A Gente vai se Vê de novo
Surdina (em Alma Inquieta)
No ar sossegado um sino canta,
Um sino canta no ar sombrio...
Pálida, Vénus se levanta...
Que frio!
Um sino canta. O campanário
Longe, entre névoas, aparece...
Sino, que cantas solitário,
Que quer dizer a tua prece?
Que frio! embuçam-se as colinas;
Chora, correndo, a água do rio;
E o céu se cobre de neblinas...
Que frio!
Ninguém... A estrada, ampla e silente,
Sem caminhantes, adormece...
Sino, que cantas docemente,
Que quer dizer a tua prece?
Que medo pânico me aperta
O coração triste e vazio!
Que esperas mais, alma deserta?
Que frio!
Já tanto amei! já sofri tanto!
Olhos, por que inda estais molhados?
Por que é que choro, a ouvir-te o canto,
Sino que dobras a finados?
Trevas, caí! que o dia é morto!
Morre também, sonho erradio!
- A morte é o último conforto...
Que frio!
Pobres amores, sem destino,
Soltos ao vento, e dizimados!
Inda voz choro... E, como um sino,
Meu coração dobra a finados.
E com que mágoa o sino canta
No ar sossegado, no ar sombrio!
- Pálida, Vénus se levanta...
Que frio!
"Geraçãozinha de imbecis.
Nunca se viu um número tão grande de idiotas, como se vê nos dias de hoje."
O ignorante tem certezas
O sábio tem dúvidas
E o poeta tem hipóteses
Cada um tem suas próprias verdades;
Às vezes, estou aqui, mas sou invisível para você.
Às vezes, olho para você, mas você não me vê.
Às vezes falo, mas você não me ouve.
Às vezes, quero caminhar ao seu lado...
mas você não me espera.
Às vezes, quero sentar ao seu lado, mas você me repudia com gestos e atitudes que me machucam.
Às vezes, quero te ajudar no seu dia, mas você não permite, porque você se considera auto-suficiente
demais para precisar de mim.
Às vezes, penso que morri...mas ao olhar para mim vejo o universo inteiro, lindo e maravilhoso. Vejo às flores desabrochando, as borboletas voando, os pássaros cantando...vejo o universo inteiro ao meu redor, mas sou igualmente a tudo isso, invisível para você. O mundo é maravilhoso, mas você não tem tempo, porque os seus compromissos são mais importantes; suas reuniões são mais importantes; seu umbigo é mais importante do que qualquer um e qualquer coisa! Mas para e pense! Reflita com o coração e se quiser chore...deixe que as lágrimas desobstrua as travas da sua alma e do seu caminho e assim verá quão é maravilhoso viver, quão maravilhoso é o mundo, o universo e tudo nele, inclusive você e eu!
A tarefa do espião não é se esconder onde ninguém possa vê-lo, uma vez que ele mesmo não será capaz de enxergar coisa alguma. A tarefa de um espião é se esconder onde todo mundo possa vê-lo e onde ele possa ver tudo.
E olhando a aurora no céu, eu parei pra ouvir minha respiração e então o espaço se abriu como um véu aguçando minha imaginação e me vi viajando ao léu indo rumo à outra dimensão
Onde eu estava tudo tem vida, tem fala e podem interagir, as ondas das águas tão fluída e o vento é como um espírito que te faz sorrir, o solo absorve os passos a medida que brilha emitindo as cores de todo o jardim.
As árvores balançam ao vento numa sincronia que sou incapaz de descrever, parecem até que acompanham o tempo, seguem seu movimento, de tal forma que não possa compreender.
Os sons emitem frequências, sinfonias complexas e lindas, notas que te causa influências que lá no interior podem ser sentidas, realmente é uma incrível experiência, sentimentos de alegrias infindas
10/11/20
A inspiração para escrever
Nas palavras encontro refúgio
Para expressar meu momento
Com carinho vem o elogio
Refletindo sobre um sentimento
No silêncio do meu quarto
Vejo a moldura de um retrato
O livro é meu companheiro
Abasteço-me de novas idéias
Como uma flor tem seu cheiro
Expalhando a essência em minhas veias
Transformando solidão em inspiração
Há beleza nas palavras do coração
Esta chama não se apaga
De uma luz que não se extingue
Uma idéia que se propaga
De um querer que não se distingue
Ao fim de uma leitura em harmonia
À escrita de mais uma poesia
Menina sapeca
Eu quero te vê
Com os pés descalços
Pelos cantos da casa
Na varanda
Na sala
Debochando da ilusão
Contemplando leituras
Até mesmo as de Charles Bukowski.
Quero a pureza do som
Com seu violão
Sua Gaita
Numa melodia
Que arranca sorrisos da alma
Como cantos dos pássaros
Ao amanhecer do dia.
Haja como outros seres
Tire as asas deste corpo
Assopre forte pelo escuro
Faça delas memórias de um tesouro
Pois a vida é curta
E lindo é a liberdade
Deixe ser levada por vários caminhos
E liberte-se desse casulo de medos.
Marivaldo Pereira Mperza
Amigo verdadeiro, não é aquele que vive na sua casa, este tem outro nome, interesseiro.
Amigo de verdade, não fala o que você quer ouvir, mas o que precisa.
Amigo que é amigo, não te olha de fora para dentro, mas de dentro para fora.
Tania Maura Gomes
Como um mundo paralelo,
Só que ninguém vê,
A Psicodelia das palavras,
Como num quadro abstrato,
Só que pintado em versos.
PARTIDA
Vê-lo partir sangra a minha Alma
As lembranças dos dias felizes que fui tua sem pudor
Dias em que meu riso foi solto
Dias em que em chamas meu corpo explodia.
Vê-lo partir quebra meu ser
Mas como prender-te à mim?
Logo eu que prezo a liberdade?
Então vá!
Mas não me diga adeus
Diga-me apenas um até breve
Deixando-me a esperança
Esperança de futuros dias quentes ao seu lado
Kátia Osório
Iansã,
Senhora dos ventos e das tempestades,
Iansã senhora do alvorecer, aquela que cavalga nos ventos, mostra sua luz!
Senhora das chuvas, das tempestades, aquela que me cobre com sua coragem, sua força sua luz!
Sou sua filha, sua neta, sua aprendiz! Sou filha de Iansã, em mim os ventos, as chuvas, raios e trovões moram, cavalgo no tempo e consigo transformar as situações, pois faço valer a força e me recarrego nos trovões, deixo a chuva brava ficar mansa e o céu azul na cor de anil, honro esta energia que flui!
Assim como Iansã, aprecio a leveza que vem depois das chuvas, contemplo o silêncio doce do amanhecer, com a alegria de um novo e lindo renascimento do meu Ser!
Esparrey minha Mãe!
Eparrey minha bela Oyá
Eparrey minha Iansã!
Os guizos da publicidade só tentam os espíritos fúteis. A ambição, que quisesse subordinar a si a verdade eterna, ofendê-la-ia. Brincar com as questões que dominam a vida e a morte, com a natureza misteriosa, talhar-se um destino literário e filosófico à custa da verdade ou fora da dependência da verdade, constitui um sacrilégio.
