Vou Morrer
Eu preciso deixar a menina morrer, e assumir de vez a mulher aqui. Ter controle, ter foco ... esquecer, deixar, viver. Mas que vida seria a minha sem você . Eu dou minha vida pra não saber.
Quando eu morrer, escrevam na minha lápide: Aqui jaz um estranho que viveu de um modo estranho ao lado de gente estranha num mundo muito estranho.
Quando a primeira coisa viva existiu, eu estava lá esperando. Quando a última coisa viva morrer, meu trabalho estará terminado. Então, eu colocarei as cadeiras sobre as mesas, apagarei as luzes e fecharei as portas do universo enquanto o deixo para trás.
Pois morrer é uma destas duas coisas: ou é como um nada e o morto não tem nenhuma sensação de nada, ou (conforme se diz por aí) ocorre de ser uma transmigração e uma transferência da alma aqui deste lugar para um outro lugar.
Se for pra chorar, que seja de emoção, se for pra morrer que seja de saudades, se for pra gritar e pular, que seja de alegria, se for pra sorrir, ah se for pra rir que seja pelo simples fato de você existir e alguentar tanta falsidade a todo instante.
Uma garota liga e pergunta: "Morrer dói muito?". "Bem, querida", digo a ela, "sim, mas dói muito mais continuar vivendo".
As vítimas de violência doméstica costumam morrer muito antes da morte física. A agressão psicológica mata, sem que ninguém perceba.
Pareço egoísta
Quando quero morrer
Mas não do meu ponto de vista
Pois eu queria poupa-los de sofrer
Sim, por que me sinto um fardo
Só causo preocupação
Eu queria ser melhor de fato
Mas não passo de uma decepção.
Ainda bem
que não morri de todas as vezes que
quis morrer – que não saltei da ponte,
nem enchi os pulsos de sangue, nem
me deitei à linha, lá longe.
Ainda bem
que não atei a corda à viga do tecto, nem
comprei na farmácia, com receita fingida,
uma dose de sono eterno.
Ainda bem
que tive medo: das facas, das alturas, mas
sobretudo de não morrer completamente
e ficar para aí – ainda mais perdida do que
antes – a olhar sem ver.
Ainda bem
que o tecto foi sempre demasiado alto e
eu ridiculamente pequena para a morte.
Se tivesse morrido de uma dessas vezes,
não ouviria agora a tua voz a chamar-me,
enquanto escrevo este poema, que pode
não parecer – mas é – um poema de amor.
Foram risos, prazeres e descobrimentos nessa noite.
Foi morrer de alegria, e viver de felicidade.
Na verdade, foi querer dormir e não poder, por pensar que tudo aquilo que eu estava vivendo já fosse um sonho, a noite passou, a rotina voltou, e a única coisa que ficou foi a vontade de voltar no tempo e viver tudo aquilo novamente.
Sua companhia continua sendo o melhor remédio para curar qualquer motivo de tristeza. Ficar ao teu lado é ter primavera o ano inteiro.
Viver é morrer! Morrer de saudade, de vontade, de carência. Viver é morrer de felicidade, de dor. Viver é morrer de amor.
Estamos todos fadados a morrer um dia, mas é nossa escolha, seguir nosso caminho até esse dia chegar. Saibam que eu sou único responsável pela minha história e serei o único responsável pela minha morte. Apenas eu. Nenhum inimigo e nenhum Deus. Apenas eu.
Prefiro morrer tendo falado a minha maneira do que falar da sua maneira e viver.
Dizem que antes de morrer você pensa em tudo que passou na sua vida, coisas que você fez coisas que você disse e principalmente coisas que você deveria ter feito ou dito. Também dizem que você se arrepende de todo mal que você causou, toda pessoa que você magoou e acaba se lembrando das vezes que você ajudou um amigo, um colega, um familiar ou ate mesmo um desconhecido. Eu acredito que antes de morrer nosso ultimo pensamento seja a coisa mais feliz que nos aconteceu, o momento mais alegre de nossa vida, aquele que não importa o que aconteça ou quanto tempo passe você lembrará, sorrirá e depois chorará por ele não ter sido pra sempre. E então qual é o seu?
