Acariciar sua Pele Macia
Às vezes eu penso que se a cor da pele pudesse ser mudada como a cor do cabelo, talvez o racismo não existisse mais nesta sociedade que vive de super valorizar a aparência. Aí eu me dou conta que não bastaria uma tinta para a pele preta se tornar branca se a indústria não tivesse desenvolvido também uma tinta "cor de respeito" para ser aplicada nos corações e nas consciências que habitam corpos de peles brancas racistas.
Definitivamente, é inexistente uma solução artificial para acabar com o racismo. Se faz necessário continuarmos investindo na qualidade da educação e da formação da espécie desde a sua tenra idade. Investir no despertar da empatia, nas almas que habitam corpos brancos e desprovidos da sensibilidade necessária para caracterizar um indivíduo como humano. Além da punição pelo crime de racismo.
É preciso seguir na luta. Se as cores fossem a salvação, não existiria, também, a crueldade da homofobia.
"Sobre a loirice de pele roseada, o fruto vivo das antilhas, faz a vida alegre, no seu vermelho"( José Adriano de Medeiros)
"Sob a Pele"
Leon sempre teve uma visão diferente do mundo. Onde outros viam normalidade, ele via perguntas sem resposta. Ele era um garoto de espírito inquieto, alguém que se recusava a seguir o molde. No fundo, ele sabia que estava procurando por algo – talvez liberdade, talvez propósito – mas era difícil definir exatamente o quê. Ele se sentia como um estranho em sua própria pele, como se usasse um “uniforme” que não era feito para ele, algo que todos enxergavam, mas ninguém realmente via.
Quando a noite caía, Leon vagava pelas ruas da cidade. O silêncio das ruas e a brisa fria o faziam sentir-se vivo, como se a noite fosse seu verdadeiro lar, um lugar onde ele não precisava fingir. Ele andava sozinho, absorvendo a solidão, sentindo-se mais em casa nas sombras do que sob o sol ofuscante do dia, onde as expectativas pesavam sobre seus ombros.
Foi numa dessas noites que ele encontrou um velho misterioso, sentado no degrau de um prédio, com o rosto pintado e os olhos cheios de sabedoria e uma melancolia silenciosa. “O que você vê ao se olhar no espelho, garoto?” o velho perguntou, a voz calma, mas carregada de um tom que despertou algo em Leon. Ele hesitou, surpreso pela pergunta, e por fim respondeu, quase sem pensar: “Eu vejo... alguém que não sou eu.”
O velho sorriu, um sorriso triste e cheio de segredos. “Não é a máscara que define quem você é, mas o que você faz com ela.”
Essas palavras ficaram ecoando na mente de Leon, como um enigma que ele precisava desvendar. De volta ao seu quarto, ele olhava no espelho tentando ver além da própria imagem. Ele percebia que vestia o “traje” que o mundo lhe deu, com todas as expectativas e papéis que os outros projetavam nele. Mas agora ele questionava: qual era o seu verdadeiro papel nessa história?
A partir daquele encontro, algo dentro dele mudou. Ele começou a observar os próprios passos, os próprios sonhos. Percebeu que passava a vida escondendo seus verdadeiros desejos, ocultando quem ele era por trás da fachada que os outros esperavam. Mas, como um herói que veste seu uniforme pela primeira vez, Leon decidiu se lançar em sua própria jornada. A máscara não o definiria, mas o que ele escolhia fazer com ela, sim.
Nessa nova fase, ele começou a frequentar lugares que antes evitava, como o antigo ginásio da escola, onde enfrentou a própria insegurança. Passava mais tempo escrevendo e desenhando, descobrindo no papel uma maneira de expressar suas ideias, seus medos e seus sonhos. Suas criações eram fragmentos de sua alma, partes que antes pareciam desconectadas, mas que agora formavam um quadro maior.
E enquanto ele se dedicava a entender e abraçar quem realmente era, percebeu que não estava sozinho. Outras pessoas ao seu redor também carregavam suas próprias “máscaras”, suas próprias inseguranças. Ele conheceu Julia, uma garota que sorria para o mundo, mas que escondia uma tristeza profunda. Aos poucos, eles se tornaram confidentes, revelando segredos e sonhos. Juntos, eles descobriram que não precisavam se encaixar em padrões, mas sim criar seu próprio caminho.
Uma noite, em um dos telhados onde costumavam se encontrar, Julia o olhou e disse: “Leon, talvez a gente nunca pare de usar máscaras. Mas acho que podemos escolher quem queremos ser enquanto as usamos.”
Essas palavras fizeram Leon perceber que ele nunca precisaria escolher entre esconder-se ou mostrar-se completamente. Ele era um herói e, como todos os heróis, podia carregar as marcas de suas batalhas, visíveis ou invisíveis, sem deixar que elas o definissem.
Agora, cada vez que ele caminhava pelas ruas à noite, ele sentia que estava mais próximo do seu verdadeiro eu. Leon não precisava mais do “uniforme” dos outros; ele havia criado o seu próprio. E, como o Sol que nasce após a noite, ele começou a viver cada dia com a certeza de que sua verdadeira essência não precisava ser escondida – apenas vivida.
Evangehlista Araujjo O criador de histórias
Desenho de Deus
Ele é desenho divino, esboço de paixão,
pele que chama, cor de tentação.
Braços fortes que me envolvem por inteira,
cada traço seu é um toque sem fronteira.
É desejo que exala, perfume febril,
pele quente, cheiro de cio sutil.
Veias marcadas, caminhos secretos,
onde o prazer traça rumos discretos.
Ele é meu sonho, meu devaneio sem fim,
o desejo ardente que vive em mim.
No olhar, um poder que prende e domina,
na voz, encantos que meus ouvidos fascina.
