algo em mim se retraía sempre que o afeto era negado ou a presença me era retirada sem explicação. E assim nasceu o porão.

Um porão não se constrói de uma vez.
Ele começa como um canto escuro da memória, onde jogamos o que não sabemos lidar: o abandono, o desdém, as palavras não ditas, os olhares que desviaram de nós no instante em que mais precisávamos ser vistos.
E quando nos damos conta, já estamos vivendo ali dentro.
Silenciosamente.

No meu porão, não havia janelas.
Apenas lembranças repetidas como ecos:
“Você é demais.”
“Você exige muito.”
“Você espera o que ninguém pode dar.”

Um dia, desejei ser amado. Verdadeiramente.
E, em meu desejo, ofereci tudo o que havia guardado.
Entreguei minha sede, minha esperança, minhas cicatrizes.
Mas do outro lado, veio o silêncio.
Ou pior — uma rejeição educada.
E então, fiz o que aprendi a fazer: voltei para o porão.
Fechei a porta por dentro.
E culpei a mim mesmo por não ser digno das cores do outro.

Mas ali, no escuro, algo começou a mudar.

Percebi que a dor que tanto me esmagava, não era apenas pela ausência de amor…
Era pelo peso de ter construído minha identidade com base na validação alheia.
Era pela minha tentativa constante de provar que merecia ser amado.

E foi então que compreendi:
O porão não é um castigo.
É um chamado à reconstrução.
Um convite da alma para que deixemos de implorar luz dos outros… e comecemos a criar a nossa.

O arco-íris não se forma no porão porque não há janelas.
E não há janelas porque, por medo de sermos feridos, tapamos toda e qualquer fresta por onde o amor pudesse entrar — inclusive o próprio.

Agora eu sei.
Não é que ninguém quis me amar.
É que eu me abandonei na expectativa de ser salvo.

E a verdade é esta:
Não há arco-íris no meu porão…
porque fui eu quem escondeu o sol.

Mas hoje — hoje eu quero recomeçar.
Talvez eu ainda não saiba como abrir as janelas.
Mas já tenho nas mãos a chave do trinco.
E isso… isso já é luz.

Reflexão final:
Você não precisa de alguém que desça até os teus porões para te amar. Precisa, primeiro, ser quem decide não viver mais neles. A partir daí, tudo começa a mudar. O arco-íris não virá de fora. Ele nasce quando você ousa sentir orgulho da tua própria coragem — mesmo que ninguém esteja aplaudindo.

Inserida por marcelo_monteiro_4

⁠NÃO HÁ ARCO-IRIS NO MEU PORÃO.

Capítulo II

— O Amor que Ninguém Vê.

“Há dores que têm nome de silêncio. Há amores que desfalecem no escuro.” Camille Monfort.

Ela ainda estava lá.
Não no tempo, nem na fotografia que amareleceu sobre o piano que já não toca mas em mim.
Nas dobras encharcadas da memória, onde até hoje a musselina da tua ausência dança, viva, como um véu de névoa sobre a ferida que não cicatrizou.
Teu nome, Camille, é agora um sussurro que me rasga por dentro —
e não há mais quem o ouça,
senão os fantasmas que deixaste quando partiste.

Nunca soube se foste amor ou febre.
Talvez um delírio.
Ou o último lampejo de beleza antes do colapso.
Tua presença era feita de sombra líquida, de olhos que atravessavam as paredes do mundo e diziam coisas que minha razão jamais soube traduzir.
Na tua boca morava um lamento antigo, como quem tivesse amado demais noutra vida e voltasse para cobrar os restos.

E eu —
tão sóbrio, tão lógico, tão homem —
me vi desfeito no avesso da razão.
Como se tua aparição tivesse escancarado em mim uma porta que dava não para o céu, mas para o porão da minha própria alma.
E lá, entre espelhos rachados e cartas nunca enviadas, te reconheci:
não como um anjo —
mas como a mulher espectro que me revelou tudo o que eu escondia de mim.

Foi amor.
Mas desses que ninguém vê.
Porque amar-te era uma doença sem nome,
um ritual sem altar,
uma febre que só ardia quando a cidade dormia.

