Adeus minha Alma Querida
POEMA DA SAUDADE
Chove chuva
Chove adeus
Lágrimas
Chove em minha vida
A lembrança dos carinhos seus.
Adeus minha velha amiga...
Vai,pode ir...
Eu não preciso mais de você.
Não preciso de você para me libertar.
Você me machucou,me feriu, me iludiu para que pensasse que você era minha única saída antes do fim.
Dizia que era minha amiga,mas era só mais uma querendo me ver cair.
Minhas lágrimas vermelhas alimentavam sua força. Cada vez que eu chorava mais fundo você me sugava.
Fui sua prisioneira por um longo tempo, mas agora eu sei oque é ser livre e pretendo nunca mais voltar para você.
Então adeus minha velha amiga.
Adeus, lâmina querida...
Adeus, amigo.
Chame-me meu amigo
Quero ter uma prosa com ele
Amigo véi,
Tá chegando minha hora
Findou meu caminhar
Gostei da jornada, não tenho nada pra reclamar.
Fiz quase tudo que estava previsto
Fiz também alguns imprevistos
Mas nada que possa me envergonhar
Li o livro todinho, não deixei nenhuma página passar.
Umas eu conto, outras é melhor não contar.
Amigo véi,
Cabra valente, nunca me faltou com a palavra dada.
Ferro na casa de ferreiro, amigo de dores e festejos.
Comemore a minha ida com alegria e fale pra todos do amigo que tinha
Amigo véi!
As dores tão querendo atrapalhar
Os olhos teimando em fechar
Mas já tô no dia e no lugar.
Ora, o momento pode esperar.
Amigo véi
Quero me desculpar
Porque minha amizade nunca conseguiu, com a sua empatar.
Mas fico feliz sabendo que a sua tá em primeiro lugar
Amigo véi!
A hora acabou de chegar
A ordem vêi lá de cima e eu não posso questionar
Faça-me o último favor
Chame todos pra cá
Mulher e filhos fiquem com Deus
Adeus, amigo
Amigo, adeus.
Você sempre será a minha melhor parte
Eu desejo te ver a todo momento
Eu te disse adeus ainda te amando
Eu acordo na madrugada sentindo seu toque
Me assusto ao ouvir sua voz me chamando
Mesmo que tenha seguido
Ainda vejo você em meus planos
Eu perdi minha sanidade
e tenho como companheira as crises de ansiedade
Eu confio em você!
Mas confesso
Eu surtei vendo aquela foto
Andei por horas
em plena madrugada
Fumei um maço de cigarro
Sentado no meio da calçada
Falava sozinho
enquanto os carros passavam
Desde então, o corpo não responde
aos estímulos da mente
e para evitar o pior
Me encontro dopado completamente
A vida tem me roubado
tudo que tem me mantido em pé
Restando apenas a fé
Ela me diz que tudo fará sentido
e que ao sair daqui, voltarei erguido
Uma pequena força restitui
Aquele cara que eu sempre fui.
SONETO PRUM ADEUS
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
No redobrar dos sinos, a total nudez
Dum defunto sem data de nascimento
Um ninguém, de solidão e sofrimento
Dos que à vida, na vida foi escassez
Deixei atos em versos de sentimento
Podem até ser os tais sem a polidez
Mas, foram vozes, e não só momento
No adeus, o adeus com total lucidez
Pois se meu fado foi sem argumento
Então, pós morte, perde-se a validez...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
ADEUS JOVEM JUVENTUDE
Adeus, ó minha jovem juventude, adeus
De algumas purezas suas terei saudade
De tantas outras, muitas, graças a Deus
Carrego na alma para toda a eternidade
Terei saudades daqueles sonhos meus:
Grandes, teimosos, cheios de liberdade
Mas lembrarei, também, dos rolos teus
Desordem, zaragata, ousada mocidade!
E o que dizer, então, da imaginação?
O tempo demorado, indo tão devagar
Tudo carregado da atraente emoção
Adeus, juventude, que não volta mais!
Adeus! Pois, no tempo, gratidão, estar
E, no percorrer, os sentidos essenciais...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 fevereiro, 2023, 20’15” – Araguari, MG
Hoje, além de um ano, encerra-se também um ciclo na minha vida.
E um novo eu, dá adeus a um outro que jamais voltarei a ser.
Parto em silêncio, sem adeus, sem palavra ou explicação.
Nada pode conter minha partida
vou em busca da liberdade, deixando o exílio,
para enfim viver a felicidade.
Longos anos ao seu lado
Vários momentos vividos
Cada um valeu a pena
Me trouxeram um aprendizado.
