Poemas da madrugada para inspirar as reflexões noturnas
E agora eu tô aqui
Tomando o resto de um Guaraná sem gás
De mais ou menos uma semana atrás
Comendo pizza fria
Mas quem diria
Nunca nem parei pra pensar nesse momento
Mas é evidente que para uma madrugada solitária
Esses dois sempre serão perfeitos acompanhamentos
...E ainda nem é madrugada.
Hoje a solidão se fez imensa
Mais concreta do que nunca fora antes
... Palpo-a com minhas mãos.
Esperei-te o dia inteiro
( E quão inteiro foi este dia!)
Quisera ao menos tocar-lhe a face numa carícia.
Quisera pisar o solo que pisam os teus pés
Respirar o teu ar
Beber de tuas fontes...
Mas há apenas o som do teclado
à despedaçar meus sonhos em fragmentos.
... Desperta-me para o nunca.
Sim. Jamais beijarei tua boca!
E isto torna o dia sombrio, isento de magia.
Não há borboletas no jardim.
Porque hoje a solidão se fez imensa.
Calaste até tua presença etérea.
... Hoje não houve ilusão. Não houve!
E a solidão é intensa...
A saudade mais imensa ainda.
... Nem a poesia preencheu a lacuna.
Nem a poesia!
Porque hoje a solidão se fez imensa.
... E ainda nem é madrugada dos poetas.
" Gosto quando você me liga de madrugada só pra dizer que lembrou da minha piada. Gosto do som da sua risada ou quando você me abraça sem dizer nada. Gosto de você assim meiga ou apaixonada. Porque para mim és poesia disfarçada..."
Cabanos
Através da madrugada
Fez-se heróica jornada
Em cada comunidade
Pela comum liberdade.
Através desta vastidão
Onde tudo é imensidão
Ergueu-se cada oprimido
Em cada canto esquecido
Na Amazônia lutou
Povo que um dia ousou
Calar sem medo o algoz
Todos em uma só voz!
Bailarina que surge na madrugada
Exibindo sua técnica sem dar risada
Seus olhos verdes minha tentação
Sua boca carnuda minha perdição
Bailarina que invade o meu pensar
Suspensa no ar me faz almejar
Como seria te conhecer
Como seria te entreter
Bailarina dos olhos verdes do inferno
O conhecido buraco abismo eterno
Me faz pecar só de olhar
Me faz pecar por desejar
Bailarina da internet libertou a fera
Bailarina do Instagram se torna a Bela
Muitas vezes a insônia me agride, e no meio da noite onde o silêncio impera, faço da madrugada o meu palco, o meu trono onde posso pensar sobre tudo.
Até onde irei? Não sei! Pois foi Deus quem projetou meu destino, o meu passado me importa, porque através dele eu aprendo a viver melhor no presente. Meu futuro é incerto e sem propósitos nem tenho pra onde ir e quem seguir, mas creio que posso ser mais feliz. O mais importante de tudo é a vida, independentemente de tudo eu só quero viver em Paz e Harmonia no mundo que eu escolhi.
Coração sobre cama
Se de repente acordo
é madrugada
surpreende o coração
descansa sobre os lençóis
exausto
não tenho sede nem sono
e nem mais coração.
Se acordei e é madrugada
era pra ver você
que não está nesta cama.
Enquanto canto bem baixinho
os batimentos desaceleram
lentamente, quase imperceptível
até a voz sumir entre os lençóis.
Esperaremos a manhã
o coração e eu
e os jornais o carteiro as babás
colocarão as coisas no lugar:
o coração no peito
você à distância
os lençóis na lavanderia.
dos dias que não se quer ser
era mais uma madrugada
dessas tempestuosas.
noite estranha era aquela.
não sentia o cheiro da chuva.
diferente de outras,
não existia relação ali,
entre mim, a água que ruíra na minha janela e a madrugada.
noite atípica.
o frio se acomodava latentemente aos arrepios da estranheza.
quando dei-me por conta,
estava lá, fitando uma poesia,
que temerosamente me desaparecia.
quando nossos olhares se cruzaram,
lembro-me de querer vorazmente devorá-la.
era estranho,
a madrugada que não escolhi,
a poesia que parecia ser eu.
nem me lembro mais quando esqueci de lembrar que era uma madrugada atípica,
dessas que só se dorme.
num átimo, estava completamente seduzido pela poesia.
imerso,
já nem sabia o que era noite, o que era poesia,
o que era eu.
minha respiração ofegava,
lembro-me de apavorar por isso,
mas era certo,
quanto mais apavorava mais escrevia.
e foi assim que eu danei-me a escrever.
escrevi, escrevi, escrevi
escrevi, escrevi, escrevi,
escrevi, escrevi, escrevi
escrevi, escrevi.
lembro-me de escrever tanto, mas tanto, que a poesia já não tinha mais nada,
nem uma palavra sequer.
em exaustão me apaguei
sem ver a cor das três madrugadas seguidas.
depois dessa, vieram muitas outras madrugadas,
outras poesias.
mas nada como aquelas.
Cântico à Primavera!
Ao romper da madrugada
assim que o sol acordou;
caminhei pelos verdes prados!
Sentei-me junto da azinheira
onde o orvalho ainda humedecia;
e as abelhas zumbiam!
