Amiga Mensagem Ana Maria Braga
Amnésia Parcial -
Não encontro palavras
que definam o meu estar,
o meu corpo sem asas
sem paz nem lugar.
Já não vejo o caminho
que me tire daqui
o meu estar é destino
do sonhar me perdi.
E perdi-me de mim
de quando um dia nasci
e já não sei, por fim,
se vivi ou morri.
E há palavras vazias
a bailar nos meus dedos
uma dor que eu não via
no meu corpo de medos.
Consequências sem sequência -
Já fui mais novo
já tive mais esperança
sinto-me morto
e sem confiança.
Restou tão pouco
do que foi meu sonho
que o amor d'um louco
em nada o ponho.
Que saudade a minha
de quem fui um dia
quando nada tinha
quando nada via.
De mim para mim
o amor disponho
nada sou por fim
perdi-me do sonho.
Pensei ter Asas -
Trago um vazio
talvez um frio
dentro de mim
um Amor Maior
que sei de cor
uma dor sem fim.
Trago um segredo
viver do medo
que nos dá a vida
destino ardente
Fado inclemente
minh'Alma ferida.
REFERÃO:
Pensei ter asas
p'ra voar p'lo cais do Coração,
mas meu voar, perdeu a confiança,
pensei ter asas
p'ra rasgar a solidão,
mas fiquei triste e vazio, e a dor, a dor é tanta!
Ando p'la rua
com a Alma nua
já não m'importa
que toda a gente
saiba o que sente
uma Alma morta.
Que mal profundo
que neste Mundo
já não me larga
que no meu seio
sinto e não creio
que o amor é nada.
Eco de Mim -
Tenho fome de palavras e olhares
nestas horas de tanta ansiedade
em que se escutam horizontes e pesares
gritando no silencio da saudade!
Tenho fome de sentir o teu amor
como as fontes pelos campos a jorrar
e já não sei como arrancar de mim a dor
que nasce por quem só te quer amar!
Pressa -
Nada é o que devia ser!
E o destino tem pressa,
tudo passa, embora peça,
terei um dia de morrer!
E eu sou o que sou
mas o que sou não chega
e a minh'Alma vive presa
por afinal ser quem sou!
E quem sou eu, por meu mal,
nesta pressa de saber
se sou alguém afinal?! ...
E se há noite no coração
o que tenho eu a perder
se vestir agora a solidão?! ...
Tempo sem tempo -
A saudade é inocente
face a toda a desgraça
e a dor é permanente
quando a vida a abraça ...
Se tudo me foi vedado
porque fica, não mingúa
a lembrança, o passado
que traz passos de Lua?!
E o que sou porque sou
nem eu sei d'onde vem
onde vou porque vou
nem o sei eu também!
E se vos canto esta dor
é p'ra que fiquem sabendo
que na verdade o amor
traz um Tempo sem Tempo ...
Folhas ao Vento -
Folhas caem ao vento
sobre a luz do meu olhar
como a queda do tempo
que me impede de sonhar!
E estrelas bailam no Céu
como silêncios no ar
e vejo os olhos de Deus,
então, espelhados no mar!
Por mim chama a solidão
que só leva a mau caminho
e ai do pobre coração
que faz dela o seu destino!
Há dor e esquecimento
na cama ao meu lado,
folhas caídas ao vento
sobre o chão do meu Passado!
Ó Fadistas do Passado -
Ó Fadistas do Passado
venham comigo a meu lado
reviver noites bairristas;
a cantar à desgarrada
até que seja madrugada
venham daí ver as vistas!
Um Fadista cantando
uma Guitarra trinando
assim se fez a tradição;
venham comigo a meu lado
ó Fadistas do Passado
dar sentido à solidão!
É Destino assim cantado
dar a Voz ao nosso Fado
não tenham medo da Fama
de cantar à desgarrada
até que seja Madrugada
em qualquer canto de Alfama!
É Natal -
É Natal e nós precisamos de Natais ...
Precisamos de um mundo melhor
Cheio de paz e harmonia ...
É Natal e nós precisamos de Natais ...
Precisamos de toda a beleza do mundo
para enfeitar a vida de cada homem ...
É Natal mas nós precisamos de fazer Natal,
hoje, amanhã e sempre ...
Feliz Natal de para todos com as bençãos de Cristo nascido a brotarem em todos os corações. E não se esqueçam ... façam o Natal acontecer onde quer que estejam, com quem quer que estejam ...
estamos em eternas compensações afetivas…
veja eu mesma, ora!
estava apegada a uma pessoa,
por conta de outra,
para superar uma terceira
que se eu te contar….
risos e mais risos nervosos
e por dentro, melancólicos.
A vida segue seu curso,mais um dia,meses e anos, o que passou não volta mais,lugares, horas e dias,o tempo,somos viajantes eternos em suas asas!
Maria Vita P
Na nossa Rua -
Meu amor eu não te vi
Ao passar à nossa rua
Nessa rua onde eu vivi
Bem me lembro, não esqueci
Mas a vida continua.
