Vou Tentando te Esquecer
Na ânsia pelo porvir, vagueamos por entre os dias, tentando antecipar o presente. Estamos, mas nunca inteiros. Zumbimos no agora acreditando em um amanhã que nunca chegará. Precisamos estar atentos às chegadas e despedidas, pois o futuro é criado com pedaços de agora.
Um cessacionista tentando ensinar sobre Avivamento seria tão patético como um ateu ensinando sobre o lugar secreto de comunhão com Deus.
Ainda é Janeiro, e estou tentando aprender a como me amar
Você disse que amaria cada detalhe meu, mas te pergunto, poderia me esperar mais um pouco, por favor?
Ainda estou aprendendo a me amar e não quero que você se torne só uma dependência emocional minha, pelo contrário, quero aprender a me amar e lhe amar por escolher te amar
Não te peço para me esperar pra sempre, você tem uma vida própria e gosto do seu canto, é diferente da dos canticos dos passáros que cantam dentro de uma gaiola
Eu só lhe peço mais um tempo, porque ainda estou aprendendo a me amar antes de amar outro alguém
Também não sei se me amarei hoje, ou daqui cem anos, só estou dando meu melhor na esperança de um dia encontrar esse amor
E quando esse dia chegar, poderei observar os céus com um novo olhar, com aquele mesmo olhar que encontro em ti quando observa as flores que desabrocham na primavera e que murcham no outono, o mesmo olhar que encontro em ti quando nossos olhos se encontram
Eu só lhe peço mais um tempo, porque ainda estou aprendendo a me amar antes de amar outro alguém.
Isso, foi o que eu disse há alguns anos atrás, quando ainda estava aprendendo a me amar.
🏖 Dizem por aí que todo viajante está sempre em busca de algo ou tentando deixar algo para trás. Talvez sejamos todos assim — atrás de novos começos ou tentando escapar de velhos fantasmas que ainda assombram a mente.
Mas aí, no final do dia, quando o barulho do mundo dá lugar ao silêncio e as distrações vão embora, percebemos que o que realmente queremos é ter alguém por perto. A gente finge não se importar, ergue muros, cria distâncias, como se isso nos protegesse de algo. Mas, no fundo, sabemos que é só uma fachada. A gente escolhe quem quer ter ao lado, e, depois que escolhe, aprende a ficar. Mesmo com os tropeços, as brigas e as feridas.
Porque, no fim das contas, quem ainda está aqui, apesar de tudo, é quem realmente importa.
E sim, às vezes, alguém perto pode ser perto demais. Mas, de vez em quando, aquela invasão de espaço pessoal é exatamente o que a gente precisa. Um lembrete silencioso de que, no fim das contas, ninguém quer caminhar sozinho.
A ansiedade continua me testando
Eu a sinto de forma silenciosa, tentando me calar
Pare de condenar quem está tentando crescer e ensinar você a vencer! Em vez de espalhar veneno com suas palavras, espalhe conhecimento e oportunidades. O sucesso de alguém não rouba o seu – ele te mostra que é possível!
VIDA
vida
o que pode se dizer
sempre tentando não morrer
sempre tentando não saber
o que é a morte
sorte
de quem não vive isso todos os dias
medo de uma bala perdia
acertar bem no meio do seu peito
e você ver o desespero
de todos a sua volta
e procurar
um motivo para não chorar
para não pensar
que todos os seus sonhos estão indo embora
para nunca voltar
Sabe o que é engraçado? Tô aqui no meio do dia, tentando focar… mas tua imagem me invade, do nada.
Aí minha mente começa a desenhar cenas que só você despertaria em mim. Te imagino me olhando com aquele olhar que provoca sem dizer uma palavra…
Acho que, se eu te tivesse agora, não sei se conseguiria parar em mim mesmo.
Você tem ideia do poder que tem sobre mim?
CASTELO DE CARTAS
Passei boa parte da vida tentando montar uma estrutura que funcionasse. Algo que fosse estável, coerente, socialmente aceitável. Fiz o que se espera. Escolhi com base em lógica, planejamento, segurança. Fui eficiente. Fui funcional. E, claro, fui elogiado por isso.
Por muito tempo, achei que isso bastava. Cumprir papéis. Evitar riscos. Fazer o certo. Como se viver fosse um conjunto de fórmulas a seguir. Como se o controle total fosse sinônimo de paz.
Só que o que funciona no papel nem sempre sustenta o peso da realidade. Eu seguia um roteiro invisível: manter o tom, dizer o que esperam, esconder o que pesa, apagar o que incomoda. Quando algo ameaçava essa ordem, minha reação era aumentar o controle. Mais rigidez. Mais contenção.
Mas chegou uma hora em que isso parou de fazer sentido. Eu acordava com a sensação de estar no lugar certo, mas sendo a pessoa errada. Era como viver minha própria vida com distanciamento. Eu estava ali, mas desconectado de mim.
E aí tudo começou a ceder. Não foi um desastre repentino. Foi um desgaste lento, uma sequência de pequenas rachaduras que revelaram o que eu fingia não ver: aquela vida não era minha. Era um personagem que eu sustentava com disciplina. E medo.
Medo de falhar, de ser visto demais, de não saber lidar com o que viria depois. Eu me escondia atrás de bons argumentos e decisões corretas. Me protegia até daquilo que poderia me fazer bem, porque me fazer bem também significava perder o controle.
Até que começou a quebrar.
