Amor no Tempo Maduro- Carlos Drumond de Andrade
Tenha esperança com realismo
Pois um completa o outro
Os dois te ajudaram a superar tudo
E principalmente, ter o que é preciso
A MENINA DE PALMARES
Havia uma menina
cuja infância se foi na cheia
afogada nas águas pretas
e escuras do Rio Una
Daqueles tempos molhados
carrega consigo meia dúzia de fotos
e os espaçamentos da memória
cujas lacunas completam o inteirar de sua história
Na inocência dos seus olhos
brincava com a farra das águas
assistindo do alto da casa que lhe era abrigo
junto com outras crianças que como ela
aguardava o retorno desalojado dos pais
Era uma infância úmida devorada pela fome da boca
inundada de dilúvios e pelo banhar selvagem do rio
Não nasceu dos ossos das costelas
mas da mesma argila e do mesmo barro que Adão
Por sobre as águas das chuvas e do lado
boiavam entre bonecas e tiaras
as sobras flutuantes de suas lembranças
e do vestido submerso de sua primeira comunhão
apenas sobreviveu o terço presenteado de sua mãe
No leito em que hoje dorme convivo com suas noites
e me banho todo dia me enxaguando
nos afetos encharcados dos líquidos
de seus mais profundos amores
Nasceu ali...
Nas sombras da árvore da vida um casal acompanha o fim do por do sol,
a paixão é muito radical, muito explosiva, ela chega implorando por intensidade, implorando por profundidade,
anoiteceu, a partir dali nasceu unidade, nasceu um grande amor.
O HOJE ANTES DO AMANHÃ
Não vou esperar
as formigas em tua boca
carcomerem tua história,
hoje prefiro-te como agora:
incompleta imperfeita e inconcluída
Nas vezes que sinto a solidão fria,
E nas mentiras que, às vezes, construo,
No vazio sombrio, a alma flutua,
Olhando o íntimo, onde me diluo.
Me pego, às vezes, no amor não vivido,
Fugindo dele, na multidão dispersa,
No vão, entre sombras, onde estou perdido,
Minto para o coração que persiste.
Olhando bobo, nesse jogo incerto,
A alma dança, entre a verdade e engano,
No meio do vazio, um eco desperto,
Entre o sentir e mentir, me engano.
Assim, no soneto, meu ser vagueia,
Entre as vezes que sinto e mente teceia.
Pierrot
Do ponto da desgraça
Ao que o coração empala
Como Pierrot o tolo ensaia
A espera de sua Columbina
Dentre o olhar de um Arlequim
A sempre de se seguir assim
Cântico do desprezo ao fim
A fim de vedá-la o sim
Desprovido de palavras
Atuando a encantá-la
Coração logo dispara
Almejando conquistá-la
Devaneio que vem de mim
Ali em meio às garrafas de gim
Castigando-me enfim
Ao pensar no querubim
Dispenso as esperanças
Agrego-me a insignificância
Calando o que sentia
Assim começo outro dia.
Um homem, buscando a fama de eloquência, diante de um juiz humano, cercado por uma multidão humana, acusando seu inimigo com ódio intenso, será cuidadoso para que não assassine as leis gramaticais, mas não atentará para a fúria do seu espírito que o leva a assassinar um ser humano real.
Não sei em que momento deixei de ser “eu” para então transformar em “nós”, meros mortais, passageiros em tudo. Nada nosso fica, nenhum toque ou sorriso, nem os olhos, que então se tornou estranho olhar para eles e ter a plena sensação de que me atravessaram diferente, talvez seja apenas um problema na minha cabeça, visto que se não tenho as suas respostas eu as crio.
Olha eu não sei ao certo oque é a pessoa certa ou muito menos quem seja a pessoa certa. Mas sabe quando vc tá com uma pessoa e ela te traz uma paz tão grande , uma felicidade incomparável.
Aquela pessoa que te enxergue sem te idealizar demais, aquela pessoa que apenas olhando para os seus olhos eu consigo enxergar uma luz exatamente radiante e quente, na qual ilumina meu dia escuro e frio. Aquela pessoa que não anula seus defeitos e entende que eu sou um ser humano igual a você, falha e errante predominante humano. Aquela pessoa que a gente se entende sem mesmo precisar falar uma palavra si quer. Aquela pessoa que faz meu ego tem vergonha de você , aquela pessoa que mesmo depois de uma "leve discussão" o perdão vem e procuramos nós respeitar. Aquela pessoa que seu toque é cuidadoso e leve, aquela pessoa que do seu abraço que é aconchegante e acolhedor, é como se eu estivesse em casa e ao mesmo tempo longe de tudo.
Eu queria te amar de todos os jeitos possíveis, sem medo de te perder. As frustrações que sinto, eu não conto a você. Eu queria te amar como ninguém nunca te amou, mas eu não tenho a sua autorização e por isso fico de longe observando como você é feliz sem mim ao seu lado. E o que mais me dói em meio a todas essas circunstâncias é saber que você seria muito mais feliz comigo. Eu não digo isso em voz alta para não te machucar, pois tenho medo de te perder, não estou confortável com as coisas do jeito que estão, mas tendo você ao meu lado eu aceito como for. Eu queria muito que isso mudasse, que mudássemos nossa situação, queria que você fizesse uma escolha de vez, porém tenho medo do que você vai escolher, eu queria que escolhesse a mim pois sei que sou o certo pra você, você também sabe disso, e é por isso que eu nunca vou te entender, sabe que foi feita para mim e que eu feito para você, mas independente disso eu ainda não sei sua resposta, por isso sigo sorrindo e olhando para frente
mas recebendo facadas pelas costas. Odeio quando você fala sobre ele, mas tento esconder, não é possível que ele seja tão especial que você me deixe de lado a ponto de não me escolher, eu acho que me escolheria, independente da resposta eu vou te amar até o fim, e é por isso que cegamente eu espero que sua resposta final se resuma a mim.
Talvez eu te ame
Eu apenas queria que você soubesse que desde o dia em que te conheci você acendeu uma chama em meu coração, nossos momentos foram os melhores, sensações, sentimentos que se afloram, seus olhos vidrados em mim me faz me sentir único, talvez eu devesse me esforçar mais, me dedicar mais a tudo isso, eu temo te perder, me trás uma angústia inquietante, mas eu só queria dizer que te amo de uma maneira mais do meu jeito entende?
Ela é a cara da mãe,
que em tudo puxou de sua avó.
A avó, por sua vez,
é idêntica à mãe que um dia teve,
que vejo em apagados retratos,
e que, conforme antigamente contavam,
era cópia fiel da bisavó da mãe
da mulher que hoje amo,
e que é a cara esculpida da minha sogra.
Creio que me apaixonei
foi por uma mulher do começo do século XIX
Já experimentei dois tipos de amores: o que cura e o que dói. Curiosamente sinto saudade do último.
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