Amigos Verdadeiro

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Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e igualmente, de todos, aquele que menos nos preocupamos em adquirir.

À medida que os sentidos avançam e se desencadeiam numa direcção, o amor verdadeiro exaure e retira-se. Quanto mais os sentidos se tornam pródigos e fáceis, mais o amor se contém, empobrece ou se torna avaro.

O que dá o prestígio verdadeiro ao artista são os seus imitadores.

Às vezes desperdiçamo-nos: o nosso verdadeiro desejo é deixar de viver exclusivamente para nós próprios.

O verdadeiro prazer da vida é viver com gente que nos seja inferior.

O talento do historiador consiste em compor um conjunto verdadeiro com elementos que são verdadeiros apenas pela metade.

O verdadeiro objetivo da ciência é a verdade; em contrapartida, o verdadeiro objetivo das artes é o prazer.

Para uma civilização, não é a técnica que representa o verdadeiro perigo, é a inércia das estruturas.

O verdadeiro modo de vencer os escrúpulos é não deixar nada a perder a quem os tem.

Sabe-se que o verdadeiro gênio consiste em fornecer, uma vintena de anos mais tarde, ideias aos cretinos.

O verdadeiro mendigo é o único e verdadeiro rei.

Gotthold Lessing
LESSING, G., Nathan, o Sábio, 1783

O amor e o seu reverso, o ódio, constituem o verdadeiro estudo da vida, porque só eles tiram as consequências dos outros indivíduos.

O verdadeiro patrão é alguém que participa apaixonadamente do trabalho que fazemos, que o faz conosco, e através de nós.

Quem procura amigos, merece encontrá-los; quem não tem nenhum, nunca os desejou.

Gotthold Lessing
LESSING, G., Epigramas

Os aduladores assemelham-se aos amigos como os lobos aos cães.

Os livros são os mais serenos e constantes dos amigos; são os mais acessíveis e sábios dos conselheiros, e os mais pacientes dos professores.

Uma pessoa tem alguns amigos menos do que supõe e alguns mais do que conhece.

Aquele que busca muitos amigos - encontra muitos inimigos.

Amigos verdadeiros são os que nos acodem inopinados com valedora mão nas tormentas desfeitas.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Memórias do Cárcere, 1862

Os corações dos nossos amigos são frequentemente mais impenetráveis que os dos nossos inimigos.