Amor de Menina
América Menina, América Latina
Tão bela, tão formosa,
Nas mãos de gente ladina,
Te querem América latrina.
Quanta torpeza!
América, América Latina,
Abençoada pela Mãe Natureza
Teu povo tem triste sina.
Quando poderias ser fortaleza
Te fazem tão pequenina.
De governantes só vileza
E os políticos, qual aves de rapina,
Saciam-se na ingênua menina.
Era uma vez uma menina que roubava coisas. Não há nada de especial nela, ela não ganhou um livro e nem a morte se interessou por sua história. Mas ela adorava roubar coisas. Ela roubava brincos, chaveiros, esmaltes e livros. Roubava tudo o que não precisava. Certo dia a menina que roubava coisas resolveu roubar um coração. Ela surpreendeu a si mesma com o desejo absurdo que lhe sucedera de roubar um coração. Mas tudo bem, roubar coisas era fácil certo? Não haveria problema então em roubar um coração. Ela saiu a procura de um coração para roubar numa tarde de março. Fazia frio e ela estava de vestido. Ela procurou muitos alvos, ela até encontrou alguns, mas nenhum deles era o tipo de coração que ela procurava. Sempre fora muito especifica em seus roubos, ela não era uma gatuna, era uma artista. Escolhia suas peças com muita precisão e fazia o que fosse preciso para apanhá-las. Aquele coração estava sendo um impasse. E ela se perguntava ‘santos deuses porque raios é tão difícil encontrar um coração que me agrade para eu roubar?’ Talvez tenha sido a sua mais longa procura. Ela quase se arrependeu de tentar roubar um coração. Ela quase voltou a roubar coisas. Coisas eram tão mais fáceis de lidar, entende? Lembrou-se de como era sua vida antes dessa obcessão por um coração aparecer. Ela até que era feliz. Cada roubo era quase um tango no teto, mas ela ficava satisfeita com pouco. E agora esse maldito coração que ela procurava não lhe aparece nunca. Veja bem, para ela a dificuldade não é encontrar um bom coração que se encaixe no que ela procura, pessoas com corações que combinam com o dela ela acha aos montes, para ela a real dificuldade é encontrar uma pessoa que não tenha sido assaltada antes dela chegar, para ela a dificuldade é encontrar uma pessoa que ainda tenha um coração para roubar. Todos, todos os seus alvos sem exceção já haviam sido assaltados antes dela chegar, e ela pensada ‘raios, como posso eu ser tão lenta? Sempre chego atrasada!’ Ela seguia procurando em cada sala, meio fio, esquina, boteco, terraço e gaveta, alguém com um coração ainda não furtado. Nunca se soube se ela conseguiu encontrar alguém que combinasse com ela e permitisse que ela lhe furtasse o coração, mas há boatos que ela ainda corre pelas ruas nas manhãs, tardes e madrugadas, destrambelhada, embriagada, alucinada e desesperada a procura de um coração livre para furtar.
Eu tento
me comportar
Eu Juro!
Dizem até
que sou
uma boa menina
mas sei lá
o que me dá
que basta
ele me tocar
que perco
de vez
a
disciplina!
Eu queria ser de novo aquela menina que te olhava dentro dos olhos e não tinha um pingo de medo de ouvir um não. Queria poder te contar todos os segredos, sem emendas. Queria chorar, ficar em silêncio, mas sempre ao seu lado. Queria que você me abraçasse a ponto de eu me esquecer de todo medo que já passei na vida.
Menina em flor
Tem os olhos mais negros que já se viu
O olhar mais meigo que já existiu
Seu rosto é perfeito tal como uma flor
Uma espécie de beleza traduzida em amor
Ninguém pode imaginar que em cada espinho
Haja uma inesgotável fonte de carinho
Sua intenção é manter uma distância segura
De tudo o que não lhe traga ternura
Numa primavera desabrochou para a vida
Dentre rosas e tulipas a mais colorida
Depois suas pétalas cairão ao chão
Num longo processo de transformação
Parte de você se modificou no outono
Como um anjo que caiu no sono
Dormiu menina e acordou mulher
E o fruto já se podia colher
Ele chegou em pleno verão
Na forma de um pequeno botão
Que foi preenchendo todo o seu coração
No balbuciar de cada canção
Não foi preciso chegar o inverno
Para que despertasse seu extinto materno
Pois cada mãe é comparável a uma flor
E a sua semente é o mais puro amor.
Gamp — com Gisele Pereira.
Era simples, era tão simples ser menina, ser pequena na minha alma, ter entre os maiores medos o escuro e as noites de tempestade. Que saudades desse gosto doce que só a meninice da infância tem!
E a menina contemplava o céu alaranjado
Fabricas, carros, pessoas...
