Vou te Esquecer Custe o que Custar

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Quando meu celular tocar e eu vir que é você, eu vou deixar tocando… afinal, o toque é a minha música preferida!

Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar!

Mas para não sentir dor eu vou jurar ao último ouvido do meu universo o quanto você é descartável. O quanto sua molecagem não permitiu nenhuma admiração de minha parte.

E vou ver você indo embora. E vai doer muito. Mas quem disse que eu não posso suportar? Eu vou suportar, vou suportar até não caber mais choro em mim, e um dia eu vou te encontrar e sei que nenhuma terminação do meu corpo vai sentir a sua presença. Pela primeira vez não vou arrumar meu cabelo, nem me olhar no espelho simplesmente porque você está lá. Não vou odiar não ter malhado, ou estar com uma roupa mais ou menos. Vou simplesmente te cumprimentar. Olá homem mais comum do planeta.

Tudo nesse mundo pode se modificar
Pode até mudar a posição do sol e o mar
Que eu vou te amar
Eu vou te amar

A LUÍS MAURÍCIO, INFANTE

Acorda, Luís Mauricio. Vou te mostrar o mundo,
se é que não preferes vê-lo de teu reino profundo.

Despertando, Luís Mauricio, não chores mais que um tiquinho.
Se as crianças da América choram em coro, que seria, digamos, do teu vizinho?

Que seria de ti, Luís Mauricio, pranteando mais que o necessário?
Os olhos se inflamam depressa, e do mundo o espetáculo é vário

e pede ser visto e amado. É tão pouco, cinco sentidos.
Pois que sejam lépidos, Luís Mauricio, que sejam novos e comovidos.

E como há tempo para viver, Luís Mauricio, podes gastá-lo à janela
que dá para a "Justicia del Trabajo", onde a imaginosa linha da hera

tenazmente compõe seu desenho, recobrindo o que é feio, formal e triste.
Sucede que chegou a primavera, menino, e o muro já não existe.

Admito que amo nos vegetais a carga de silêncio, Luís Mauricio.
Mas há que tentar o diálogo quando a solidão é vício.

E agora, começa a crescer. Em poucas semanas um homem
Se manifesta na boca, nos rins, na medalhinha do nome.

Já te vejo na proporção da cidade, dessa caminha em que dormes.
Dir-se-ia que só o anão de Harrods, hoje velho, entre garotos enormes,

conserva o disfarce da infância, como, na sua imobilidade,
à esquina de Córdoba e Florida, só aquele velho pendido e sentado,

de luvas e sobretudo, vê passar (é cego) o tempo que não enxergamos,
o tempo irreversível, o tempo estático, espaço vazio entre ramos.

O tempo "" que fazer dele? Como adivinhar, Luís Mauricio,
o que cada hora traz em si de plenitude e sacrifício?

Hás de aprender o tempo, Luís Mauricio. E há de ser tua ciência
uma tão íntima conexão de ti mesmo e tua existência,

que ninguém suspeitará nada. E teu primeiro segredo
seja antes de alegria subterrânea que de soturno medo.

Aprenderás muitas leis, Luís Mauricio. Mas se as esqueceres depressa,
Outras mais altas descobrirás, e é então que a vida começa,

e recomeça, e a todo instante é outra: tudo é distinto de tudo,
e anda o silêncio, e fala o nevoento horizonte; e sabe guiar-nos o mundo.

Pois a linguagem planta suas árvores no homem e quer vê-las cobertas
de folhas, de signos, de obscuros sentimentos, e avenidas desertas

são apenas as que vemos sem ver, há pelo menos formigas
atarefadas, e pedras felizes ao sol, e projetos e cantigas

que alguém um dia cantará, Luís Mauricio. Procura deslindar o canto.
Ou antes, não procures. Ele se oferecerá sob forma de pranto

ou de riso. E te acompanhará, Luís Mauricio. E as palavras serão servas
de estranha majestade. É tudo estranho. Medita por, exemplo, as ervas,

enquanto és pequeno e teu instinto, solerte, festivamente se aventura
até o âmago das coisas. A que veio, que pode, quanto dura

essa discreta forma verde, entre formas? E imagina ser pensado,
pela erva que pensas. Imagina um elo, uma afeição surda, um passado