E da copa da azinheira.
passarinhos chilreavam
cumprimentando o novo dia!
Um malmequer para mim olhou
quando na relva me sentei…
Logo suas irmãs;
para mim sorriram em mil pérolas de fulgor
com que perfumavam a aragem ridente da madrugada!
E mais uma vez: - o malmequer para mim olhou!
E atrevido me perguntou
de que cor gostava eu de ver a
Primavera sorrindo?
De amarelo! - Respondo eu !
que é cor da alegria e da amizade!
Logo daquele campo matizado….
Suas irmãs
para mim sorriram (…)
todas de amarelo se vestiram,
e em uníssono cantaram .
Viva a felicidade!
Viva a amizade!
Viva a Primavera!
Viva a estação das flores!
Viva a estação da alegria!
Poeta da madrugada
Ei...Psiu... Isso! você, mesmo, jovem poeta!!!
Que rima procuras nessa madrugada?
Que sentimento queres trazer às pobres almas que o leem?
Entre o amor correspondido e a solidão enrustida qual preferirás?
Trarás o mel ou o fel aos que o devorarem?
Será uma palavra de sapiência ou para quem tem paciência?
Decida-te.
Filho da lua, vivo na madrugada..
Vivo na madrugada pos ao dia tudo não se demostra ser o que é..
Mas na madrugada..
Tudo bem vem átona..
Na madrugada que choro, dou risada, sofro..
Tudo sozinho..
Sem precisar de ninguém fingindo se importar com meus problemas..
Só a lua pra me escuta e me entender..
Já que somos iguais, transmitimos um brilho que não é nosso, e quando estamos sem esse brilho somos esquecidos..
Ela ao dia..
E eu a noite..
É com essa cara de sono e cabelo jogado que viro madrugadas a dentro lendo as melhores poesias que alguém pode escrever.
Me ocupo com os melhores gostos e sabores, gosto de ouvir coisas bonitas, meus olhos não se cansam de olhar para o que é bom. O belo nem sempre me encanta tanto.
Meus pulsos estão fascinados e pulsam diariamente para tudo o que trás riso ao meus rosto. Sorte, estou viva.
NA MADRUGADA COM DEUS
Na calada da noite,
Na horas frias da madrugada,
Quando surgem os temores,
Pra te convencer que não és nada!
Sinto tua presença a contradizer,
Diante do obstáculo que me deparo;
Exaurido nas minhas forças ao amanhecer,
Vejo o quanto por ti sou cuidado!
A minha vontade de te buscar,
Me faz viajar no quanto sou querido,
Livra-me daqueles que procuram me derrubar,
E salva-me de todos os perigos!
Vou bebendo o que ainda resta da madrugada,
Afinando os meus ouvidos pra poder te ouvir,
Nesse encontro sinto a paz tão desejada,
Diante de tudo que ouço de ti!
Surge então um lindo sol,
Que teima sair no horizonte,
Me dá a certeza de que não estou só,
Que tu não me deixas nenhum só instante!
Rodivaldo Brito na madrugada de 13.02.2019
Dói acordar sem nada para fazer
Assistir televisão até a vista doer
Dormir, de madrugada e de tarde
Ir a igreja só para pedir consolo ao padre
Dói deambular com um canivete no bolso
De esquina em beco, em busca do almoço
Andar inseguro por medo da bófia
E por falta de condições perderes a sua sócia
Dói nascer, viver e morrer pobre
Usar joias apenas de cobre
Na rua, chamarem-te desgraçado
E apenas em festas, comeres frango assado
Dói ser vítima de «Bowling» na escola
Pela deficiência ou carência de mola
Dói estar na porta da igreja a pedir esmola
E para cativar os crentes ter que tocar viola.
Dói em seu país ser humilhado
Usado e abusado metaforicamente, pisado
Por um estrangeiro que escravizou-nos no passado
E por outros que tomam-nos o país ao bocado
Dói ser condenado sem ser o culpado
Incondicionado a um bom advogado
E só depois de considerado réu malogrado
É que a justiça descobre que foste injustiçado
Dói ver incompetentes em cargos de competentes
Competentes desempregados por não terem costas quentes
Uns sem ensino básico mas são tesoureiros
E os universitários como seus faxineiros
Dói ver um adolescente consumidor de droga
Com dezasseis anos dar um neto a sua sogra
Dói ver um jovem com pensamento imaturo
Que abandona os estudos e arrepende-se no futuro.
Dói arrendar uma casa recebendo salário mínimo
Pagar as despesas e dez por cento para o dízimo
Rezar, em um luxuoso santuário
E sua casa não ter se quer um armário
Dói nascer e crescer com o Pai ausente
Mãe desempregada e dependente
Sem dinheiro para uma faculdade privada
Juntar-se aos milhares disputando uma vaga
Dói nascer pra viver e estar a sofrer
Crescer sem nada ter e morrer sem o obter
Fazer um curso, não conseguir trabalho
Formar-se em um ramo e saltar para outro galho
Dói ver um jovem com distúrbios mentais
Invocado da palhota à mando dos seus Pais
Pais que fazem esses rituais para agradar os ancestrais
Com a finalidade de angariar certos meticais.
desisto de te amar
por uns instantes olho a madrugada
que colore de cinza as estradas
da minha cabeça
temos poucos anos e uma bagagem densa
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