Acreditar não faz de Ninguém um Tolo
Dediquei a você cada pingo de sorriso, esperança e amor... Eu fui tolo em me dar de corpo e alma a você, eu fui um tolo por não ter corrido... eu sou um tolo, depois de tudo que aconteceu eu posso pensar em te perdoar, eu sou um fracasso por não poder sentir raiva de você, eu sou um tolo em ainda te amar.
Tolo é o homem que acredita que o amor de sua vida sempre quer seu bem, esperto é aquele que sabe que antes de amor, existe uma pessoa individualista e falsa por trás.
O homem tolo, o homem medíocre, tende-se, a sempre a ser, manipulado. Por uma mulher igualmente medíocre, cujo o seu único papel, é o de suga-lo, até o seu decaimento.
Existe uma carnificina diante do tolo, ainda não consegue ver que chegou a hora, a carne já se desprendeu dos ossos, mas ele não percebe, não consegue sentir o seu próprio odor discriminatório.
Existem momentos que é melhor ficar em silêncio para o outro pensar que és um tolo do que abrires a boca e confessar a certeza.
A ignorância pode não ser uma opção, mas o tolo por conveniência se converge as experiências mais devastadoras da própria vida.
Um sábio entre tolos é visto como louco. Então seja sábio e afaste-se dos tolos. E não seja tolo, louco é quem finge ser sábio.
O grande valor da vida e sua compreensão não está nas mãos de um tolo ou de um falante.
Mas no coração e alma de um ser brilhante.
Se você deseja progredir, você deve se contentar em parecer um tolo ou simplório no
que concerne aos assuntos externos; não deseje que os homens venham a pensar que
você sabe algo e se vier a pensar que é alguém
desconfie de si próprio. Porque saiba
que não é fácil manter a sua mente em harmonia com a natureza e ao mesmo tempo
manter o controle das coisas externas; se você dá atenção a uma, você necessariamente
tem de negligenciar a outra.
Controvérsias
Te escrevo esta lírica crítica poética
Como um tolo devaneio desta minha mente
Antes tão inerte, agora inquieta
Redijo substantivos e vocábulos
Tão mornos e oblíquos
Afim de encontrar acalento
À esta minha vida, morna e incerta.
De amantes a inimigos
Malditos escravos
De devaneios antigos
De estranhas aversões
Nossos nocivos estragos
Eu queria a calmaria
Do encontro das marés
Queria a melodia
Orvalhada dos ouropéis
Queria não ser tão estático
E poder não sentir
Essa minha dor
Mas não sei se queria
O privilégio de chamar-te de amor
No ápice de minha saudade
Houve um lapso temporal de desespero
Em que sem pudor ou medo,
Infligi a mim, uma dor de total desmantelo
Queimei-me a pele
Por não suportar o queimor que me aquecia por dentro
Meus epitélios pareciam desgrudar da derme
E seu nome não me saía da cabeça
A tu, eu perdi a sanidade.
Nem mesmo todo o tempo que passamos na estrada
Bastaria a compensar as horas que perdi delirando por ti
Queria não ter essa intensidade exacerbada
Mas das rosas que você me deu,
Sou a estragada.
Desvencilhei-me das lembranças tuas
Mas tua foto ainda está em minha cabeceira
Ainda sinto teu cheiro em pessoas alheias
Em minhas andadas rotineiras
Queria ter lembranças como as suas
Boas e puras
Mas nas minhas,
Só fomos dois inconsequentes
Cambaleando sob a linha tênue à margem da razão e da loucura
Beijei bocas das quais não lembro o gosto
Pousei em corpos estranhos, conhecidos e em tantos outros
Mas sempre foi você,
O fogo que me torna imune aos sopros
Estou numa bolha de inércia prestes a ser estourada
Meu mundo rosa tem coloração acinzentada
És parte fundamental desse caos instaurado em mim
E sem você, eu me resguardado
Nada mais vai ser cem por cento
Nada tem a beleza extraordinamente quântica
Linda, leve
Como teu sorriso e teus cabelos ao vento
Minha energia lasciva destruiu teu carro
E a minha sanidade,
Me trouxe os debates existenciais sobre a beleza da ida
Mas se eu não fosse azarada,
Não conheceria quem me ensinou a fórmula de resolução
Ou da destruição de minha vida
Toda a incompreendida chama que juravas ter
Era brasa molhada, fogo de palha
E agora, cobrança de saudade
Que só sobrou pra mim
Junto à esse romantismo ultrapassado
À imensidão de lirismo incompreendido
Você me trouxe de volta à monótona realidade.
Com a dor de ser o que sou,
Acabou.
Acabaram os vocábulos
Todos os numerados fósforos foram queimados
E apagaram
Só restou a fumaça
E a dor reconfortante de quem os segurou até o final.
Serei sua
Enquanto meus versos inconformados e desajustados
Insistirem em ser seus.
Thaylla Ferreira Cavalcante
