Amor Sincero e Nao Correspondido
Meu amor por ti é tão grande que nem cabe dentro de mim
palpita a todo instante que passo noites sem dormir,
paixão forte e incessante é o que ainda sinto por ti
Mas logo logo acabará, de cá até lá será franzino
afinará até cessar, pois não foi correspondido
não é fácil encontrar um amor assim tão lindo.
Não sabes o quanto dói, amar e ser rejeitado
é uma dor que te corrói, e te deixa amargurado
por que existir um 'nós' pra você é tão errado?
A angústia que estou sentindo, fica a cada dia mais forte
é possível que no caminho, eu não tenha tanta sorte
sinto ela estar vindo, a escura e fria dona morte.
Se não posso mais te ter, ninguém a mim terá
pois fui feito pra você, e você pra me amar
não faz sentido mais viver, sem contigo não ser par.
Por mais coisas que me ocupo
Meu tempo sobra, é vazio, é sem graça
Tudo está morto, caído, decaido
Nada é deveras meu
Vacilo por ruas, estradas, casas
Nada me embala, não tem samba
não tem canção, não tem paraíso,
nem tão pouco tem teu riso.
Peço a Deus todos os dias
Por uma única oportunidade
Tenho a imensa certeza
Que te mostrarei a felicidade
Quem sabe esse destino
Me leve a grande sorte
Prometo te dar meu primeiro beijo
E meu ultimo até minha morte
Minha vida tornou-se engraçada a partir do momento
Que descobri que te amo, e olha que nem foi proposital.
Antes éramos tão falantes, expressivos...
Agora a timidez nos domina
E rimos sem motivos só pra passar o tempo.
Eu te amo e nem sabia
Ou sabia e queria esquecer,
Era tão implícito, tão frágil
Até duvidei se seria isso mesmo.
Mas agora eu tenho a certeza
E subo na mais alta montanha
Para que todos ouçam meu grito
E que ele ecoe pelos quatros cantos da terra
Que tem amo e nem sabia.
Conserve seu medo mas sempre ficando sem medo de nada, por que dessa vida de qualquer maneira não se leva nada.
Os prazos não foram subestimados e as horas desaceleraram. Seus passos se desajustaram.O desejo consumiu algumas palavras e confundiu os sentimentos novatos. Ele apaixonou-se. Ela morreu de amor.
Não se julga aquilo que não se conhece. Me desculpe se suas dores são idealizadas e, com isso, superficiais. Minhas dores são do coração e esfaqueiam. Eu sangro. Acredite em quem realmente já sentiu essa sensação que você diz arrogantemente saber, sem saber realmente o que é.
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal.
Somos meninos brincando no teatro do tempo; todo conhecimento que temos, ainda não nos levou ao subsolo do nosso inconsciente.
Minha vida não é essa hora abrupta
Em que me vês precipitado.
Sou uma árvore ante meu cenário;
Não sou senão uma de minhas bocas:
Essa, dentre tantas, que será a primeira a fechar-se.
Sou o intervalo entre as duas notas
Que a muito custo se afinam,
Porque a da morte quer ser mais alta…
Mas ambas, vibrando na obscura pausa,
Reconciliaram-se.
E é lindo o cântico.
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As folhas caem como se do alto
caíssem, murchas, dos jardins do céu;
caem com gestos de quem renuncia.
E a terra, só, na noite de cobalto,
cai de entre os astros na amplidão vazia.
Caimos todos nós. Cai esta mão.
Olha em redor: cair é a lei geral.
E a terna mão de Alguém colhe, afinal,
todas as coisas que caindo vão.
Não dá para viver sem um truque. A noite, enquanto espera o sono, esboce novos planos que lhe tragam, se não a glória, pelo menos o suficiente para continuar a fazer novos planos para um amanhã. Pode ser um amanhã simples, modesto, que seja apenas um amanhã.
TEU CORPO
O teu corpo muda
Independente de ti
não te pergunta
se deve engordar.
É um ser estranho
que tem o teu rosto
ri em teu riso
e goza com teu sexo.
Lhe dás de comer
e ele fica quieto.
Penteias-lhe os cabelos
como se fossem teus.
Num relance, achas
que apenas estás
nesse corpo.
Mas como, se nele
nasceste e sem ele
não és?
Ao que tudo indica
tu és esse corpo
-que a cada dia
mais difere de ti.
E até já tens medo
De olhar no espelho:
Lento como nuvem
o rosto que eras
vai virando outro.
E a erupção no queixo?
Vai sumir? Alastrar-se
feito impingem, câncer?
Poderás detê-la
com Dermobenzol?
Ou terás que chamar
o corpo de bombeiros?
Tocas o joelho:
Tu és esse osso.
Olhas a mão.
A forma sentada
de bruços na mesa
és tu.
Mas quem morre?
Quem diz ao teu corpo – morre –
quem diz a ele – envelhece –
se não o desejas,
se queres continuar vivo e jovem
por infinitas manhãs?
