Amigo que eu Escolhi
Como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
A pessoa que menos me acrescentou, que menos me amou, que menos me fez rir e que eu menos conheci é a que eu amo, ou pelo menos é a que me mata de saudade todo dia!
Você não me entende porquê você nos divide em dois: eu e você. Não existe divisão. Eu não sou só eu. Eu sou também você e todos os outros, e todas as coisas que eu vejo. Você não me entende porque você nunca me olhou. Olhe firme no meu olho, me encara fundo. A gente só consegue conhecer alguém ou alguma coisa quando olha para ela bem de frente, cara a cara.
... volta que eu cuido de ti e dou um jeito qualquer de tu ficares bom e então nós podemos ir embora (...) qualquer outro lugar onde tu possas ficar completamente bom do meu lado e para sempre, volta que eu te cuido e não te deixo morrer nunca.
E eu estava só. Sem precisar de ninguém. É difícil porque preciso repartir contigo o que sinto.
Eu e vc. . .
não é assim tão complicado
não é difícil perceber
Quem de nós dois
vai dizer que é impossível
o amor acontecer ??
e cada vez que eu fujo...
eu me aproximo mais ....
[Quem de Nós Dois]
E - não percebem? - o terror daquela posição não estava em receber uma paulada na cabeça - embora eu tivesse uma sensação muito vívida desse perigo, também - mas em que eu tinha de lidar com um ser ao qual não podia apelar em nome de qualquer coisa superior ou inferior. Tinha, como os negros, de invocá-lo - a ele mesmo - à sua exaltada e incrível degradação. Nada havia acima ou abaixo dele, e eu sabia disso.
Eu também preciso te ver, senão vou morrer de amor insatisfeito de desencontro de saudade com sede insaciada.
É doloroso ver o carreirismo, a falta de escrúpulos e o maucaratismo de gente que eu, ingenuamente, supunha “amigos”.
Acho que eu viveria bem sem você. Acho que até seria muito feliz. Mas ainda bem que não precisei viver sem ti!
Eu acredito em amores eternos, daqueles que acompanham a gente pela vida inteira, como se tempo e amor se fundissem num só elemento, tornando-se imutáveis, indestrutíveis!
Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim.
Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. (…) Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.
Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.
Eu já nem sei mais para onde ir nem o que fazer, se ao menos você me amasse um pouco, não estaria aqui e agora, (...) longe de você e de mim.
Vivo sem explicação possível. Eu que não tenho sinônimo.