Outro dia que terminava atormentado
Dez para as seis da tarde,
enquanto ela caminha, vão ganhando vida as luzes da cidade
Isabelly atravessou Atravessou a rua sem olhar para os lados
Na avenida o mundo parou no sinal vermelho
E o dia acabou refletindo no espelho,
de cada automóvel desenfreado
Sonhei você menina
Como no dia que te conheci
O inconsciente trota comigo
O céu desajeitado sempre desaba no mesmo lugar
És menina com atitudes de mulher e pela inocência encantou-me e pela experiência me arrebatou;
Não me canso de admirar suas sinceridades anônimas que mexem com o meu coração;
Seu sorriso me desconserta e teu perfume me desatina para te cortejar como mereças;
Minha menina tão inocente, mas também tão esperta me conta os segredos do teu coração?
Diga-me que estamos distante de tudo e estamos mais perto do que há no coração;
Sei que não é permitido nem um olhar muito menos um toque que me possa encantar, mas tenho-lhe no coração que ninguém pode tirar para muito... Muito... Tempo te amar;
Menina
Menina é vaidosa
Menina é corajosa
Menina é simpática
E não é mentirosa.
Menina brinca de boneca
Menina brinca de casinha
Menina é aquela
Que joga amarelinha.
Que menina é essa?
O quê menina come?
Do quê menina briga?
Do quê menina conversa?
Menina gosta de dançar
Menina gosta de ler
Menina gosta de cantar
E principalmente de se apaixonar.
Ser Humano
Sou assim tão pequenina
Não importa o tamanho
E nem minha vida
Continuo uma menina
Um ser pequeno
Um ser igual
Sou uma menina
Uma menina intelectual
Não me diferencio
Não me acho feia
Sou uma menina
Sou muito faladeira
Quem sou eu?
Sou uma menina
Eu sempre me abano
Sou assim, um ser humano.
Menina, se Deus te ouve fale com Ele sobre mim. Diga que sou grato pela vida, pela beleza da natureza, pela percepção das cores. Peço essa prenda. Não creio em santos, mas creio em Deus, Cristo e o Espírito Santo. Creio também não ser ouvido. Enfadei os ouvidos de Deus e sou o tédio do Céu. Por isso peço essa prenda menina, fale com Ele sobre mim. Diga que à pouco enfrentei muito e nem sabia que o corpo podia suportar a alma tão pesada. Que os horrores da vida me perseguem e ora, alguns me alcançam. Mas não quero lamentar, de dores e lágrimas também compõem a vida. Diga que sei que sou pequeno, que se as muitas pedras e a ausência dEle me eram para mostrar minha pequena existência, diga que já entendi, se não, peça perdão por este pensamento. Alias peça perdão por muito, poderia dizer, mas me envergonho e temo não ganhar absolvição, de sorte que só quero o perdão. A vida me tem retribuído cada erro.
Não me peça, a Ele, favores menina, não tenho coragem. Deus já me foi muito bom, até penso que de compaixão, às vezes, ele olha pra mim. Mas que se não for de mim arrogância, peça que ele apenas me dê um novo sono, sono bom, livre de sonhos cruéis. Menina, não tenho mais nada a lhe pedir, tão só que fale ao Senhor por mim. Mas temo que Ele não te ouça por falar de mim, não penso que Deus se zangou comigo, mas que é por não saber o que pensar que temo. Creio que enfadei os ouvidos de Deus e sou o tédio do Céu.
Por fim, diga que me sinto só, mas tenho suportado bem, comprei a antologia de Neruda e leio bastante, também me perco no tempo ouvindo as canções de Bethânia. O Resto é distração. Então diga amém, apenas para concordar, não como fim.
A menina que eu queria ser
Não foi culpa do tempo
Este triste lamento
Da distância existente
Entre o que poderia ter sido
E o que aconteceu realmente
Não foi culpa do tempo
Se as pessoas mudaram
Se corações se quebraram
Se as bocas calaram
E os sonhos acabaram
Não foi culpa do tempo
Tampouco, o culpado foi você
Por deixar me perder
Dos sonhos que queria viver
Mas, que nunca chegariam a ser
Se não foi culpa do tempo
Mais um instante te peço
Pois, o culpado eu conheço
Quem errou desde o começo
A surpresa está no reflexo
Do espelho em que me reconheço
E assim me dou conta
Que nas coisas que não pude ter
Nos sonhos que permiti morrer
Nos amigos que deixei de ver
Fui mantando aos poucos
A menina que eu queria ser
Gamp
Menina bonita com menino feio, menino bonito com menina feia. Enquanto você vive de aparência, eles vivem de amor. (Bruno Martinni)
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