Água
O fogo que esquenta o alimento é o mesmo que destrói cidades no incêndio.
A água que mata a sede é a mesma que afoga.
O vento que produz energia é o mesmo do tornado.
A diferença está na quantidade e finalidade.
O mesmo vale para nossa vibração.
Jogaram um pedaço de papel
Na dança das águas desse mar
A folha sobreviveu
Apenas pra contar
Que as letras escritas dissolveu
Pedaços, sumiram junto ao mar
A imagem sobreviveu
Apenas pra eu cantar
Aquela canção que estava lá.
“Sede de Conhecimento”
Sobre minha contribuição
Em rodas de conversas e reflexões
Acerca do que trago
Para ofertar
Digo-lhes
Ofereço minha dúvida,
Meu não saber,
Ora, pois me constituo em ser faltante.
Eu sou aquela que tem sede
E em tendo sede,
Venho em busca da água.
Onde?
Onde existam pessoas que tendo saciado um pouco de sua sede
Tenham água fresca a oferecer.
E neste sentido
Só poderei beber desta água
Em silêncio!
Se falo, não bebo
Se bebo, me calo!
Jussara Inez Juhem de Castilhos
Em 05/09/2014
Ofereça o pão da palavra
Alimente com a água da Verdade
Viva com azeite da integridade
Refletindo a glória de Cristo
A prisão do Passado
Água que corre debaixo da ponte,
Porque teimas tu em tentar agarrar?
E nadas inglória contra a corrente
À espera que chegue o que nunca chegou.
Os braços cansados já não conhecem abraço
E o peito ofegante não te deixa respirar,
Mas segues nadando debaixo da ponte
Na procura incessante do que há muito cessou.
Receias correr na corrente que corre
E esbarrar no mundo que sempre foi teu,
Continuas nadando debaixo da ponte
Onde não há o tempo pois o tempo já foi.
Estendes a mão, sobes a margem
E desistes partir para o que já partiu,
Agora segues andando por cima da ponte
Com a alegre passada do passo que é teu.
"...A natureza é a memória atemporal do mundo.
Um mundo sem a preservação da memória da terra, da água, do sol, do vento, se esquecerá da alma dos humanos..."
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para crianças Crescidas
A poesia é linda arte poética ,
indefinível, as vezes parece sem meta,
mas se verdadeira, não importa a métrica ,
seguirá entre curvas e retas
Atingirá o céu, terra e mar ,
sempre lançando sementes
e quem sabe, alguém irá aproveitar,
ficando muito contente !
Rotina
3:00 da madrugada em ponto.
Um duende me acorda.
Ou anjo...
Às vezes vou ao banheiro, às vezes tomo um pouco de água.
Viro de lado, ajeito a orelha no travesseiro ( bom se pudéssemos guardar no copo, como nossos avós guardavam os dentes), e volto a dormir.
Das Grandezas
Gosto do tamanho de algumas coisas.
O voo de uma borboleta ao entardecer.
O pouso do pássaro num raio de sol.
Teus pequenos passos dançando na terra.
Uma gota despindo-se numa flor.
Aquela brisa que umedeceu teu beijo.
O olhar que perpetrou a sombra.
A última cantiga deixada na noite.
Em não me querendo modesto, a deslumbrar dimensões,
Não faço apologia da métrica ínfima.
Meço-me pelo sentir desterrado.
O que me segue, cabe em meu sonhar a andar.
Minha sensação de grandeza se emaranha de singelezas.
Como a memória da água, por entre rios, a retornar a nascente.
Como quando nos sabemos finitos, refazendo-nos começos.
E se é tão grande, como os olhos que se traduzem no peito.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Poetamento
Meu simples poetamento, pouco explica em seu rumar.
Faz parte dessas ruelas que sempre surgem,
Como meus pequenos passos a marear.
Insinuando trilhas, avistando mapas, a orbitar.
As palavras servidas, além do que, tanto perguntam.
Como guardar o beijo que será efervescido?
Como carregar os pedaços dos que nos faltam?
Como desalumiar os pirilampos da saudade?
Meu palavrear não tem controle de custos.
Pode arquejar no tempo, não estar imune,
Ficar laçando luares, impávido escapulindo.
Querendo partilhar em si, fugaz raio da vivência.
Minha confabulação desmerece acanhamento.
Anda indócil, quase sempre nua, a entregar-se a um riso.
E quando eu pouco me descompasso, num alvoroço,
Sem qualquer anúncio, faz surgir estelares num pingo d’água.
Carlos Daniel Dojja
-Poetrix, terceto brasileiro-
Grata à natureza por dar-me
A água do rio
A terra amiga
O templo que é meu corpo
Deus sempre soube dos inúmeros desertos que já enfrentei, mas também tem conhecimento da fonte de água viva que jamais deixei de me saciar
Não sabemos quem descobriu a água, mas sabemos que não foram os peixes.
"Sou filha do horizonte,
Céu azul, bela manhã.
Água pura, rio sem ponte,
Viajante do amanhã.
Do futuro, não me conte
A estrada é minha irmã."
Lori Damm "Viajante do Amanhã"
BOA VIAGEM
Caminho no calçadão
Praia de Boa Viagem
Prédios arranham o céu
Eu admiro a paisagem
Tomando água de coco
Sem passar nenhum sufoco
Cai a tarde de passagem
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