Alvo
Você está chegando... nade um pouco mais
Sei... a vontade de alcançar o alvo está diminuindo
o cansaço da luta, a costa que nunca chega...
e você pensa: vou acabar desistindo.
Lágrimas derramadas...
onde está Deus?
solidão...
onde está Deus?
oração não respondida...
onde está Deus?
Deus vê suas lágrimas,
Ele está ao seu lado
Ele tem o milagre certo... na hora certa
Você está chegando... não desista
mantenha a mente no milagre
o milagre na mente
na hora certa...
o futuro vai se tornar presente...
e você vai receber seu presente.
Tudo é uma questão de manter
o olhar no alvo,
a mente inquieta,
o coração no prumo.
Tudo é uma questão de seguir
direto ao alvo
a coluna ereta
totalmente sem rumo...
Instintos à solta... como fera
aponta o alvo e não erra
espera que da vida só lhe cheguem primaveras...
Hiberna no inverno,
no outono e no verão.
Testemunha efêmera
longínqua... como o som de um trovão.
Fingidor ferido,
caído, prostituído,
bárbaros ruídos...
teoremas de ilusão....
sortilégio, bruxaria, maldição.
Queria me sentir amado
Quem sabe, alvo de admiração
Seria esperar muito da vida?
Ou talvez uma ilusão?
Seria eu o suficiente,
Ou talvez um louco carente?
Mereço ser eu amado?
Ou apenas ser
Aquele que sobrou
E agora está do seu lado?
Ahh se alguém me notasse
E com aquele brilho no olho
Num lindo dia, me admirasse!
Pelo que sou
Como sou
Do jeito que sou
Seria mais que maravilhoso
Seria um dia
Que poderia enfim
Me sentir valioso
O Anseio por Ser Pleno
Que eu possa ser pleno.
Ser alvo de olhares de admiração,
Ser observado por dentro,
Ter a alma reconhecida,
Ser solicitado pelo pensamento,
Ser analisado pela sabedoria,
Ser interpretado pela consciência,
Ser guiado pelas mãos,
Ser puxado pela vida,
Ver a dor esquecida,
A raiva abandonada,
Ser tentado pela paixão,
E arrastado pelo amor.
Sou um antiquário em pessoa viva, e meu público alvo não se resume aos que pretendem, por exemplo, decorar o mundo e o
ambiente atual em que vivemos.
Meu público alvo constitui principalmente de colecionadores de antiguidades.
O público que pertencem à esta nunca serão marginalizados pela massa corrompida.
Eles subsistem no tempo e no espaço. Com as constantes modificações na forma de se perceber sabiamente um ambiente, se valoriza ainda mais, adquirindo uma grande e imensurável cotação.
O General está isolado, sem comunicação
e permanece em injusta prisão:
(((ele é alvo de política perseguição))).
Nesta Pátria do Condor
que vem sendo alvo
de sanções e traições
por alianças imperiais
bebedoras de lítio e metais,
vou remendando os milhões
de retalhos por pretensão
até tentar curar as dores
de tantos e os cacos
da memória de Ariano
em tempos mui duros
de tribunais vizinhos
fechados há mais
de cento e noventa dias,...
Por ousadia pedir que
a carta do Pai do General
que está preso inocente
seja com respondida
e o filho receba a decente
a medida humanitária
nunca será demais:
(porque o orgulho de uns
não deixa dar a liberdade
plena justa e merecida),
Como poesia da minha
Mata Atlântica sacrificada
que pegou carona
no vagão do tempo de
um país que tudo ainda falta,
onde ainda permanece
presa por autoritarismo
uma boa e decente tropa
e populares que ainda
estão pagando uma
pena porque carregam
a consciência leve
do dever patriótico cumprido,
(aqui prevejo que não
ficará muito diferente,
pois ainda está amarrado
por alianças doentias).
O General
tem sido alvo
de rechaço
por parte de
gente que
por conivência
com o imoral
finge não
enxergar um
palmo diante
do nariz,
não faço parte
dessa história,
mas estou
cansada só
de ler essa
gente infeliz.
Não há como
frear os fatos:
o destino tem
como prêmio
a consequência
em proporção
a cada boa
ou má ação,
tudo depende
da sua vontade
de fazer um
caminho pleno
de construção.
Uns dizem
que o General
foi olvidado,
mas estes não
deixam de ter
razão porque
a única que
o esqueceu
foi a Justiça
insistindo nessa
prisão indevida,
e eu sigo em
prosa e poesia
tentando mostrar
que ninguém
está livre de ser
jogado nessa
igual desgraça.
"Foi alvo de todos os males que corroem a política [...] A generosidade com que ela passou por cima dessas desavenças em nome da democracia servem de exemplo." Vera Magalhães chora no ‘Roda viva’ ao falar sobre Marina Silva [Eu também choro, e muito!]
POR QUE
Por que, em vez do silêncio, não me arraste?
Por que foste tu alvo, a emoção enamorada?
Por que sempre, na lembrança, és tu citada
E em cada verso o teu doce cheiro deixaste?
Por que no olhar aquele olhar com desgaste
Do desejo? por que, ó minha singular amada
Poeto, e suspira uma sensação tão desolada
De uma solidão, ó tomento, amargoso traste
Foste, e no perder não sabia o que perdia
Hoje chora no peito está resistente certeza
Que não teve intuição no que o amor dizia
Agora, vazio e poética sóbria, uma tristeza
Imaginado em que parte estás de cada dia
E, tenho a saudade numa nostálgica dureza
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 29/07/2021, 19’06”
ANTÚRIO NEGRO
O som do vento no cerrado
faz dançar a misteriosa flor
O raio do sol do alvor
veste ela de significado
Que belo tom
mística flor
É um amor perfeito
hipnotizante, um louvor
Anthurio o seu nome
teu fascínio, pronome
- Negra é a tua cor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Junho, 2023 - Araguari, MG
SONETO DOS AUSENTES
O alvo do meu amor, vai além
Duma saudade na vida vivida
Da ação da chegada ou partida
Sou aquele que do amor advém
Sinto no coração e é sem medida
Até porque, ele que me mantém
No fado, sonhos que nele contém
Pois, são curas pra qualquer ferida
Se há tristura, há alegria também
Junto e misturado, n'alma perdida
Por isso, dele eu sou sempre refém
Vários são os ausentes, e na dor parida
Outros, lembranças, que o afeto detém
Porém, todos histórias de vida repartida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SONETO NUTRITIVO
Se liberte por demais da vã filosofia
No fado não se tem um alvo certeiro
Tenha a harmonia, seja companheiro
Avigore o tudo e o nada sem utopia
Tudo passa, se transforma por inteiro
E nesta corredeira leve-te sem agonia
O bom da esperança é sair da galeria
Sonhar o possível, lutar como guerreiro
Vencer é armar-se de amor, ter cortesia
O generoso partilha glórias de cavaleiro
Achar-se na sombra é meta de covardia
Não te percas no efêmero, só nevoeiro
Ter, não pertence a ninguém, é fantasia
A alma se nutre do bem, do verdadeiro
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
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