A Máquina
Como numa máquina do tempo algumas músicas me deixam em transe e me colocam trinta, quarenta, cinquenta anos atrás.
Nessa hora (mas não só nessa) lembro que meu avô dizia:
- Deveríamos ser antes velhos e depois novos...
Certamente aproveitaríamos muito mais.
Criar uma máquina com raciocínio próprio e livre arbítrio é a mesma coisa de “Deus" criar o ser humano, ele cria o ser humano e da a ele raciocínio e livre árbitro mas o obriga a segui-lo, da mesma forma que se cria um robô com raciocínio e livre árbitro mas o obriga a ser fadado a servi-lo para sempre mesmo tendo livre árbitro, então para que dar a liberdade de raciocínio e livre árbitro se não podemos usa-lo?...
Enquanto houver civilização, somos todos espécies ameaçadas. A máquina civilizatória, guiada pelo progresso (leia-se transformar florestas em caixas de concreto e desertos de monocultura) deve ser parada a qualquer custo.
O argumento da elite é de que a simples desaceleração da máquina causaria mortes e sofrimento para todos, mas isso é só uma desculpa para manter seus padrões surrealistas de superconsumo sempre crescente.
Nossas obrigações são: recuperar modos de vida em simbiose com o macroorganismo Gaia e acelerar o colapso da civilização capitalista-industrial.
Máquinas
Maldita maquina apressada do sabe tudo
O que sabe fazer?
Senão calcular e argumentar
E ver o azul como se fosse azul
Maldita maquina apressada do sabe tudo
De que adianta tanto esforço
Se no final aquele pequeno irritante lá de baixo
Que só sabe bater na mesma tecla vai acabar te convencendo
Maldita maquina apressada do sabe tudo
Inquestionável lógica que propõe
Que faz as bocas se abrirem
E transforma o místico em lenda e a teoria em fato
Maldita maquina apressada do sabe tudo
De que adianta tanta lógica se não entendes o mais simples
E questiona o inquestionável
Maldita maquina apressada do sabe tudo
Aonde irá me levar?
E tu?
Que quieta não fica nem por decreto
Que trabalha em cima do incerto
E se convence apenas com um olhar
E tu?
Maldita maquina paciente do sabe nada
O que sabe fazer?
Senão bater e morrer por cada ser que julga ser bom
Que embora veja o vermelho quer enxergar o azul
Maldita maquina paciente do sabe nada
De que adianta tanto esforço
Se no final você se cansará e verá de que de nada adiantou
E aquele pequeno lá de cima vai acabar te convencendo
Maldita maquina paciente do sabe nada
Inquestionável sentimento que tu sentes
Que derrama da pedra a lagrima
E transforma o nada em tudo e a teoria em fato
Maldita maquina paciente do sabe nada
De que adianta o amor que tu sentes se sabes que o final não é como queres
E mesmo assim questionas o inquestionável
Maldita maquina paciente do sabe nada
Aonde irá me levar?
Malditas máquinas que me fazem como sou
Que me guiam por onde vou
De trabalho eficiente e inquestionável
Por que não se calam por um instante?
Por que cada um não se limita ao seu campo
E tornam tudo mais simples
Por que se torturam como duas crianças?
E fazem com que eu perca meu tempo e o de vocês
Num discutir e argumentar
Num bater sem parar
Sem chegar a nenhuma conclusão
Pra que tanta confusão?!
E tu, Ser que fala conosco?
Por que não se cala por um instante?
Somos teus servos como tu é nosso
E sabe que gigantes não discutem entre si
Damos cada um uma ordem por que o mundo nos fez assim
E do mesmo jeito que somos feitos tu és também
E tem de viver como vivemos
Afinal escolhas nós não temos
Apenas você as tem
E tu sabes que escolhestes mergulhar na duvida do tudo
E nas certezas incertas que os caminhos nos dão
E agora nos vem reclamar daquilo que aprecia
Não reclames de tua escolha
Por que escolha melhor não tem
Escolhestes a vida
Agora aprecie nosso trabalho e a aproveite como ninguém
O PROFESSOR E A MÁQUINA
No pretérito, os educadores gozavam de prestígios, na contemporaneidade são desvalorizados com trilhas futuristas na substituição pelas máquinas
nada foi feito sem ele, ninguem o criou ele não é uma maquina ele é Deus e acabou voce que duvida tente pelo menos conhecer.
O homem busca construir a máquina perfeita, e utiliza, para isto, componentes cada vez mais modernos e sofisticados. Mas quando conseguir seu feito, essa máquina terá sido feita de carne e osso e de alma e espírito, e assemelhar-se-á, indefectivelmente, a ele próprio.
Não quero ser como uma máquina sem alma e nem encarar a vida como uma absoluta permanência nessa experiência de mim mesma. Não quero viver a verdade absoluta e nem estar a mercê da mentira em seu apogeu. Não quero permanecer como se o tempo me arrastasse a destino algum numa vida de penitência arbitrária e nem viver situações inalteráveis e constantes numa tristeza melancólica e desesperadora, alimentada pela espera suicida. Quero a inexatidão de minhas certezas, adulterar o enredo da minha história, deslocar meus caminhos e desafiar minhas limitações. Quero acumular experiências e sacudir minha alma com impulsos fluídicos até que meu corpo não suporte. Quero ser absorvida pela mudança dos tempos, meus erros e meus acertos e que a natureza me surpreenda onde tudo isso me cause transcendência... Que qualquer caminho que percorra que algo me faça sentir menos “pecadora”, pois no final concluirei: Sim, “pequei”! Mas foi preciso... Para me aperfeiçoar.
O Homem quer transformar ele próprio em uma máquina. Doutrinando conhecimento e condicionando comportamentos. Aonde fica a espontaniedade?
Eu vou arrancar esse coração daqui de dentro e colocar uma máquina, assim, em vez de amar e sofrer, eu produzo algo e lucro.
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