Dessa casa que foi branca
Nada resta de nós dois
Junto à porta há uma santa
Um letreiro vem depois
Que tristeza, não encanta.
Na varanda não há flores
Nem cortinas nas janelas
A fachada não tem cores
Nada resta, pobre dela
Da casa dos meus amores.
E no meu peito continua
Desse tempo que abalou
A saudade nua e crua
Que da casa já passou
Mas ficou na nossa rua.
Nada Aconteceu -
Mais um dia que passou
e nada aconteceu
mais uma flor que secou
e uma esperança que morreu.
O que foi deixou de ser
a vida é mesmo assim
não há vida sem sofrer
nem sofrer sem ter fim.
Se contudo a dor é nossa
e toda a mágoa que nela vem
que haja em nós tanto de força
quanta amargura ela tem.
Mais um olhar que se fechou
e pouco ou nada se perdeu
mais um coração parou
e nada aconteceu.
Outro Sonho/outro menino -
Nunca gostei que de mim tivessem pena
mas mentia se dissesse que não sinto
uma alegria, ora grande ora pequena,
quando me encontro só, de amor faminto!
Meu caminho triste sempre o fiz por mim,
de poesia embriagado, longo e frio,
sempre o caminhei ferido de mim a mim
no alcance de outra terra, de outro rio!
Mas nunca lá cheguei! Aí onde queria ir ...
E aqui onde estou só, não estou só afinal,
estou comigo, mas estou prestes a desistir!
É que lá no fim, onde está isso que quero,
há outro Sonho, outro Menino, outro Natal,
há outro Poeta, mais doce, mais sincero ...
Falso Eu -
Tantas vezes, sobre os dias, distraído,
sem pensar em mim, na minha dor,
fui vivendo falsamente, ao sabor
de uma alegria, convencido ...
Vivendo uma vida que não era minha
esquecido de que a minha era mais do que passar
mais do que ir ou apenas ficar
num querer que tive e já não tinha ...
E menti! Não aos outros mas a mim ...
E muito me dói a morte dos instantes
em que, perto, me pus tão longe de mim!
Como pode alguém diferente querer agradar
a outros, tão iguais, mas errantes,
que dizem que o não são só pra passar?! ...
Sempre Só -
A Vida é um sonho tenebroso
uma estrada sem destino
é um grito ansioso
um lamento a que me dei ...
E há um mistério na minh'Alma
esse resto de vida que não vivi
esse resto de caminho que não andei
talvez nele pudesse ser feliz!
Nem isso me foi dado
nem a isso tive alcance
sempre só, em vão, cansado
talvez agora, então, descanse!
Desconversa -
Pela vida houve alguém
que me falou em ser feliz
mas eu disse-lhe a bem
que também era um aprendiz ...
Manda fora essa tristeza
que puseste nos teus versos
rasga a dor, a incerteza
e encontra outros desejos!
Nada tive p'ra dizer
quem não sente o que outro sente
nunca tem como entender
o que vai dentro da gente.
E falou! Deixei falar ...
Achava velho o que ia ouvindo
fui-me embora sem pensar
disse adeus e fui sorrindo!
O melhor de mim -
Sinto que o melhor de mim 'inda não veio!
Mas de que horizontes há-de esse bem chegar?!
Há magoas a bailar no vale do meu seio
e tantas dores que sinto ainda aconchegar ...
E é ter fome de ser alguém diferente
é ter sede d'encontrar outro caminho,
procurar outro destino, ir em frente,
recordar as ilusões de pequenino.
E é sentir uma vontade de te amar
num campo de açucenas a florir
que se dá, por dar, aos olhos de quem chegar.
Que vontade de adormecer nesse teu seio
que vontade de chorar, contigo rir ...
Serás tu o melhor de mim qu'inda não veio?!
Era outro -
Ah se eu pudesse não ser eu ...
Acreditem ... era outro!
Pois quem este me deu
deu-me à vida jaz morto.
E se estas pedras falassem
se este chão tivesse boca
talvez todos soubessem
que a minha vida é tão pouca.
E o porquê de ser assim?!
Se eu fosse fariseu
matava em mim
este peso de ser eu ...
Nem eu sou o que sou
nem sou o que queria
desta angustia a que me dou
vou morrendo dia a dia.
Outro fado -
Adeus gentes, minha terra
adeus campos, adeus serras
que em criança me viram;
adeus versos que escrevi
aos amores que não vivi
adeus fados que me ouviram.
Meu coração como louco
sente triste, pouco a pouco
que ao partir não volta mais;
e no meu peito de espuma
esta dor é só mais uma
outra dor entre as demais.
e o meu corpo feito lume
já não tem quem o inunde
d'ilusões, esperanças fagueiras;
e entre pedras e cansaços
caem penas pelo espaço
como cai água das beiras.
E a saudade que me amarra
prende minh'Alma à guitarra
numa angustia de deixar-te;
e toda a história perdida
e toda a vida sem vida
vai nos olhos de quem parte.
Ó minh'Alma onde vais?!
Porque sofres tanto e mais
se o destino está marcado?!
Diz adeus a quem ficou
diz adeus a quem passou
parte em busca d'outro fado ...
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