Durmo e acordo com ele no pensamento,
toda noite é seu, meu sentimento.
Como ninguém, o quero tão intensamente,
ele é meu desejo, meu querer mais permanente.
Seu cheiro é chama, seu toque, delírio,
como melodia que invade meu mundo sombio.
Ele é feito à mão, traçado em perfeição,
um desenho de Deus, escultura de paixão.
Amor sempre presente
Que eu envelheça, que a pele se marque em rugas mas que o coração nunca endureça. Que o amor viva, sempre presente, e que a ternura em mim jamais se esmoreça.
SimoneCruvinel
A cor da pele, um fardo ou uma bênção,
Na sociedade, é peso, é sentença,
O olhar alheio, carregado de julgamento,
Define o valor, o espaço, o movimento.
Em cada rosto, a história é contada,
Mas o sistema a distorce, a cala,
Diz que o negro é o filho da margem,
E o branco, o dono da grande paisagem.
A cor, que deveria ser apenas um traço,
Virou muros, cercas, um vasto laço,
Onde se mede o ser, o sonho, o futuro,
Com base em tons, em olhos obscuros.
Mas na rua, no campo, na praça, a luta,
O grito por igualdade, a força absoluta,
A cor não define o ser ou a razão,
E sim a coragem de lutar pela mão.
O racismo que insiste, que envenena o ar,
É uma prisão onde o amor deve triunfar,
Pois no fim, a cor, como tudo, se dissolve,
E o que importa é o espírito que se resolve.
A crítica é a chama que incendeia a mente,
É a revolta que se ergue, quente, persistente,
E a cor será, no dia da mudança,
A celebração da nossa grande aliança.
o tempo foge das mãos
enrugando a pele em detalhes
ao amortecer da vida,
declarando um novo alvorecer.
"Noturno"
Corpo a corpo, pele a pele,
Um só corpo, uma só pele.
No escuro, a luz do desejo
Queimando lento, queimando sempre.
(Zé Augusto Ribeiro)
A cor da pele não determina o caráter nem a inteligência, porque a virtude não tem cor; ela é transparente e vista nas boas obras.
As marcas na minha pele mostra que eu adquirir sabedoria, jovens respeite os mais velhos pois com muita sorte um dia você chegara lá
Eu sou nagô.
Eu sou mais do que a cor da minha pele.
Eu sou negro, eu sou multicor.
Eu sou a voz da resistência, desde os porões dos navios negreiros.
Eu sou clamor.
Eu sou a força rompendo as algemas do teu preconceito.
Eu sou o canto ensurdecedor.
Eu sou gente da gente, um só povo.
Eu sou Brasil, com muito amor.
Flecha Invisível
"Um amor não correspondido é uma flecha certeira,
Não rasga a pele, mas a alma inteira.
Dói mais que o tempo que insiste em passar,
Mas nunca me ensina a te esquecer ou deixar."
"Se um dia eu te perder sem jamais te ter,
Que destino cruel, que sorte a sofrer.
Meu peito sangra sem ferida à vista,
Um eco vazio, uma dor imprevista."
"Ainda assim, amo—mesmo em silêncio,
Mesmo que seja só meu o veneno.
Pois há beleza em amar sem medida,
Mesmo que nunca me vejas na vida."
"Se a cobra não trocar de pele, ela morre, assim como quem usa máscaras. É preciso usar novas faces e fingir, para ser apenas uma imagem ".
Se te amo, não espero retorno.
Se te toco, não peço tua pele.
Se te entrego meu sentir,
é porque não sei guardá-lo.
Mas e se me deres o que nunca pedi?
Se tuas mãos buscarem as minhas,
se teu amor me encontrar sem que eu o chame,
terei eu o direito de recusá-lo?
ou será apenas medo disfarçado de recusa?
Os braços conhecem o gesto de ofertar,
mas tremem ao ensaiar o de aceitar.
Dizem que amar é dar,
mas talvez amar também seja permitir.
Permitir que fiques,
permitir que me olhes,
permitir que o amor,
se quiser,
exista entre nós.
Não sei ser amado,
mas ainda assim sou.
Não sei receber,
mas ainda assim me oferecem.
E se o amor não for uma dívida,
nem um peso,
mas apenas um espaço entre nós dois,
um toque que não exige nada,
um olhar que não pede retorno?
Talvez amar também seja ficar,
mesmo quando os passos tentam fugir.
Ser emocionado dá medo, sim, mas prefiro isso a viver de mentira. Sentir tudo na pele, sem filtros. Não carrego o peso do desinteresse, e quem não consegue lidar com isso, que se afaste. Que os emocionados vivam tudo o que merecem, sem limites.
Dia 29
Como miração,
A força da tua imagem emerge em minha mente,
Teu aroma, Tua pele, teu toque, nossas mãos pequenas se entrelaçando,
Você sentada no meu colo,
Eu, seu cafuné,
Como eu quero atrapalhar teu banho kkk
Ou, que você quase me queime com a água quente do chuveiro, pelandooo, pelandooo,
Quero contar essas histórias e tantas outras mais que hão de surgir,
Foi só uma pausa,
Para retornarmos ao grande espetáculo das nossas vidas.
A hipocrisia moderna veste a pele de compaixão, mas alimenta a crueldade. Enquanto os animais sofrem em silêncio, as crianças sem educação são coroadas com o manto da inocência, enquanto os pais, cegos pela indulgência, deixam a verdade se afogar em um mar de mimos.
Lembrei da tua pele,
do suor descendo, desenhando caminhos,
do teu rosto rendido ao desejo
e de cada resposta do teu corpo.
E junto a mim, a água do chuveiro escorria,
misturando-se ao desejo que pairava.
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