Amiga Mensagem Ana Maria Braga
A felicidade interna
Vou tentar um poema engraçado
Para dar de presente a um amigo
Que põe o humor no seu calçado
Ou tenta fazer da lua seu abrigo!
Contudo, tudo o quanto consegue,
É ir ali onde a horta faz convite
Daí colhe repolho, batata e segue,
Come tudo e se farta com apetite!
Depois disso a felicidade aperece
No bom senso ele tenta o drible,
Porém, o inevitável acontece:
- A felicidade interna sai no puum...
A alegria é pra ele algo incomum
E a sequência prossegue: pum, pum!
O novo déu
Déu do cum-quibus
Buscaram os urubus
Co'a caça na mata
Balburdiava a floresta!
-Isso lá é campanha?
Resmungou o sabiá!
-Para! Só acompanha!
Interveio o velho preá!
Temos que escolher?
Perguntou o coelho!
Temos! É um dever!
O urubu pressionando:
- O dever é um direito!
Acabou se gabando!
II
E daí que na floresta
Depois de toda a festa
Veio a torta do repolho
Trazido pelo boi caolho!
Eita! Que tudo tinha gosto
Dos prazeres dos deuses
Fartaram-se todos eles,
Depois viera o desgosto:
- C'o pum a atmosfera poluíram!
Passou a chover reclamação!
Até greve, os bichos fizeram.
Só que depois de toda confusão
Esqueceram do que reclamaram
Estavam prontos para nova eleição!
Perigeu em órbita
Perigeu meu cosmo em órbita
Entre os períscios, projeto de luz
Hastilho as estrelas que reluz
No faetone de uma reta!
Meu giro certo feito falena
Pouso no céu faisqueira
E na terra todo o bem conjuro
Sem rasto de mal ratinheiro!
Sou ninféia de dons celestiais
Em fradice ensina os frades
Eu não tenho mais que ais!
Dado que, conto meu passo
Que contérmina não se escondes
Á ser livre e conter-me no espaço!
Vão do nada
Abre a cortina e expia tua liberdade;
Voe por onde possa sentir- te pleno
Nada é tão urgente quanto fazer - te
É tão mais prudente sentir-te sereno!
Não vivas ansiosamente pelo futuro
Nem tenteis resgatar-te no passado
O presente é mais que suficiente a ti,
Viva plenamente o instante no aqui!
Não apegas - te do lugar e das coisas
Nem ao monte daquilo que te afeiçoas
Aquela exigência do que dita a moda,
Dispensa está regra que incomoda,
Valoriza as pequenas coisas boas
Afinal, o tudo é o ser no vão do nada!
Bereré
As campanhas de eleição
Não passa de ato ceráceo
Esse de promessa em vão
Que se crê apenas um nécio!
Ainda se põe fazer bereré
Não vêem que andam de ré
Ao eleger qualquer candidato
Que fala de olho no mandato!
Tudo que falam é coerente
Não é atoa que engana a gente
Mas, vou dizer uma real:
- A mudança é o ideal!
O jeito é passar o pente,
Pra fazer um Brasil diferente!
Boca azul
A pedra mostra -me uma boca azul
A boca feito de montanhas brutas
Côncavas rochas e solitárias grutas,
Voa pássaro no céu de norte à sul!
Eu também quero voar nas alturas
Amar o infinito da glória neste vôo
Semear alegria á tudo que perdôo
Abre - me as asas sem amarguras!
Sem o mal vejo suspenso o oceano
O tudo no meu universo hei de unir
Nem que o desejo for um engano!
Farei em toda pedra um jardim florir
Atravessarei a gruta do teu desengano
E neste tudo enfim meu fim à possuir!
Alquimia humana
Lapideis em si uma pedra bruta
Recolhe de dentro seu tesouro
Redescobre - te no verde louro
Na alquimia humana da labuta!
Carregue - se d'alguma ousadia;
Aquela de querer balançar a lua
Numa corda de cipó, por garantia
Pra fazer algazarra durante o dia!
A vida não é nada mais que isso:
Uma mistura homogênea de tudo
Uma felicidade incoerente do riso,
Neste tempo humano do absurdo!
Pois, viver é ser não mais que leve
No contínuo fazer do próprio mundo!
Formiga ligeira
A formiga na jura da mudança
Porque tinha em si esperança!
Mas, na via que corre a conversa,
No rumo se segue a controvérsia,
Perdera o rumo da trilha da escolha
Escondida ficou debaixo da folha,
Pois, já desviaram - se do caminho,
O rumo já longe do centro do ninho!
Será que não há mais salvação,
Á qualquer ponto desta trincheira?
Recolheram - se na acomodação,
Perderam - se em meio a barreira
Supostamente na euforia ou ilusão
Ficou a formiga a pensar ligeira!
Saibam ser pais e ser filhos de verdade
Se um pai sabe ser verdadeiro,
Ser amigo e ser conselheiro!
Não importa como o filho veio
Se da geração ou do coração!
Uma vez por Deus escolhidos
Os filhos serão sempre filhos
Obstantemente, pai sempre pai
Ambos na sua missão apraz,
Para ambos a responsabilidade
Mas, há pais que só os filhos fazem
Para abandonarem sem moralidade
E filhos que não cumprem sua parte
Desonra o pai e vivem na vadiagem,
Estes não são filhos nem pais de verdade!
Estampa
Minha relação com o tempo
Desafios em mim estampo
Fazendo minha doce pintura
Ou pelejando na dura escultura!
O resultado não tem importância
Se meu treino no tempo desfio,
Podes ser tu critico, em mim confio,
Pois tenho polido alguma elegância!
