Amor e Bondade
E pra você o que é o amor?
Esqueça aquele papo, que ninguém é feliz para sempre, que o amor de verdade não existe mais, que tudo hoje em dia é superficial. Todo mundo vai sofrer um dia, isso é inevitável, traições, desilusões e perdas, são coisas que o mundo nos proporciona, depende de nós, querer acatar isso ou não.
Esqueça também, aquele amor dos filmes, aquele amor perfeito, em que tudo são rosas. O verdadeiro amor, vive de altos e baixos, e essa é a grande magia do amor verdadeiro, é você brigar e dez minutos depois, estar abraçado com a pessoa que você ama, o amor verdadeiro é aquele que você sabe os riscos que está correndo, e mesmo assim se entrega de corpo e alma, nem sempre será felicidade e nem deve, pois tudo nessa vida em excesso enjoa, e com o amor não é diferente, quando uma relação se torna monótona, o encantamento acaba, porém, isso é uma escolha nossa, vai da nossa vontade de estar com a pessoa amada, fazer algo pra mudar isso. Agora me diga, que graça teria o amor, sem as brigas, sem as discussões, pois depois disso, vem a reconciliação, e venhamos e convenhamos, é muito gratificante você dar um abraço na pessoa que você ama depois de uma briga, pode até soar estranho isso, mas só quem já passou sabe o que eu tô falando.
Para mim, o amor, é mais que acordar todo dia do lado da pessoa que você ama, pra mim, o amor, é saber que, a pessoa tem seus problemas e preocupações, e querer tomar posse dos problemas do outro, querer ajudar a solucionar da melhor forma possível, e dar um tiro no escuro, na verdade, pra mim o amor, é mais que um simples te amo. E pra você, o que é o amor?
-Ablonthesad
Aqueles com problemas devem ser tratados com bondade. E às vezes isso requer muita coragem.
O que os olhos vêem?!
Tantas são as situações verbais que citam o 'olhar'. Quem já ouviu: "O que os olhos não vêem, o coração não sentem" (ditado popular). Essa frase indica que o olhar interagem com o restante do corpo, mas isso é algo automático? Qual a primícia da funcionalidade da visão? É a visão que nos permitem criar a imagem. Sua função é fazer a energia luminosa (luz) chega aos nossos olhos trazendo informações do que existe ao nosso redor. Nossos olhos conseguem transformar o estímulo luminoso em uma outra forma de energia (potencial de ação) capaz de ser transmitida até o nosso cérebro. Esse último é responsável pela criação de uma imagem a partir das informações retiradas do meio (in: sobiologia). Pronto. Se nossa visão realiza plenamente sua função, então olhamos algo que foi produzido em nós, por nós, dentro de nós. O nosso corpo em pleno funcionamento. Em plena interligação. Ou seja, eu vejo o que minha capacidade de visão cria de imagem. Esse procedimento é necessário para interpretarmos o mundo. Sim, mas não apenas 'olhando'. A medida que eu olho, já realizo uma interação interna e externa. Por isso tão necessário Jesus dizer nas escrituras sagradas: "Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz". Mateus 6:22. Essa explicação resolve muitos conflitos, não é? Tudo depende do seu conceito de 'bondade'. Que não deve ser divergente do que explicita o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa: bondade- "qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem; benevolência, benignidade, magnanimidade" . Por isso quis o salmista Davi ter infinitamente a bondade em sua vida: Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias. Salmos 23:6. Posso partir também para pensar que o 'olhar' também se tornou uma condição 'Sine qua non', ou seja, 'conditio sine qua non é uma expressão que originou-se do termo legal em latim que pode ser traduzido como “sem a/o qual não pode ser”. Refere-se a uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial'. Isso foi evidenciado na atitude do discípulo Tomé. Duvidou da ressurreição de Jesus, até que ele o viu: 'Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram'. João 20:29. O que dizer de um cego? Viverá eternamente em dúvida? Claro que não. Quem não consegue ver; indivíduo que, por alguma razão, foi privado de sua visão, usam os outros órgãos: o tato, audição e outros sentidos para enxergar para criar sua imagem do ambiente. A pergunta inicial: o que os seus olhos vêem?" na atualidade tem gerado intensas polêmicas, isso porque há uma vontade individual, ou de grupo segregado para 'impor', 'relativar', 'banalizar', 'ditar' a nossa maneira de olhar. O que foi explicado no início desse texto, como que funciona nossa visão. Há como disciplinar nosso olhar? Eu respondo que há como sermos pessoas de bem. Concordo com as palavras de Jesus, e reafirmo: se os nossos olhos forem bons, tudo segue bem. Se isso não se efetiva, há uma opressão ou uma prisão. E isso chega a ser leviano. "Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão". Mateus 7:5. De certo é que a humanidade desde séculos passados tem desejado não vêem. Talvez por isso se justifique o ditado que citamos. Não vêem, não sente. Palavras de Jesus: "E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno". Mateus 18:9. Em síntese: - O olhar que faz sentir. O olhar de bondade. O olhar que faz crê. O olhar leviano. O olhar que prejudica. O olhar de um cego. Seja qual for a parte do texto que descrevi, o meu objetivo é que você seja possessor do seu 'olhar'. Sem trivialidades.
