Adão e Eva
ADORAR
Palavras completam-se no véu da noite,
palavras transformadas, para o amor que não se esconde.
Conhecido pelos que passaram, os viventes o perdem, pelo medo que os perseguem, não busca vingança e nem a dor.
Oh medo, sem ti não existo, sinto-lhe a cada instante,
só falta te adorar com tremor.
Pois Aquele que sigo não o segue, e quando estou em ti,
não estou mais nele.
Entendo então, não vivo seguindo o meu Senhor,
mas morto vivendo-o.
Agora não há mais nada que eu possa fazer até descobrir, quem forjou o tigre que flameja?
Parei de tentar me parar, e deixei A morte me levar.
Perdição
Deixarei meu tempo passar
Para perder o meu amor,
O tempo passará e
O meu amor casará.
Deixei o meu amor passar
Pela morte que me persegue
Dia e noite sem parar,
Não vejo aonde vai dar.
Sem tempo estou,
Porque perdi o meu amor.
O tempo já queimou e
As cinzas me prenderam no teu passado.
Oh, tempo que flameja
Escuro é a sua passagem
Destruido é o seu passado
E vivido é o seu presente.
Quem te forjou, oh tempo?
Pois, tu vives, mas eu tento
Reconstrui-lo, amado tempo,
deixe-me vive-lo.
Aventurei-me no teu passado,
Preso estou, tudo passou,
Mas vivo em ti, oh tempo.
Qual é a remissão que tu desejas?
As asas que batem
Sinta, sinta borboletinha
O homem destrói e não
Constrói, só melhora para
Destruir mais.
Borboletinha não chore pelo
Que o homem não faz.
Olhe Borboletinha, saia de casa
E faça algo, pois o homem nada faz.
Voe borboletinha, traga o furacão
Deixe o homem irado para ele fazer algo.
Borboletinha nada fala, mas faz muito
Enquanto o homem brinca de garoto.
Oh garoto pare de brincar com a borboletinha
Ela trabalha para um dia mais feliz.
Enquanto seu pai cria fumaça,
Borboletinha não chore, clame para um novo começo.
Eu sou aquela que foi enterrada viva,
mas não deixou morrer os seus sonhos.
Ressurgi das cinzas e redesenhei os meus ramos.
Venci montanhas de palavras secas e fortaleci os meus ramos.
Hoje sou árvore florida, enterrada na relva,
coberta por flores do campo.
Ser indígena não é folclore, é honrar os ancestrais.
É renascer cada manhãs, como o sol nos milharais.
Sou indígena além do tempo.
Meu presente está no passado
E o meu passado está no presente,
Em cada ser, irmão sagrado.
Na pedra, no fogo, ou no ar,
Em cada filho Tupi amado.
Não sou apenas mulher.
Sou caco retorcido,
Que rasga a vergonha,
De choros recolhidos,
Em noite sem luar.
Benguela sem medo!
Com as minhas feras,
Com as raízes imersas,
Em novas primaveras!
Trago os meus vulcões,
Gritos do sangue que me gerou.
Sou fogo de brasas vivas
Por coragem que destila
Sem medo do opressor!
Hoje já não é mais dia
Mas o sol jaz no teu olhar
A sombra do temor
Deu lugar a brisa
Ao canto que soou
Que celebrou por ti
Os laços que quebrou
Então corre para o teu mar
Contempla sua vastidão
Não há porque temer
As ondas e vendavais
Creia nos teus remos
Na proeza de teus rios
Que nada jamais
Te impedirá!
Registro de Carnaval
É que toda vez que te vejo, as palavras me somem e esqueço por completo todas as letras do alfabeto, coloco no rosto a melhor cara de bunda não ensaiada no meu rosto que fica ofuscado pelo seu sorriso.
Estava você ali, tão perto de mim, tão pequena e tão alegre, se expandindo naquele espaço que era tão seu e pouco meu.
Até tentei mexer os ombros para não parecer uma completa estranha, ao passo que você com seu carisma reluzia de tanta felicidade,
E eu fiquei mais feliz em te ver daquele jeito e tão de perto de mim (eu quase poderia tocá-la).
Queria poder ter nas mãos uma caneta mágica e assim com ela reescrever toda a nossa história e vivê-la como se estivéssemos em um conto de fadas, mas infelizmente isso não é possível. Talvez não era pra ser nesta vida, então te espero na próxima.
Eu queria poder apressar o tempo
Tenho pressa de te ter em meus braços
Sentir sua pele, seu cheiro e seu calor
Tenho medo de que outro alguém entre
Na sua vida e roube o meu lugar
Passo meu dias vivendo um loop
Dos momentos que quero viver contigo
Quero te ver acordar descabelada,
Tomar aquele café prometido
Te ver sorrindo grandão daquela forma
Que sei que sou capaz de arrancar de você.
Morena cor de jambo
Sua cor quente é o meu prazer
Seu cheiro doce me faz enlouquecer
Me perco nas suas curvas, suas cores,
Cheiros e sabores.
Faz-me querer afogar nos teus rios
Que desaguam e mim de forma quase
Que perene.
Ali me perco nos teus sons, gritos e sussurros.
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