Não, Camille, tu não foste feita para os olhos do dia.
Tu eras para ser lembrança,
para ser poema escrito com sangue no diário de quem nunca será lido.
E por isso permaneces viva —
não na realidade que nos negou,
mas nos reconditos mais obscuros de mim, onde ainda habita o menino que chorou quando você não veio.

O que mais dói não é o amor que acaba.
É o amor que ninguém viu ou sentiu nascer.

Inserida por marcelo_monteiro_4

“Nenhuma dor é eterna. Toda sombra cede à luz do amor.”

Que saibamos, com coragem e ternura, olhar para dentro, reconhecer nossas sombras e acender em nós a chama da renovação. Pois a Reforma Íntima é o verdadeiro caminho da paz aquela que o mundo não pode dar, mas que o espírito em evolução pode alcançar.

Inserida por marcelo_monteiro_4

Thomas Barnardo: O Homem que Não Trancava o Amor.

Thomas John Barnardo (Dublin, 4 de julho de 1845 — Surbiton, 19 de setembro de 1905) foi um filantropo irlandês.

Nas ruas frias de Whitechapel, onde a neblina parecia esconder a própria compaixão dos homens, caminhava um jovem médico com os olhos marejados de fé e um coração inquieto. Thomas John Barnardo não buscava glória nem fama. Buscava um sentido.
Chegara a Londres com o sonho de ser missionário na China queria curar corpos e salvar almas. Mas bastou-lhe uma noite nas vielas de miséria para entender que Deus o chamava de outro modo, em outro idioma, mais silencioso e urgente: o idioma das lágrimas infantis.

Foi ali, sob o fulgor pálido dos lampiões a gás, que encontrou Jim Jarvis um menino descalço, sujo de frio, esquecido do mundo.
Jim não lhe pediu nada. Apenas existia como uma pergunta muda à consciência de quem passava.
Barnardo ajoelhou-se diante dele e, num gesto que selaria o destino de milhares, ofereceu-lhe o que as ruas jamais dariam: uma mão estendida e um olhar que não desviava.

Daquele encontro nasceu uma obra de ternura revolucionária.
Ele abriu uma casa simples, com janelas pequenas e um letreiro singelo, mas onde nenhuma porta se trancava. A inscrição à entrada tornava-se lei moral:

“Aqui, nenhuma criança será recusada.”

Na Londres industrial, onde a caridade era privilégio e a pobreza, crime, Barnardo ousou contradizer o mundo. Alimentava quem tinha fome, ensinava quem ninguém queria educar, e amava os que o destino parecia ter esquecido.
Nas suas escolas, o alfabeto vinha acompanhado do pão; e cada palavra aprendida era uma escada erguida para o alto, um degrau rumo à dignidade.

Houve dias em que o desânimo o cercou. A indiferença das autoridades, o preconceito dos ricos, o peso da fome que não cessava — tudo o empurrava para o abatimento.
Mas Barnardo não se deteve. Dizia que “não há fechadura para o amor de Deus”, e caminhava outra vez pelas mesmas ruas, buscando novos rostos para acolher.
E, assim, foi multiplicando lares, como quem semeia abrigo no deserto.

Quando a morte o chamou, em 1905, mais de sessenta mil crianças haviam atravessado as portas que ele nunca trancou. Sessenta mil destinos que deixaram de ser sombras e voltaram a ser infância.
E quando a cidade dormiu naquela noite, talvez tenha sido o próprio céu que acendeu suas luzes para recebê-lo não como um missionário que partia, mas como um pai que voltava.

Hoje, a sua obra ainda vive, e o nome Barnardo ressoa nas escolas e abrigos do Reino Unido como um eco de misericórdia.
Mas a verdadeira herança que ele deixou não se mede em prédios, nem em números, nem em instituições.
Está gravada no invisível: no instante em que uma criança sente que alguém acredita nela.

" Alguns homens constroem monumentos de pedra. Outros, como Thomas Barnardo, edificam catedrais de ternura dentro da alma humana. "

Há quem diga que alguns seres se comprazem em cultivar a estima da pobreza, como se nela repousasse um símbolo de virtude ou redenção. Tais observações, lançadas com a frieza das conveniências humanas, soam muitas vezes como sentenças ditas sem alma e, quando atingem o ouvido de quem sente, doem profundamente.

