Amizade de Prima
Conheço e sigo uma influencer maravilhosa, que segue de volta. Ela é prima da ética, madrinha do bom senso e irmã da verdade, chama-se consciência!
As ofertas e atrações do mundo acabam deixando o homem agarrado demais com a matéria prima e desgarrado de menos importância da matéria primordial, o espírito.
Milton Nascimento em sua obra prima a música Encontros e Despedidas, resumiu, de forma simples e didática, em uma estação de trem, a vida: “...todos os dias é um vai e vem; a vida se repete na estação; tem gente que chega pra ficar; tem gente que vai pra nunca mais; tem gente que vem e quer voltar; tem gente que vai e quer ficar; tem gente que veio só olhar; tem gente a sorrir e a chorar; ....o que chega é o mesmo trem da partida; ... a hora do encontro é também da despedia....”.
INEXPLICÁVEL PRIMAVERA
Viu-se no jardim a flor mais bela,
entre as rosas, da inexplicável primavera.
Tão tenra e linda era, pequenina rosa bela.
Ja estava entardecendo, quando passou-se por ela, o supremo jardineiro.
Ao vê la, assim tão bela, encurvou-a ao seu rosto para sentir seu cheiro.
Apegou se ao jardineiro,
a pequenina rosa bela,
a desprender-se do seu galho,
em sua inexplicável primavera.
Autor: Cicero Marcos
Grande dor a uma criança morta
(em homenagem à prima Kátia)
I
Chegaste e eu fiquei triste.
Chorei... Não podia crer
Que isso fosse a pura verdade.
És muito mau meu amigo.
Por que dar uma notícia assim?
II
Fiquei chocada, gritei...
Mas tudo inútil,
Pois só tu me ouvias!
III
Tristeza, sempre estás
Aqui junto a mim.
Nem sei se aguento...
Mas a ilusão de tudo se acalmar,
E a nossa felicidade voltar,
Ainda existe em meu coração.
IV
Sorrir, sorriso puro?
Era o daquela linda criança
Que conheci há algum tempo...
Seus olhos azuis, quase negros,
Fitavam os meus vivamente
Enquanto eu, pobre pirralha,
Escondia, para não veres,
Uma enorme, grande
Tristeza e dor...
V
Teus cabelos perfumados
Todos os dias eu afagava.
Tu sorrias, pura criança...
Andavas, corrias e choravas...
Mas eu não me importava!
Tu me querias e eu a ti.
Amada, minha querida!
Eras tão boa de alma.
Singela, tão sonhadora e triste!
Será que tu herdastes algo meu?
Não, não quero...
VI
Mas hoje, criança,
Dormes um sono,
Um pesado sonho angelical.
Aquele que permite a nós, homens,
O descanso eterno pela morte...
Não corres, nem choras e nem sorris mais...
Teus cabelos estão ainda perfumados...
Teus olhos, nem posso lembrar-lhes a cor!
Mas lembro que eram puros,
Tão puros quanto a flor!
(junho/ 1967)
"A arte e o eterno tem como sua matéria prima o básico.
De vinte e seis letras apenas, nasceram todos os romances e poesias mais inesquecíveis, já escritos.
Com as variações de uma escala de sete notas, belas sinfonias e melodias foram compostas.
Somente noventa e dois elementos químicos, descritos na tabela periódica, são a base utilizada na criação de todo o universo.
Autores, compositores e criadores, tornaram-se singulares.
A arte os fez transcender.
Pense, só é preciso saber combinar os elementos que se tem, para também fazer o seu mundo mais bonito.'
Em 1802, nasceu um poema inigualável, uma obra-prima que mergulha nas profundezas da existência e da intelectualidade. Este poema, rico e complexo, se aventura além do nosso mundo físico, explorando os mistérios e as maravilhas da vida celestial. É uma reflexão profunda sobre a espiritualidade e a transcendência, uma celebração do conhecimento e da busca incessante pela verdade. Este poema é uma expressão eloquente da curiosidade humana e da nossa eterna aspiração ao divino.
O caráter não é sentença perpétua; é matéria-prima moldável pelas mãos da verdade, da justiça e de Deus.
Quando começa a florejar o ipê
Sua floração amarelado com perfume doce suave anuncia a primavera a estação dos amores da paixão do desejo cheia de romances e poesias
O ipê em sua beleza encantadora florido exalando seu perfume adocicado como o amor dos enamorados...
A primavera é chamada de primavera porque ela é uma prima legítima e sincera. Mas na verdade o nome dela é Vera, prima Vera.
Trem
Que trem bom...
Eu também tô nesse trem
Que me pegou na prima vera,
A estação do amor.
Agora a “Maria” é só fumaça
Que me leva nesta estrada
Indo ela aonde for...
Ô trem bom
É estar com ela
Sobre os trilhos do amor...
Fica para traz
Só a montanha da saudade.
Que trem bom é esse trem
Que me pegou na estação do amor...
Onde todos os caminhos
Me tem por destino
O coração do meu amor.
Edney Valentim Araújo
1994...
Não sei se a prima é Vera ou Rosa só sei que nesta primavera primorosa o tempo está propício para cuidar da própria vida.