Meu amigo Raucci: uma lição de vida.
Este artigo é dedicado, com todo carinho, a um grande amigo que nos deixou há 14 anos, Dr. José Armando Raucci, e à sua família, Cleide, Ana Cláudia, Paulo e Rogério, e aos netos. Ele foi um dos maiores administradores que o Brasil já conheceu, hoje algo tão difícil em nosso país. Daí a razão desta merecida homenagem.
Uma lição de vida!
Cada um de nós tem um amigo, ou uma amiga, que faz uma grande diferença, em algum momento de nossas vidas, ou durante toda nossa existência.
Eu, quando jovem, prestei concurso público e fui trabalhar na CEF - Caixa Econômica Federal, em São Paulo.
Com aquele espírito de conquista, de descoberta, de idealismo, que norteia a vida de todo jovem, principalmente daqueles que vivem no interior e vão para a capital, entrei de corpo e alma no trabalho.
Era uma época bonita na CEF, nós estávamos na década de 70, com o Brasil em pleno desenvolvimento. O próprio País se descobrindo e construindo seu futuro, como nós, jovens idealistas, construíamos o nosso.
Na educação, nas artes, na indústria, na política, na tecnologia, havia um espírito de esperança, de certeza de um futuro melhor.
- Só mais tarde descobri que, na realidade, via fora o futuro que desejava para mim.
As portas estavam abertas para o crescimento profissional, dentro da CEF, para todos aqueles que, como eu, preocuparam-se em investir em cursos, palestras e seminários dos mais diversos tipos.
Foi nessa época que tive a felicidade, e a honra, de conhecer o Raucci, um dos seres humanos mais incríveis que alguém pode ter como amigo e um dos maiores administradores que este País já teve.
Eu, aos 23 anos, um subgerente idealista, com visão local, querendo reformar o mundo. Ele, um diretor operacional com a visão do todo, e cuidando do "local".
Antes que o conhecesse pessoalmente, sem que eu soubesse, ele me “adotou” como um filho ou irmão mais novo , cuidava de meus passos, guiava meus caminhos e protegia meu futuro profissional.
Quando à beira dos "abismos da vida", lá estava ele estendendo a mão, me aconselhando, me ensinando a navegar, como se fora um professor que cuida do aluno do primeiro ano escolar, me orientando e me mostrando o norte.
Como jovem Gerente de Agência e Instrutor de Gerentes, costumava contestar as decisões da administração superior, que me parecessem injustas para com os clientes (mais uma vez olhando o local!).
Ele, em uma sexta feira à tarde, chamou-me à sua sala e, gentilmente, mostrou-me o "geral".
Disse-me, com toda paciência, de forma didática até, que precisávamos construir a casa tijolo por tijolo, e muitas vezes refazer paredes, para que a construção ficasse sólida: "O bom pescador é paciente e não faz barulho".
- Melhor, doce amigo Raucci, é o pescador que preserva e respeita os peixes menores! Você sempre foi mestre nisso.
Em pouco tempo, levou-me para uma chefia de divisão na Gerência de Administração e Recursos Humanos, a sua Gerência Operacional, na Avenida Paulista onde, por seis anos, vivi em um paraíso de realizações, sendo orientado por um dos maiores Administradores que o Brasil já conheceu, Dr. José Armando Raucci.
A grandeza do filho, do irmão, do esposo, do pai, do tio e do amigo; A visão de futuro, a produtividade, a lealdade, a bondade e a generosidade deste homem, dignificaram e dignificam a Raça Humana.
São, e o serão, pela eternidade, um pleito diário de gratidão à criação divina e à beleza do Reino de Deus.
Em um dia de fevereiro, hoje distante em minha lembrança, e presente em todos os meus dias, estive com o Raucci, no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Fui convidado a auxiliar na sua movimentação na cama para que recebesse os medicamentos do dia e, para isso, tive que abraça-lo carinhosamente.
Lá fora a tarde se acabava e caia a noite, o sol ia se despedindo de mais um dia, de mais uma jornada. Já sem poder falar, meu querido amigo, de tantos anos, pegou em minha mão com carinho, de forma característica, e despediu-se de mim.
No dia 02 de março, uma quinta-feira, despediu-se de todos nós.
O país, naquele dia, perdeu um de seus grandes homens, ouso dizer um de seus maiores homens, e Deus recebeu um de seus maiores e mais queridos filhos.
Por favor, meu amigo Raucci, onde quer que esteja, seja lá a missão que esteja desempenhando agora, continue olhando por nós.
Está, e sempre estará em nossas orações, e em nossos corações.
Glória
Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo
E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama
Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.
Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.
(in "Dispersos e Inéditos")
Irmãos, a um mesmo tempo, Amor e Morte, / criarei a sorte. / Coisas assim tão belas / no resto do mundo não há, não há nem nas estrelas.
Os arrufos entre amantes podem ser renovações de amor, mas entre os amigos são deteriorações da amizade.
O mais belo momento de uma mulher (...) é aquele em que, seguros do seu amor, ainda o não estamos dos seus favores.
O nosso amor-próprio suporta com mais impaciência a condenação dos nossos gostos que a das nossas opiniões.