Nesta arte igual escrita faço o gosto
Aquele sentir d'alguma sensibilidade
Onde moldo e pinto talvez meu rosto!
Assim é possível fiar tranquilidade,
Desfazer qualquer tipo de desgosto,
Quiçá, a estampa da mera liberdade!
Brasão e Kamon
No vasto campo onde tudo se estende,
Observa a natureza que tudo se aprende!
Estiliza as coisas, faz na alma abertura,
Desta forma o Suzuki ou o Nishimura!
No Japão já disposto no esquema
No simbolismo a fazer sobrenome
Da origem a representação, o nome;
Os clãs em forma de um emblema!
Neste ritmo pensei aqui no Brasil
Os sobrenomes sob o céu azul anil
Tem emblema no berço de origem?
Todo fazer é imaginário da modelagem
Onde a diferença está no criar, na teima
Se brasão ou kamon, não tem problema!
Picadinho
Quando se fala da vontade e do querer
No rumo certo do que tem a afirmação
Tem o lado incerto do mal da castração
Que interrompe o caminho do seu saber!
A ideologia do mal faz a corja do ladrão
Ceifar o sonho da criança no seu crescer
Na escola a imposição se faz aborrecer
É coisa vedada sem aprumo e sem razão!
Na correnteza natural o rio tende seguir, ir
Deveria ser assim o desenvolver de gente
Mas, tem o castramento querendo impedir!
Por quê? Em cada mil apenas um se forma?
Por que tem escola de monte sem estudante?
É que, pica tudo na vã desculpa da reforma!
Ponto de vista
Em tudo o ponto de vista,
Há virgula da expectativa,
Há uma reticência e...logo...
Pode ser diálogo!
Um grande blá, blá, blá...
Eis, que o vento espalha
E tudo passa,
Feito fogo em palha!
Se contém-se é silêncio;
Muito se fala
É nécio!
Nisso tudo fico
Na perspectiva
Do belo pico!
Rorejo
Ao nuance mais belo da vida,
Há sempre lindo amanhecer!
Pétalas, folhas no rorejo flora
No espetáculo do bem viver!
Porque somos parte de tudo
Entre porções da existência;
Também um pouco do nada,
Entre razões do ego absurdo!
Preencha-se e continuemos,
Vamos juntos, seguir o rumo
Neste universo onde vivemos!
Que seja tudo o bom proveito
Para a vida de bem e aprumo,
Não para o mal e o desgosto!
Sem superstição
O azar bem ao ver não existe!
Mas, há quem prefere assim,
Á culpar o gato e a sexta treze,
Isso é uma desculpa pra mim!
Coisa da invenção da preguiça,
Que se deixa de agradecer o dia!
Daí, desatento, é pego a enguiça,
Esse sim, atrasa e torna-se tardia!
Pois, sem bem, todo mal vem
No dia, na hora e quando quiser,
Basta deixar vazio seu coração,
Atraindo o mal, dispersa o bem!
Coloca fé e Deus a te proteger,
Viva livre e sem tal superstição!
A arte
A arte é a parte do encanto criado:
Ás vezes serenidade, outras vezes
um arrebatamento do algo na alma,
sem intento de nada, só expressão!
Ao talento cabe tudo, até o pecado,
ou o silêncio, ou um grito de vozes!
O que importa é a paz que acalma
os sentimentos dentro do coração!
A arte tem um que de Deus e oração;
Há saudade, amor, encanto, intuição,
tem filosofia, sabedoria e realidade!
Veste-se de sonho e também ilusão;
Traz também a beleza ou a reflexão,
ou qualquer coisa de uma liberdade!
Entre elos
Ah! Meu amor tão ardente,
Coração em brasa quente!
Na boca o beijo puro, doce,
No amor somente eu e você!
O ninho aconchega a cama
Entre lençóis a perder-me!
Embebo do mel que derrama
No meu feitiço a envolver-te!
Nesta hora a esperteza,
No corpo esguio e belo
O carinho faz destreza!
O instinto faz-me o zelo
Enverda-me na correnteza,
O coração e a flor em elo!
O quebra - cabeça
Certa vez veio - me a seguinte ideia:
- Nossa vida é um quebra-cabeça!
Quem não sabe jogar, fica na platéia,
Fica a ver, que o outro o jogo vença!
No jogo vence quem sabe encaixar
Cada peça no seu devido lugar!
Na vida vence quem sabe lutar,
Ama a própria vida sem se queixar!
Se o objetivo é sempre uma meta,
O sonho consiste em se realizar
E o quebra-cabeça é a descoberta!
Á quem a própria vida sabe decifrar,
Criar estratégia na própria conduta,
De repente, aprende sozinho a jogar!
As bênçãos das crianças
Ainda que o mundo pareça torto,
que se ouça muitas reclamações
que ainda discutam sobre aborto
é que ao crime quer dar explicações!
O universo é muito mais bonito
do que se imagina qualquer um,
entre estrelas a criança é o mito
se abençoada nascem uns alguns,
no berço encantado de esperança!
Abra seus braços em lindas ações
para contemplar toda luz da criança
e todas as almas nas constelações...
Debruçem o perdão se é fiel a aliança
Deus perdoe e abençoe todas as criações!
Assombro de metrô
Ainda que o assombro me cause
nas vezes em meio a multidão
eu talvez do conforto abuse,
se não dependo desta condução!
Aos milhões diariamente vai cheio,
se empurra na muvuca de sempre
desta falta de educação receio...
com bolsa ou algo que eu compre,
se em meio a multidão vá furtivo
neste meio sem nenhuma condição
haja visto um ladrão e seu motivo...
que Deus me livre o pensamento
se houver por acaso um arrastão!
Cruz e credo! Deus dê o livramento!
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