articulando os bichos e suas visões, o mundo e seus problemas;
imagina o rei com suas angústias, o pobre com seus diademas,

imagina uma ordem nova; ainda que uma nova desordem, não será bela?
Imagina tudo: o povo,com sua música; o passarinho, com sua donzela;

o namorado com seu espelho mágico; a namorada, com seu mistério;
a casa, com seu calor próprio; a despedida, com seu rosto sério;

o físico, o viajante, o afiador de facas, o italiano das sortes e seu realejo;
o poeta sempre meio complicado; o perfume nativo das coisas e seu arpejo;

o menino que é teu irmão, e sua estouvada ciência
de olhos líquidos e azuis, feita de maliciosa inocência,

que ora viaja enigmas extraordinários; por tua vez, a pesquisa
há de solicitar-te um dia, mensagem perturbadora na brisa.

É preciso criar de novo, Luís Mauricio. Reinventar nagôs e latinos,
E as mais severas inscrições, e quantos ensinamentos e os modelos mais finos,

de tal maneira a vida nos excede e temos de enfrentá-la com poderosos recursos.
Mas seja humilde tua valentia. Repara que há veludo nos ursos.

Inconformados e prisioneiros, em Palermo, eles procuram o outro lado,
E na sua faminta inquietação, algo se liberta da jaula e seu quadrado.

Detém-te. A grande flor do hipopótamo brota da água "" nenúfar!
E dos dejetos do rinoceronte se alimentam os pássaros. E o açúcar

que dás na palma da mão à língua terna do cão adoça todos os animais.
Repara que autênticos, que fiéis a um estatuto sereno, e como são naturais.

É meio-dia, Luís Maurício, hora belíssima entre todas,
pois, unindo e separando os crepúsculos, à sua luz se consumam as bodas

do vivo com o que já viveu ou vai viver, e a seu puríssimo raio
entre repuxos, os "chicos" e as "palomas" confraternizam na "Plaza de Mayo".

Aqui me despeço e tenho por plenamente ensinado o teu ofício,
que de ti mesmo e em púrpura o aprendeste ao nascer, meu netinho Luís Mauricio.

Tenho meus princípios e não vou mudá-los por causa de opiniões e conceitos das pessoas. Podem julgar da maneira que quiserem, afinal tem muita gente olhando, mas sou eu quem está vivendo.

Eu vou lá, mato minha vontade, tomo um belo banho, volto independente e resolvida pra casa e acordo no dia seguinte morrendo de vontade de ganhar flores, receber ligações românticas e promessas eternas. É uma praga

Peço teu prato favorito,
e a bebida que você gostava de tomar comigo;
Vou aos lugares onde sorríamos juntos,
Pego o telefone... Quero, mas não ligo;
Falo do jeito que você falava,
adotei tuas expressões e até alguns de teus trejeitos;
Tudo apenas para atenuar a dor da saudade
e, de alguma forma, ainda sentir você comigo...

Enquanto o errado não aparece vou sofrendo com os certinhos.

EU ODEIO PARQUE DE DIVERSÃO!

