A Cartomante Machado de Assis Poemas
Mostramos pra que viemos ao mundo
Vivemos segundos como se fossem minutos
Não escolha a melhor roupa, não vai usar
Traga suas asas, pois iremos voar
Eu e ela em uma varanda de mãos dadas,
Sentados em uma cadeira confortável,
o rosto e o corpo cansados pela idade,
assim que se planeja a felicidade.
Rabiscando só para desabafar.
Hoje o dia foi longo. Perguntei-me quantas vezes me senti assim. Eu olho as paredes que me cercam e vejo-me em alcatraz, é exagero, eu sei. A mentira não esconde de mim mesmo, quem fui, quem sou, e o que virei a ser.
Atrás da tela do computador, tento transcrever a minha dor. Transformo sentimento em palavras, mas eu não sei pronunciá-las. Sou mudo para o amor, surdo para a família, e cego para a vida.
Apesar de estar vivo, sinto-me já falecido. "Viverei até morrer. Pois muitos respiram estando mortos. Mortos pela depressão, pela angústia, vegetando igual uma planta, sem ânimo para nada", disse um pastor que conheci numa viagem.
Essas palavras levaram-me ao pensamento de que ' a vida é para ser vivida, e não corrida', por mais óbvio que isto deva parecer. Sabemos que há muitos indivíduos que não aproveitam a vida de uma maneira intensa. Pelo contrário: vivem correndo atrás de objetos excêntricos, metas infundadas, e não percebem a beleza que é a vida bem à sua volta, passando pelo seu lado e você, inconscientemente, a ignorando.
Acorda e sente meu beijo
Ouve minha voz
A ti propor desejos
Enrosca no meu corpo quente
Me enlaça com esse fogo ardente
Me ama como antigamente
Me toma inteira
Que eu te quero inteiro
Vou te engolir primeiro
Ser tua feiticeira
Num delírio louco
E depois do amor completo
Me deitar um pouco
No teu corpo nu
E te dizer de coração aberto
Que o mar é pouco
Pro tanto que eu te quero perto.
QUANDO EU TÔ CONCÊ...
de: Mineirinha... caipira sim Uai.
para: Cantinho dos Caipiras
enviado: 10 de novembro de 2008 22:43
QUANDO EU TO CONCÊ
Quando eu to concê o tempo é curto igual coice de porco
MaiZ gostosu quinem bêjo di primo
Ficu tão filISS quI meus dente fica maiz pra fora
Duquê cutuvêlo dI caminhoneru
Ocê é um trem tão bao que faiz meu coração
Pulá quinem pipoca num é popica hein?
Ocê me fais paiaçada pra mim i ieu façu
Paiafrita i cozida procê.
E cuando iscutu piada çua ieu dô tanta
Risada qui minha boca fica maiz aberta
Qui burro cuando come urtiga di tanto quiocê mi faiz bem
Mais quando ocê vai çimbora
Eu fico perdidu quinem minhoca nu meio da galinhero
Meu sorriso fica murchim quinem arface na gordura quente
Qui farta um anjo paiaço faiz na vida da gente
Oia ocê é um trem danadu dibão
Que nem xuxu cum limão
Quinem queijo cum goiabada
Ocê é um tizoru que vô guardá drentro du meu coraçãozim
Vô ali um cadiquim fazê uma paiaçada, ocê prefere di cual?
Paiafrita, paiacuzida ou paiaçada mesmo?
Aqui vô maiz dexu humbração sabor queijim minerim com direitou
A docim viu?
Caminhada
É com luta
Que aprendemos A construir com amor!
A paz interior e
Caminharmos com
Alegria, vitoria
Nessa caminhada
Vamos aprender
A sobreviver pois,
Às vezes vamos ter que Chorar para vencer.
Vamos ter que lutar
Para brigar por nossas conquistas.
Na caminhada não é fácil.
Com Deus no coração
Não baixe a cabeça na hora da decepção.
Na Caminhada dessa vida
Nem sempre vai ter alegria.
O coração vai sofrer
não é hora de parar
mesmo com a dor.
É hora de continuar
A caminhar
Uma mordida no queixo
Um cheiro na nuca
Um beijo na boca
Um arrepio no corpo
Eu amo seu corpo.
Um sorriso nos lábios
Uma lagrima nos olhos
molha teu rosto e cai
no seu corpo...
É a dor da saudade
Um gesto de adeus
A porta se fecha
Os olhos se entristecem
Anciando a hora da chegada.
Um brilho nos olhos
Um abraço bem forte
Um outro beijo na boca
A saudade se afoga
A felicidade esta de volta
E assim o dia termina
A noite se inicia
Um novo sonho vai nascer
ao cair da noite...
E assim continuo te amando.
Minha verde floresta
Diariamente lembro-me de florestas
Vastas com algumas partes abertas
Diariamente me lembro de florestas
Enquanto guardo nossas memórias em cestas
Diariamente me perco em mim
É como um poço sem fim
Quando caio vejo lá
Sei que tenho a floresta pra me ajudar
Acho q é o verde dessa floresta que me faz delirar.