A dor que nasce desse julgamento não é apenas pessoal: é o reflexo da incompreensão coletiva diante das almas que sofrem em silêncio. Enquanto uns observam de longe, outros carregam, nos ombros invisíveis, o peso de mundos interiores dores que não se exibem, mas que educam.

É então que se faz clara a urgência de criarmos núcleos de esclarecimento, não sobre a miséria material, mas sobre o amor ignorado. Esse amor que ainda não aprendeu a ver o outro sem medir-lhe o valor; que não sabe servir sem exigir aplausos; que ainda confunde compaixão com piedade.

Cultuar o amor ignorado é erguer templos de consciência onde antes havia indiferença. É ensinar o coração a compreender antes de julgar, a servir antes de censurar. É abrir, no deserto moral da humanidade, o oásis do entendimento.

Porque o verdadeiro amor aquele que transcende a forma e a posse não necessita de palmas, nem de discursos. Ele apenas é, e em sendo, ilumina.

E talvez seja essa a maior riqueza que possamos distribuir: a de transformar o sofrimento em escola, a crítica em semente, e o silêncio em voz do bem.

Inserida por marcelo_monteiro_4

“O Segundo e a Eternidade”

Ah… senhorita… que o amor nos dure, ainda que por um átimo suspenso na vastidão da eternidade.

Há instantes que transcendem a métrica dos relógios e dissolvem-se nas frestas do absoluto. Foi o teu olhar cintilante como a reminiscência de um sonho antigo que interrompeu a marcha indiferente do tempo. Em um só segundo, o cosmos se deteve, perplexo diante da silenciosa liturgia do encontro.

Nenhuma ciência decifra o segredo contido nesse breve estremecimento da alma. O toque, quando autêntico, converte-se em epifania; e o efêmero, subitamente, adquire a dignidade do perene. O amor, senhorita, é o único viajante que atravessa a fronteira entre o ser e o nunca mais e sobrevive.

Há paixões que não se perpetuam, mas deixam, na memória, o vestígio do inextinguível. Elas não se medem pela duração, mas pela intensidade com que rasgam o espírito. E talvez, ao findar o instante, reste apenas as chagas imaterial de algo que ousou existir.

Assim, se o destino for avaro em horas, que nos conceda ao menos um segundo aquele em que o teu olhar reconhece o meu e o universo, por piedade, suspende o próprio giro.

Porque, afinal…

Há amores que, mesmo breves, condensam o infinito e esse é o milagre silencioso que apenas o coração compreende.

Inserida por marcelo_monteiro_4

Entre o Perdão e a Aurora do Amor.
Capítulo XV - Livro: Não Há Arco-íris No Meu Porão.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro. Ano: 2025.

Camille Marie Monfort caminhava por entre os corredores silenciosos de sua própria alma, onde ecos de antigas feridas insistiam em sussurrar lembranças. Cada passo era um diálogo com a ausência, cada suspiro, uma tentativa de reconciliar o ontem com o amanhã. Ao seu lado, Joseph Bevouir não era apenas presença; era horizonte, promessa e sombra. Ele carregava nos olhos a memória do que fora e a inquietação do que ainda poderia ser.

O perdão, nessa trama delicada, surgiu como vento inesperado: não pediu licença, não exigiu razão. Libertou antes que o amor pudesse ousar manifestar-se. Camille sentiu nas mãos um vazio que já não queimava; Joseph percebeu que o coração, antes contido, agora respirava em espaço desobstruído.
Entre eles, palavras não eram necessárias. Cada gesto era tradução de uma reconciliação íntima, um pacto silencioso com o tempo. O perdão abriu portais, revelou luz onde a sombra insistia e ofereceu o terreno fértil para que o amor, tímido e hesitante, florescesse com intensidade renovada.

E assim, num instante suspenso entre o que foi e o que virá, compreenderam que a libertação interior precede toda forma de entrega. O amor, sem pesos nem correntes, é a aurora que nasce depois da noite profunda do rancor. Camille e Joseph descobriram que o perdão não é fim, mas a promessa de novos começos e que aqueles que se atrevem a liberar a alma encontram, inevitavelmente, a plenitude do sentir.

O perdão é a primeira semente da liberdade emocional. Quem se permite perdoar antes de amar, descobre que o coração não carrega apenas cicatrizes, mas a capacidade de florescer novamente, mais intenso, mais vasto, mais verdadeiro.

Inserida por marcelo_monteiro_4