Agradecimento aos Meus Pais Já Falecidos

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Já não importo tanto quanto antes. Mudei, remudei, e sou isso o que você vê hoje.

Difícil mesmo é deixar pra lá, quando já se tornou importante demais.

"Já Bocage não sou!"

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

"Outro Aretino fui... A santidade
Manchei...Oh!, se me creste, gente impia,
Rasga meus versos, crê na Eternidade!"

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus familiares. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
- “Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o Samurai.
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre e continuou – “quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.”

Uma das causas mais influentes da infelicidade é a inveja. Falar de inveja é falar de comparação. Quando uma pessoa se compara a outra e se sente inferior em algum aspecto, está com inveja. A inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, por nos sentirmos menos do que outros, por não sermos o que os outros são. É o desequilibro íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que se faz em relação à outra pessoa em algum aspecto específico.

Quanto maior for o complexo de inferioridade de uma pessoa mais combustível é liberado para aumentar a chama da inveja, naturalmente, para àquelas pessoas que são fracas. A verdade é que muitas pessoas não estão preparadas para administrar suas próprias frustrações e ficam absortas pela fúria quando as coisas não saem como planejaram.

Viver é muito perigoso... Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Esses homens! Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Guimarães Rosa, in Grande sertão: veredas

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Pode parecer loucura, mas tirar você do meu peito foi o meu melhor presente que já ganhei.

Fatos se tornam sonhos
e sonhos se tornam fatos.

Qual deles é o real?

O fato que já passou?
O sonho que ainda é sonho?

A quem devo invocar se já não creio
em tudo o que foi dito e revelado?

A dúvida é forte como a fé
e se sustenta no seu próprio vácuo.

E nem creio sequer em minha dúvida,
porque tudo o que é crido é construído
dos nossos medos e fragilidades.

Deus não é a dor justificada,
o prêmio e o castigo além do túmulo,
mas tudo o que não pode ser descrito
nem humanamente compreendido.

Ser humano que sou, não sei que humano
possa exceder à sua condição
e revelar mistérios que não passam
de criações da carne atormentada.

Felizmente já faz tempo. Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Doer se gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não disse?
[...], nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes e os ratos da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos. Tudo.

Muitas pessoas já cruzaram a minha vida. Algumas permanecem até hoje, outras passaram como um vento e você...você se foi, mas não passa nunca. Nosso amor nunca foi fácil, desses que você vê andando de mãos dadas pelas ruas. Sempre escondido, proibido e mais forte que tudo e todos. No pouco tempo que durou, se fez eterno. Você é mais parte de mim do que pessoas que eu conheço a tantos anos e vejo quase todo dia. Hoje você tem sua vida, eu também tenho a minha e não é justo dizer que não somos felizes. O tempo passa, as coisas mudam de lugar, mas nossa história continua ali, fazendo sorrir de vez em quando. O pior já foi, as lágrimas já não se jogam, mas ás vezes ainda me escapa uma ou outra. Tua presença ausente, tua partida presente, uma saudade boa, mas que dói. Você se foi, mas de alguma forma, em algum canto do peito, ainda somos nós. Talvez nunca deixemos de ser.

Você já reparou que mil elogios podem ser anulados por uma única crítica?

É só chegar uma pessoa e dizer que deveríamos ser assim ou assado (ainda que dito de forma bem delicada) e aquilo bate forte no nosso peito. Ficamos sem chão, nos sentimos ofendidos e, na hora, adotamos uma postura defensiva. É impressionante como somos vulneráveis.

Só de imaginar que vai ser criticada, você já muda a maneira de agir, já não faz as coisas como queria, não se coloca na vida como gostaria de se colocar.

Tem gente que gasta a vida inteira adotando posturas falsas para evitar críticas.

Mesmo que você abra mão de ser espontânea para assumir os modelos, jamais agradará a todos. Isso é impossível.

E digo mais: você sempre será criticada.

Aonde eu quero chegar? Na verdade, as críticas não terão esse efeito arrasador a partir do momento que você não der tanta importância a elas. Se fôssemos um pouco mais inteligentes, não escutaríamos crítica alguma. Até poderíamos, desde que fosse com um filtro.

Assim: o fulano me disse tal coisa. Será que isso é verdade?

Vou investigar e tiro minhas conclusões, baseado em minha própria observação.

E sempre com a mente tranquila e os pés no chão.

O problema da crítica nada mais é do que dar muito crédito aos outros.

Ou seja, você sempre se coloca em segundo plano, dá lugar aos outros (não importa se está supercansada), não machuca os outros (não importa os próprios sentimentos).

Isso entra de tal forma que temos um departamento na nossa cabeça chamado “os outros”.

E, como você está sempre em segundo plano, vai ficando lá no fundinho da fila.

Por isso a crítica pega tanto. O segredo é um só: aprenda a se colocar em primeiríssimo lugar.

Não estou estimulando o egoísmo, mas sim a autovalorização.

É dar importância aos seus dons, sentidos, opiniões, emoções e sentimentos.

Quando você se dá valor, todos também dão. Acredite! O sucesso é não ouvir as críticas.

A lei é essa: só se dá valor a quem o tem.

Por isso, toda vez que se deparar com uma crítica, pare e reflita:

“O que importa é o que eu sinto e não o que a pessoa sente. O essencial é o que eu penso, não o que pensam. A natureza me fez responsável por mim. Me dou valor e assim serei”.

Ao amar alguém, você já abriu mão de querer moldar esse alguém.

Comecei a frequentar o cemitério e a gostar de lá, já que é o único lugar que te encontro.

Quem nunca errou que venha servir de exemplo, porque os que erram como eu, já foram servidos.

Já não sou mais a mesma pessoa de ontem e amanhã serei outra versão de mim.

Pareço calmo, mas na minha cabeça eu já te matei três vezes.

Não deve haver rancor onde já se teve amor.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já imaginou que lindo: Deus, Você e Eu? :)

Então se tu quer me mudar pra que eu faça direito,
então faça você já que tu és tão perfeito

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