Amor que Morreu

Aqueles que dispõem de meios pensam que a coisa mais importante do mundo seja o amor. Os pobres sabem que é o dinheiro.

Diante do amor existem três tipos de mulher: aquelas com as quais nos casamos, aquelas que amamos e aquelas que pagamos. Todas essas podem muito bem estar numa só. Começamos por pagá-la, depois a amá-la e, por fim, casamo-nos com ela.

O amor é o maior prazer acessível ao homem.

Eventualmente, você chegará a entender que o amor cura tudo, e o amor é tudo que existe.

O amor morre mais de indigestão que de fome.

À medida que os sentidos avançam e se desencadeiam numa direcção, o amor verdadeiro exaure e retira-se. Quanto mais os sentidos se tornam pródigos e fáceis, mais o amor se contém, empobrece ou se torna avaro.

Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho. Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos embriagam.

O amor tem momentos realmente exaltantes: são as rupturas.

O amor é, como a medicina, apenas a arte de ajudar a Natureza.

Ninguém é mais adulado que os tiranos: o medo faz mais lisonjeiros que o amor.

O ódio pode ser perspicaz, mas nunca num sentido maior. Só o amor possui um horizonte.

O amor grava sua tatuagem na carteira de todo amante.

Os homens amam através do ciúme; mas as mulheres são ciumentas do amor.

O amor sem ciúme não é amor.

Linguagem mais eloquente que o amor é o silêncio.

O maior milagre do amor é o de curar da galantaria.

A igualdade é o vínculo mais sólido do amor.

O amor abre os olhos à mulher e fecha-os ao homem.

Falar abertamente e pelo amor à verdade é arriscar a vida.

Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.