Cada mentira revelada
Cada erro descoberto
Cada acerto notado
Cada esforço reconhecido
Me fizeram a mulher segura que sou.
Mas passou
O amor eterno se eternizou
Minha alma se libertou de você
Meu mundo que não vivia sem ti, quis partir
Meu coração aprendeu a dizer
"Adeus".
Confesso que morri. Morri por dentro. Já não tenho mais forças pra lutar e nem sei se quero. Morri, da pior forma e mais dolorosa possível. Fui vendo a vida passar, o mundo girar e fiquei agonizando, morrendo aos poucos. Deveríamos encarar a morte com naturalidade, mas não consigo. Eu tinha uma vida inteira pela frente e poderia ser feliz, mas a dor, o ódio, a raiva e tantas outras coisas me mataram… Morri em alma e em coração, agora o que me resta é morrer em corpo, ou, então, apenas vagar por aí feito um zumbi.”
La Agenda Roja - Sofia Lundberg
Foram todos esses livros fantásticos os que me ensinaram muitas coisas sobre a vida e o mundo.
O amor sempre encontra caminho sempre que está destinado a acontecer.
Todo mundo tem um amor que nunca esquece (...) Alguém que se meteu e ali ficou.
Não há nada tão perfeito como o amor perdido.
Não será mais que tua alma.
O amor não entende de gênero(...) E não é o gênero que importa tampouco deveriam fazê-lo as pessoas.
O sol é o suficiente para iluminar teus dias, a chuva o suficiente para que aprecies o sol.
A alegria para fortalecer tua alma.E a dor é suficiente para que aprecie os pequenos momentos de felicidade e os encontros são suficientes para que possa dizer adeus de vez em quando.
E com o tempo eu simplesmente morri. Não, as partes do meu corpo não estavam se deteriorando, muito menos minhas artérias entupidas a ponto de um ataque cardíaco, também não estou com uma doença terminal, nem sou usuária de drogas. Eu apenas morri por dentro; dentro de mim mesma, mas não eram meus órgãos que estavam apodrecendo, era muito pior, eram meus pensamentos.
Talvez você não esteja entendendo absolutamente nada do que estou falando e ache que é apenas mais um discurso ensaiado, ou um texto doentio retirado de um livro (bem depressivo por sinal), mas não é isso. Melhor começar desde o começo.
Ops, perdoe me por não me apresentar, me chame de Winter. Sim, inverno, pois é isso que sou atualmente: fria e passageira.
É que eu estava indo embora, largando suas mãos aos poucos na esperança de você me puxar. E bem, você puxou, a sua mão, largou a minha e me disse “ -: Até logo boneca!” com aquele sorriso que me mata, e ali eu morri. Morri por dentro sorrindo por fora, você não entendeu quando eu disse que não ia mais voltar. Era tão fácil me ter, que sua convicção de que eu era sua, te tira qualquer dúvida de que eu não iria voltar, mas meu bem, eu sempre fui mais minha, não é porque você me tinha, que podia desperdiça. E como tudo que se tem de muito, não é dado valor, eu me fui e não voltei. Você esbanjou, algo que não podia ser esbanjado, e ficou sem.
Se eu sair por aí, eu vou conhecer outras pessoas, vou me distrair com outras coisas que não seja você, eu sou capaz até de encontrar outros sorrisos, outras gargalhadas. Mas ainda sim, o som da tua risada será a minha preferida, e o teu sorriso nunca vai deixar de ser o mais lindo do mundo.
E aos poucos você vai morrendo por dentro, seu sorriso vai ficando sem brilho, seus olhares com a profunda tristeza
Saudade é monstro que chega à janela da nossa alma, arranhando o vidro e querendo entrar. Ela chega nos dias mais solitários e faz com que a gente corra para baixo do cobertor, nos fazendo lembrar dos momentos bons e tempos que
não voltam mais. Saudade é um bicho devorador que vai nos consumindo por inteiro, até não restar nada de nós, apenas dor, as lembranças e a ausência do que se foi.
CONDIÇÃO
Dissolveu o amor e a dor saliva
No vazio. Pondo a alma no cais
Este afeto que já foi muito mais
Está sensação que andais cativa
Solitária a emoção, e pensativa
Sente e chora este mal, e jamais
Pensou ter e que doesse demais
E eu sem ti e cá com a falta viva
Mas amei de todo o bem, amei
Sei que após continuei amando
Assim, lhe vi pelo cerrado indo
Sofrer, porque sei que sofrerei
Pois o ter insiste estar sonhando
Haver-te, o adeus vai possuindo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/06/2021, 12’17” - Araguari, MG
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