Amigo Leal

Frestando.

Vento nas frestas,
Cantando músicas
De antigas festas.

Modando.

Moda, marcas.
Até quando
Seremos gado?

Pra Presente!

Então,
Vida é isso?
Ok... Vou levar.

Vegetando?

Entrementes,
Entre dentes,
Várias carnes.

Humanos?

Predadores.
Carniceiros.
E atores.

Metafísico.

Cama é metafísica?
Coma, meta...
É física.

Chegando?

E o juízo final?
Mas, afinal,
Quem tem juízo?

Lembra?

Daqui a um tempo,
Serei só lembrança.
Já é uma esperança.

Apertado?

Pés no chão?
Mas como, com
Tantos sapatos?

Igreja?

Grandes portas.
Corredores enormes.
Mas sem saídas?

Pobre Fulano.

No velório,
Contando causos,
Como se não fosse morrer.

Cruzes!

Se tenho credo?
Meu Deus,
Credo!

Universo Matemático.

Surpreendentemente,
Tudo é organizado.
Até o caos, certinho?

Sorria, Meu Bem.

O dente é osso.
Tá no osso?
Mostra os dentes.

Adivinha...

Bola de cristal?
Foi mal,
Caiu e quebrou.

Não Atira.

À prova de bala?
Sim, exceto
As de caramelo.

Seja.

Seja o que for,
Seja o que é.
E o que deseja?

Da Vida.

Vivo e infante,
Reclamando
Dos presentes.

Que Vai, Vai.

O mundo no fosso.
E falam da morte,
Como não fossem.

Ufa!

Teus dedos,
Nos meus dedos.
Medos? Que medos?