Amiga Vou Sentir Saudades
Prefiro machucar-me emocionalmente que machucar outrem. Não digo com isso que gosto de ferir-me em constância, mas é que a dor em nós é sempre maior quando descobrimos que somos o motivo da dor do outro. Se a dor é minha, sem problemas, eu resolvo, eu me viro, mas se é de outro me desviro e a sensação de culpa permanece em mim. Me sinto a mais tola de todas.
Entre o fogo e o mar oscila meu coração.
O fogo é a paixão, paixão pela vida, pela vontade de percorrer o mundo, de viver o que for dessa vida e até mesmo de outras. Desejo por sentir o sangue na veia ferver. Sentir que estou viva 24 horas por dia, entre uma aventura e outra, sentir que meu pulsar me direciona para o que o coração deseja.
Na contra mão vem o mar, com sua leveza proporcionar a calmaria. Mostrar que toda corrida requer pausa, que todo ardor do coração clama por paz. A tranquilidade está associada a viver de forma tradicional? Talvez seja esse o medo do mar...
O fogo atrai, reluz, convida, encanta e fere.
O mar transborda, em sua infinidade mostra também que tudo e válido, mas de forma leve, constante e monótona.
Assim como o fogo queima o mar afoga. Assim como o fogo arde o mar sufoca.
Extraordinário seria ter os dois em porções do tamanho do momento. Seria ter os dois num só coração e alma... Extraordinário seria, mas não é.
Vai.
Viver é ir, de preferência adiante. De início, pequenos passos, e passos maiores quando possível. O caminho é de concreto, mas abstrato. É longo e curto. Há pedras, árvores e sonhos. E o medo. Agarrado ao balão azul, já não sei se é ele que me leva ou se sou eu que o arrasto. Deixo rastros invisíveis no chão, que só o amor vê. Ouço ecos de lamúrias e sorrisos, inclusive os meus. Viver é rir, de preferência radiante, mas também chorar. É falar, ouvir e calar. É caminhar, acreditando no impossível. É crer que os galhos que balançam sobre nossas cabeças são asas de anjos. Viver é caminhar no ar. E sentir. E ir, radiante.
Amando
Não basta um querer
É preciso sentir
Que alguém também sente
É preciso saber
Que alguém também quer
Não basta um olhar perdido
Assim simplesmente
Transpor pensamentos
Reparar o andar
É preciso sonhar
Nirvana, o prazer de sentir o óbvio
Para se conquistar o bem-estar é preciso enxergar com os olhos do espírito o momento pelo qual se sente a simplicidade da vida, apenas isto, nada mais pode ser importante do que entender o nada, o vazio, o vácuo donde todas as almas são procedentes. A emoção do ego nas grandiosidades desta vida efêmera só pode trazer constrangimentos ao empafioso que se encontra cego ao não ter a óbvia consciência de sua própria mortalidade...
No momento em que se pode realmente olhar e contemplar o sorriso de uma criança, o andar encarquilhado dum ancião, o desabrochar duma flor, a verdade duma simples gota de orvalho a refletir todo o firmamento divino. Então pode dizer que está começando a enxergar o óbvio, apenas o óbvio.
Quando a alegria for apenas pela própria alegria, sem esperar ou por ter conquistado um prêmio boçal qualquer, então, a evolução d’alma começa a florescer.
Quando você sentir o prazer da felicidade por nada, apenas nada, cresceu sobremaneira, pois, não discute mais, não tendo de provar nada, absolutamente nada a ninguém. Agora se você não está entendendo, sinto muito, pois, terá de descer do seu altar e aprender a mais simples lição desta vida, a humildade...
Feche seus olhos esvaziando a sua mente, deixe que o amor, apenas o amor invada todo o seu ser...
Se conseguir essa simplicidade, acaba de atingir o nirvana e pode esquecer os céus e os infernos, pois, atingiu o fim colimado d’alma humana, e não queira mais do que isso...
Modestamente este seu conservo pede-lhe a receita de chegar ao auge da singeleza.
Bons sonhos, onde mora a sua essência.
Indene das vezes que eu chorei, me deixaram triste e reclamei da vida que levei, agradeço pelo menos por uma coisa: pude sentir isso.
Nada melhor do que se amar, ser feliz pelo que é, se sentir orgulhosa pelo coração que tem, pelo que vê de si mesmo e só querer apenas o próprio bem!
Certa vez perguntei ao meu velho Pai, qual o remédio que ele tomava quando estava sentindo dor. Ele respondeu: Nenhum! Eu não sinto dor. Huahuahua...
"O Monge tem hora certa para escrever, e lugar para deixar sua marca. Escreve quando sente, marca o que é íntimo.
"E se for para sentir, que eu venha sentir por completo.
Não tenho o costume de sentir meio calor, meio frio, meio amor...
Se eu sinto é completo, e se não for, prefiro não sentir absolutamente nada."
Vê, além das aparências.
Há muito mais por trás do feio, do belo...
Presta atenção, escuta, conhece, sente.
O que nos toca realmente, não é o visível aos olhos, tá do lado de dentro.
Queria um dia voltar a sentir que seus versos e pensamentos de amor mesmo sem meu nome fossem pra mim..."