Eu não gosto de montanha-russa. Quando vou ao parque por alguma necessidade filantrópica (acompanhar amigas que esqueceram de crescer), eu prefiro atividades que me causem pouco estresse. Jogar argolas em caixas de fósforo para ganhar bolas gigantes e coloridas (que você inevitavelmente dá para alguém) ou andar naqueles aviõezinhos ridículos que voam a dois metros de altura. No máximo isso. Mas quando o assunto é vida amorosa, não existe escolha. Quando a gente vê, está lá. Sentada na cadeira, sem cinto de segurança, pronta para um loaping. Frio na barriga. Embrulho no estômago. Vontade de sumir. Ai, pára o mundo que eu quero descer! Se analisarmos nossas reações, a vida de solteira é mesmo um parque de diversão. Você acha que é brincadeira e quando vê, seu coração parou. Adrenalina na veia quando o telefone toca. Bombons sonho de valsa se o mundo não dá sinal. Nessas horas, eu (que odeio celular!!) fico olhando para o pobre do aparelho, como se telepaticamente ele pudesse me ajudar. Nada. Nem um sinal. Você deixa pra lá, pensa que foi melhor assim e entra de luto por um dia e meio por essa pessoa sem noção que não teve a decência de te ligar. (Sim, ficamos agressivas quando o assunto é silêncio). O tempo passa. O telefone continua mudo, emails vêm e vão e você nem se lembra mais que tudo aconteceu há uma semana. Até que um dia: pânico. Você atende o telefone furiosa achando que é o psicopata-tarado que vai arrumar seu computador e - surpresa! - uma voz fala tudo o que você quer ouvir. Mentira. A voz fala Oi! e um monte de ecos e você - pega de surpresa - tenta ser doce, divertida e inteligente, tudo ao mesmo tempo. Você (que também não tem capacidade de discernimento) acha que este é o momento decisivo para pegar seu ingresso e entrar de novo no jogo. Ok. Você fica tão afobada que nem deixa a pessoa respirar. Nem falar. Você desliga o telefone. Você canta musiquinhas bregas. Você fica feliz. Você compra uma blusa de bojo. Você liga para a melhor amiga. Você marca salão para fazer as unhas do pé e da mão (sem saber se terá tempo). Você sonha com um possível beijo. Você desce da montanha-russa e acha que entrou no "Mundo da Imaginação". Engano seu. Você não é a Xuxa. A voz - maravilhosa! - te leva para um Interprise tosco e te vira de cabeça pra baixo, sem direito a tomar fôlego. Mas você está brincando, não está? Então você manda uma mensagem doce (porque você é boba mesmo) e a pessoa não te responde. Como assim? Você não acredita. Você fica com pulgas e percevejos atrás da orelha. Remexe seus pensamentos e imagina o que fez de errado. O que falou de errado. Ah... Você falou demais! Você sempre fala demais! Claro que você assustou a pobre-criatura que deve te achar uma ninfomaníaca de marca maior. Não, você foi super discreta. Talvez seja isso. Talvez não. Talvez seja os 260 ml de silicone que você tem em cada peito. É... Muito peito para um encontro só. Talvez seja isso. Mas não importa. Você fica arrasada assim mesmo. Você acha que existe uma conspiração contra meninas solteiras que não querem mais ser solteiras. Você então resolve que não precisa mais malhar. Nem ler Nietzsche. Nem tentar entrar para o Clube das lindas porque você já foi excluída. Droga! Tinha tudo pra dar certo! Tudo! Claro que vocês nem se conheciam direito, mas havia alguma coisa no ar (Não é assim que acontece?). Você então radicaliza: abre uma lata de leite condensado e joga um monte de sucrilhos lá dentro. (Alguém já me viu fazendo isso?). Você come. Se lambuza. Come mais. Está doce até a alma. Depois dessa overdose calórica, você deita na cama, começa a achar sua barriga enorme e começa a escrever abobrinhas para ver se o tempo passa e sua decepção consome o açúcar ingerido. Não, você não está louca. Você foi ao parque achando que era brincadeira. Você queria apenas se divertir. Mas brincadeiras também têm seu preço. Vale a pena correr o risco de novo? Ou melhor: Quando se trata do coração, sempre embarcamos numa montanha-russa?

Há muito aceitei o destino espaventado que é o meu. Obrigada. Muito obrigada, meu senhor. Vou embora: vou ao que é meu. Meu coração está gélido que nem barulhinho de gelo em copo de uísque.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Por mais longe o sol esteja ele nunca deixou de brilhar, por mais que o tempo passe eu nunca vou deixar de te amar.

Nada mais tenho a ver com a validez das coisas. Estou liberta ou perdida. Vou-lhes contar um segredo: a vida é mortal.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica “Brain storm”.

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Bella: Você acha que eu vou me acostumar a isto? - eu perguntei, principalmente para mim mesma - Algum dia o meu coração vai parar de tentar saltar para fora do meu peito quando você tocar em mim?
Edward: Eu realmente espero que não - disse ele, um pouco presunçoso.

Eu vou para cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto.

Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos.

Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte.

Eu posso estar errada, mas eu sei que se eu fizer o que acho certo, vou estar de consciência limpa, e quem sabe até mais feliz do que já estou. Desculpa, mas não vou fazer nada para agradar ninguém, quero fazer do meu jeito, ou então, nada feito.

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.