Amamos o Desejo Nao o ser Desejado

“Eu” – pensou o pequeno príncipe, – “se tivesse cinqüenta e três minutos para gastar, iria caminhando calmamente em direção a uma fonte...”

Apenas amamos aquilo que não possuímos por completo.

Quando somos amados, não duvidamos de nada. Quando amamos, duvidamos de tudo.

Os ventos que às vezes
Levam para longe o que amamos
São os mesmos
Que trazem algo mais para ser amado

Nós não podemos chorar pelo
Que nos foi tirado
Nós não iremos... / Nós não iremos...
Nós amaremos o que nos foi dado
Pois tudo que é realmente nosso, não irá embora.

Se Deus criou as pessoas para amar e as coisas para cuidar, por que amamos as coisas e usamos as pessoas?

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.

Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação.

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

A quem mais amamos, menos sabemos falar.

Passamos metade da vida à espera daqueles que amamos e a outra metade a deixar os que amamos.

Podemos morrer se apenas amámos.

Nunca julgamos aqueles a quem amamos.

Quanto mais criticamos menos amamos.

Tudo o que amamos profundamente converte-se em parte de nós mesmos.

O ódio é de longe o mais longo dos prazeres: amamos depressa, mas detestamos com vagar.

Aqueles a quem amamos têm todos os direitos sobre nós, até o de deixarem de nos amar.

A vida é a perda lenta de tudo o que amamos.

Podemos odiar aqueles que amamos. Os outros são-nos indiferentes.

Facilmente nos deixamos enganar por aquilo que amamos.

A mulher que amamos só poucas vezes satisfaz as nossas necessidades, pelo que lhe somos infiéis com a mulher que não amamos.