Houve um tempo em que vi minha floresta desabar
Me doeu ver as chamas naquele olhar , o fogo a queimar , e depois toda a luz a se apagar.
Agora apenas galhos e resíduos moram lá.
ABRAÇO
Um abraço cura feridas,
Faz sorrir quem já tinha esquecido,
Acalma um coração aflito.
Abraço faz perdoar,
Faz querer voltar,
Porque se percebe
Que a vida não tem graça sem amar.
Mas abraço não pode ser de despedida,
Não dá, impossível!
Ele é recomeço,
Faz esquecer da vida
E isso não tem preço.
Abraço é linguagem da alma,
Tem que ser dado com calma.
Sentindo tudo...
E não sentindo mais nada.
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol 157
Descobri que cada desafio que encontrei e cada medo que enfrentei me aproximaram do lugar ao qual pertenço.
Eu sabia que a vida nunca era tão fácil, que em vez de as portas serem abertas a você, você precisava pular cercas para chegar a algum lugar.
Uma Noite
Por Lucas Nunes De Assis
Uma noite iluminada pelas estrelas
Um ser racional estava a vagar
A pensar o que somos e como somos
O quão incrível e o que Ele é
O quão incrível nós somos
Ele pensava
O quão Incrível é aquilo que ocorre
A toda hora a todo o Momento a tudo que já ocorreu
O quão incrível é o tempo
Algo imparável e inexplicável
Que está sempre Acontecendo
Que sempre Aconteceu
E como ele tem Distorções
Como ele não volta
E tudo que Ele armazena
Tudo o que você fizer esta gravado no tempo
E tudo o que você irá fazer
É difícil aceitar que o tempo Passa
Que tudo que inicia uma hora acaba
Que tudo o que é vivo morre
Uma planta
Uma pessoa
Um planeta
Nós não aceitamos isso muito bem
Nós não somos capazes de aceitar que após a morte
Tudo acaba
E nós tentamos isso dizendo que iremos para um lugar melhor
Para um paraíso.
Nós não aceitamos
Que apesar de sermos Racionais
Somos como formigas
Após a morte você não irá para nenhum lugar
Simplesmente morre
Apenas suas coisas que você fez Enquanto Era Vivo restará
Suas palavras.
A Sua lembrança na memória de quem está vivo.
Suas consequências
Isso é algo Simplesmente Impossível de acreditar
Que você simplesmente acaba após aquilo
Que você se torna apenas mais um no tempo
Cesário Verde!
Autor de apenas 35 poemas, Cesário é tido e havido como um dos três mais importantes poetas portugueses do século XIX. Os outros dois são Antero de Quental e Camilo Pessanha.
Isso, que fique claro, segundo Fernando Pessoa, que dispensa comentários.
Meu contato com Cesário se deu, primeiro, no antigo 2º grau e, depois, no curso de letras. Mas o interesse, de fato, pela produção poética dele é mais recente e foi motivado por um livrinho, que me chegou de Portugal pelas mãos de Alessandra Lisboa. Tudo a ver.
A partir daí, não só li a obra dele – pequena, mas substancial – como também venho lhe dedicando alguma homenagem – pequena, mas sincera – na forma de crônica ou artigo, grato que sou à oportunidade de ter conhecido alguém tão caro à literatura portuguesa. À literatura brasileira, também, por que não?
Dele, estas "Manias" tão atuais que tenho o prazer de compartilhar com vocês:
O mundo é velha cena ensanguentada.
Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.
Eu sei um bom rapaz, - hoje uma ossada -,
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância, quixotesca.
Aos domingos a deia, já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,
Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!
Descobri uma lei sublime, a lei da equivalência das janelas, e estabeleci que o modo de compensar uma janela fechada é abrir outra, a fim de que a moral possa arejar continuamente a consciência.
Seu nome forma uma composição
que deixa saudade no meu coração
sua voz que agora ouço
se afoga em minhas mágoas e choro
guardo em mim as suas últimas palavras
guardo até as mágoas
o sorriso que nascia em seus labios ao me ver chegar...
e a sua despedida em me ver partir
de tudo que passamos guardo as coisas mais belas.
o seu amor...
o carinho que tinhas por mim
tudo guardo aqui
mas agora está tudo vazio
so restam as lembranças
uma gota de esperança...
a minha única companhia é a dor
q chegou e se instalou.
mas ainda lembro do seu jeito
das batidas que ouvia no seu peito
tudo eu tenho aqui
Ate a dor de ter que te ver partir
Lute, mas sempre com certeza de vitória.
Imagine, mas imaginar é pouco, realiza teus sonhos.
Chore, mas nunca por erros.
Ame, mas não tenha medo da dor.
Caminhe, mas sempre pela estrada da felicidade.
Corra, mas não tenha medo das pedras.
Erre, pois os erros lhe fornecem a melhor aprendizagem.
Tente, pois, por menos chances que você tenha, quando você desiste as chances acabam.
Saiba que, mesmo sendo de noite, nunca é tarde demais.
Há duas maneiras de abrir a cabeça de uma pessoa: ler um bom livro ou usar um machado. Recomendo o de Assis.