Foram experiências simples, uma conversa honesta, um gesto sincero, um olhar que atravessa. Coisas pequenas que, por algum motivo, me desarmaram. E pela primeira vez em muito tempo, eu me senti visto. Não pelo que eu mostrava, mas pelo que eu escondia.
Foi aí que percebi: eu não era estável, era contido. Não era equilibrado, era reprimido. Eu não era forte, só estava o tempo todo fingindo que não sentia.
Isso não é força. Isso adoece.
Então comecei a fazer diferente. Dizer o que penso. Sentir sem censura. Parar de justificar tanto. Me permitir errar. Me permitir ser afetado. Aceitar o incômodo como parte do processo.
Não foi bonito. Nem heroico. Foi dolorido, confuso, por vezes vergonhoso. Mas real. E isso, por si só, já foi libertador.
Hoje, olho pra tudo que eu montei antes e vejo a fragilidade por trás da aparência de solidez. Tudo aquilo que eu chamava de estrutura era medo bem empilhado. Um castelo de cartas, meticulosamente erguido, que cai com um simples sopro de verdade.
E agora que desmoronou, não quero reconstruir nos mesmos moldes. Não quero de volta aquele velho conforto que anestesia. Não quero mais me encaixar em lugares apertados só pra parecer certo.
Quero espaço. Quero sinceridade. Quero o direito de não estar bem. De não saber. De mudar de ideia. De ser inteiro, mesmo sem controle algum.
E se esse caminho me afastar de onde estive antes, tudo bem. Talvez seja mesmo hora de ir. De deixar pra trás o que não sustenta mais quem eu sou agora.
Porque às vezes, crescer é isso: parar de segurar o que já caiu.
E se alguém perguntar quem eu sou depois disso tudo, talvez essa seja a última coisa que eu tenha a dizer:
Eu sou só um homem de medos bobos…
e coragens absurdas.
Eu me perdi...
Me perdi tentando ser a melhor versão de mim
Querendo te agradar e ser o melhor para você
Ser uma boa mulher, dona de casa e amante
Me perdi todas as vezes que cedi
Me perdi todas as vezes que concordei
Me perdi todas as vezes que me calei
Falhei em todas as vezes que fiz tentando agradar
Perdi em todas as vezes que tentei acertar
E por mais que pareça trágico
Acertei quando perdi
Acertei quando te perdi
Ou melhor dizendo, quando você me perdeu.
Os muros que foram construídos por onde passei tentando construir pontes... Hoje estão com reforço do outro lado para que não haja nenhuma tentativa de construí-las por conveniência.
O tempo passou, as possibilidades também.
" Pontes que Curam"
A vida, com sua delicada sabedoria, vive tentando nos ensinar que o mundo não gira ao nosso redor. Mas, por vezes, esquecemos. Nossos desejos gritam tão alto que nos impedem de ouvir o outro... e, sem perceber, tornamo-nos ilhas.
Empatia — palavra tantas vezes dita, mas pouco vivida — é, na verdade, a ponte silenciosa que nos conduz ao essencial: o outro.
O outro... palavra pequena, mas carregada de sentido. É aquele que cruza o nosso caminho com um gesto sutil, um olhar cansado, um pedido tímido ou mesmo um silêncio que implora por atenção. É o desconhecido na fila, o amigo que sorri por fora, mas desaba por dentro, o vizinho que espera por um “bom dia” como quem aguarda um abraço.
É também quem nos fere — talvez por carregar dores que não ousa revelar.
Refletir sobre o outro é sair do espelho e olhar pela janela. É deixar de medir o mundo com a régua dos nossos quereres e, por um instante, calçar os sapatos de alguém. Não é fácil. Nos habituamos à bolha, aos filtros, aos afetos escolhidos a dedo. Mas o mundo... ah, ele é vasto demais para caber apenas dentro de nós.
A beleza da vida reside no entrelaçar de histórias, no encontro sutil entre o “eu” e o “nós”. Porque ninguém vive só de si.
A cura, a redenção, o consolo... muitas vezes vêm das mãos estendidas de alguém — ou das nossas, quando se estendem por amor.
Que sejamos mais atentos. Mais presentes. Mais dispostos a sair de nós.
Porque, no fim, o que transforma o mundo — e a nós mesmos — é a coragem de reconhecer no outro aquilo que também somos: um pouco espelho, um tanto abrigo e, infinitamente, humanos.
Teve um tempo em que eu me perdi…
tentando caber onde nunca fui bem-vindo.
Me doei esperando migalhas…
e confundi amor com resistência à dor.
Mas o tempo me ensinou…
que amor de verdade não pesa.
Que presença não se implora…
e que quem quer, prova.
Hoje, eu não insisto mais onde falta entrega.
Não me diminuo pra caber.
Não imploro pra ficar.
Se quiser estar ao meu lado…
que seja pra somar.
Porque depois que a gente se encontra…
entende que metade… nunca mais será suficiente.
Situação de Rua
Um brilho no olhar reluz gemido
Que alguém conduz fazendo um pedido,
Tentando suprir os que a vida consomem
Na grande carência existente de um homem.
Andando e catando o próprio alimento,
Respirando odores do próprio excremento,
Criam escudos na pele ao relento
Depois das feridas saradas ao vento.
Nos horrores da sobrevivência humana,
São doutores da experiência insana
Insurgida aos preceitos da vida.
Na grande cidade, mais querida...
Na idade racial da humanidade...
Ser um mendigo é identidade!
"Não desperdice sua energia tentando imaginar o que os outros pensam de você, na maioria das vezes, eles nem percebem sua existência. No fim, o que realmente importa é quem você é, e não o que os outros acham que você deveria ser."
