Amarracao para Tirar o Sossego de uma Mulher
Uns metros dali estouraram o cartel
De uma quadrilha internacional,
Esquema armado, escutas, grampos,
Traçado por uma equipe federal.
Freqüentador assíduo,
Adentrou no boteco,
Pediu um téco na medida total,
Uma pinga com cinzano
Que desceu raspano
Que nem água com sal.
Aquele lugar inteiro estava em uma imundice só, uma baderna infernal; lixo, sujeira, pilhas de tranqueiras trancando a passagem, um piso encardido, ambientes encardidos, móveis encardidos.
Ela acordou depois das 10h, deveria ter saído às 9h30; uma cara amassada pelo sono profundo da madrugada, um rosto belíssimo. Dizer que vê-la naquele estado matinal era encantador seria pouco, vestindo um pijama completamente esgarceado, desbotado e terrivelmente sensual, ela era toda errada e comum.
Os garotos jovens, alimentavam sonhos inocentes (ou nem tanto), a respeito de terem consigo uma garota como aquela, marcando presença, imponência onde estivesse.
E sem nenhum atributo aparentemente amável, chamariam de uma forma ou de outra a incansável e disputada atenção.
As 24 horas vividas de um Verme
00h00 – Nascimento para uma existência imperceptível
01h00 – Descoberta dos primeiros sentidos (dolorosos)
02h00 – Engatinha emitindo sons pouco compreensíveis
03h00 – Inicia-se o adestramento de insignificância
04h00 – Aprende a armazenar desapontamentos
05h00 – Forçosamente é inserido à colônia parasítica
06h00 – Sofre os maus tratos que traçarão sua deformidade
07h00 – Perde qualquer doçura que jamais teve
08h00 – Segue-se o adestramento de insignificância (nível intermediário)
09h00 – Realiza cursos complementares de sadomasoquismo e submissão
10h00 – Conhece a larva que viverá ao seu lado pelos segundos que lhe restam
11h00 – Conclui o adestramento de insignificância (nível superior)
12h00 – Horário reservado para a única refeição que fará
13h00 – Forçosamente é inserido à colônia parasítica profissional
14h00 – Procria com o desígnio de dar continuidade ao sistema vigente
15h00 – Festa das quinze horas vividas de um verme (se for abastado)
16h00 – Desenvolve-se em sua abreviada e meteórica carreira parasítica
17h00 – Destrói a abreviada existência imperceptível de outros vermes (ônus)
18h00 – Recebe o retorno frutífero por 240 minutos de dedicação (bônus)
19h00 – Forçosamente é extraído da colônia parasítica profissional
20h00 – Reflete sobre os danos, prejuízos, lesões, estragos e avarias sofridas
21h00 – Aprende artesanato (devaneio que deslumbrava na fase juvenil)
22h00 – Adoece sem amparo do estado maior ou seguro previdenciário
23h00 – Morre desejando nunca ter existido
24h00 – Obtém sua Redenção (ato ou efeito de se redimir)
A esta altura estava atrasada,
Asami ficou sem carona,
O ônibus passou na estrada,
Teria ela uma maratona.
Uma milha a pé caminhou,
Pelo bosque sacro andou,
Uma árvore de Ipê avistou,
Cruzando a praça e a venda.
Considerações Iniciais de uma Realidade Ficcional
Cíclicos são calendários,
Periódicos são aniversários,
Meu bom-humor é sazonal,
Reservado a feriados.
Apetitosos são cardápios,
Fotografia também é sensual,
Explicativos são manuais,
Realidade Ficcional.
Direções apontam atlas,
Jornalismo faz notícia,
Gráficos indicam dados,
Polícia faz perícia.
Política faz corruptos,
Ou corruptos fazem política ?
Entretenimento: droga lícita,
O Ópio do povo é a Retórica.
Considerações iniciais de uma realidade ficcional.
Cana produz destilados,
Álcool produz hematomas
Nas esposas dos manguaçados.
Pros pequeninos obrigações,
Pros responsáveis
Isenção dos resultados.
Façamos um brinde à nossa
Percepção e Juízo adulterados.
Considerações gerais,
Concordando com o que se pensa.
Simulações ficcionais, realidade intensa.
Ignorada na garagem uma pilha de notícias
Importantíssimas, (in) formando as traças,
Sendo afinal consumidas.
Uma garrafa de água, seca, alguém tem sede,
Mas o plástico do recipiente será reciclado,
Se ninguém jogá-lo no bueiro mais próximo,
Causando a próxima e (in) evitável inundação.
Onde está a cura ?
Pro abatimento e pro murmúrio.
Influencia ou perdura ?
Uma Tempestade em Mercúrio.
Berto virou um demônio e pediu a Deus que lhe desse discernimento, para não cometer ali uma atrocidade. Aquela saleta fedia uma loção barata e desodorante vencido, misturado com cheiro de banheiro e desinfetante caseiro. Divisórias mofas exerciam sua tarefa mal sucedida de serem repartições, isolando os ambientes, descumprindo a missão de ocultarem as conversas em voz alta e os berros exaltados de chefes e subordinados neuróticos e estressados.
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