Amor entre Pessoas que Nunca se Viram
Sozinha nos trilhos eu ia,
coração aos saltos no peito.
O espaço entre os dormentes
era excessivo, ou muito estreito.
Paisagem empobrecida:
carvalhos, pinheiros franzinos;
e além da folhagem cinzenta
vi luzir ao longe o laguinho
onde vive o eremita sujo,
como uma lágrima translúcida
a conter seus sofrimentos
ao longo dos anos, lúcida.
O eremita deu um tiro
e uma árvore balançou.
O laguinho estremeceu.
Sua galinha cocoricou.
Bradou o velho eremita:
“Amor tem que ser posto em prática!”
Ao longe, um eco esboçou
sua adesão, não muito enfática.
Dupla identidade
“Você não consegue se achar na pessoa que você é, pois está preso entre quem querem que você seja e quem você quer ser, sua vida passa a não ter mais sentido, já que a incompreensão não deixa espaço para que você decida o que quer ser.”
O “eu te amo” pode estar escondido entre um olhar e outro, um gesto singelo acompanhado pela leveza e a sintonia de momentos oferecidos pela vida.
Toda a obra literária leva uma pessoa dentro, que é o autor. O autor é um pequeno mundo entre outros pequenos mundos
Não Mereço ser amante
Já nem precisa me falar
Que entre nós só vai rolar
Quando você quiser
Assim que puder
Sabe onde me encontrar
Eu nem queria me entregar
Sabia que existia alguém
Sem querer vacilei
Me apaixonei
E não da pra voltar atrás
Porque não para e pensa um pouco em nós
Enxerga que também eu posso te fazer feliz
Agora é você quem diz
Eu te falei que eu não queria mais brincar de amar
Me magoei sabendo que tem outro em meu lugar
Eu não aguento esperar
Me iludi o bastante
Não mereço ser amante
Eu te falei que eu não queria mais brincar de amar
Me magoei sabendo que tem outro em meu lugar
Eu não aguento esperar
Me iludi o bastante
Não mereço ser amante
O Brasil é isso: uma engenhoca construída pelo diabo, entre orgasmos de humorismo sádico, para frustrar todas as esperanças humanas e assegurar que nenhum problema grande ou pequeno, coletivo ou individual, terá jamais solução.
Entre todas aquelas coisas mal ditas, eu só queria ter lembrado que eu deixaria tudo se você ficasse.
É tempo também de acabarmos gradualmente até com os últimos vestígios da escravidão entre nós, para que venhamos a formar em poucas gerações uma nação homogênea, sem o que não seremos verdadeiramente livres, responsáveis e felizes.
Se a mulher foi, muitas vezes, comparada à água, é entre outros motivos porque é o espelho em que o Narciso macho se contempla; debruça-se sobre ela de boa ou de má-fé. Mas o que, em todo caso, ele lhe pede é que seja fora dele tudo o que não pode apreender em si, pois a interioridade do existente não passa de nada e, para se atingir, ele precisa projetar-se em um objeto. A mulher é para ele a suprema recompensa porque é sob uma forma exterior que ele pode possuir, em sua carne, sua própria apoteose
A vida tem altos e baixos e saber reconhecer a diferença entre um dia ruim e uma vida ruim evita dores, angústias, estresse e desgaste desnecessário.
Existe uma diferença gigante entre amigo e colega. Na hora da dificuldade é quando melhor você consegue diferenciá-los.
Entre o desejo e o medo, entre o poder e a existência, entre a essência e o declínio, caem as sombras. É assim que o mundo termina.
A música era o meu refúgio. Eu pudia rastejar para o espaço entre as notas e dar as costas para a solidão.
A diferença entre mim e você, é que enquanto você está aí fazendo promessas eu estou aqui as cumprindo.
“Chatear” e “encher”
Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: você telefona para um escritório qualquer na cidade.
— Alô, quer me chamar por favor o Valdemar?
— Aqui não tem nenhum Valdemar.
Daí a alguns minutos você liga de novo.
— O Valdemar, por obséquio.
— Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar.
— Mas não é do número tal?
— É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar.
Mais cinco minutos, você liga o mesmo número:
— Por favor, o Valdemar já chegou?
— Vê se te manca palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui?
— Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.
— Não chateia.
Daí a dez minutos, ligue de novo.
— Escute uma coisa: o Valdemar não deixou pelo menos um recado?
O outro dessa vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.
Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação:
— Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar! Alguém telefonou para mim?
Paulo Mendes Campos, in Para gostar de ler - Crônicas
– Deixe-me adivinhar. Ele virou um bebê?
– Entre outras coisas, sim. O que faz aqui?
– Esse é o Paradoxo EPR. Em vez de forçar o Lang pelo tempo, podem ter forçado o tempo pelo Lang. É complicado e perigoso. Não avisaram para não fazer?
– Você avisou.
– Avisei? Graças a Deus estou aqui.
(Diálogo entre Capitão América e Homem de Ferro)
Entre tantos altos e baixos consigo tirar um sorriso da cartola. A vida segue conforme está escrito. Mas a caneta do livre arbítrio sou eu quem escrevo. A decisão está em minhas mãos
"Desejo que encontre maneiras para se fazer feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir. Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir."
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